Capítulo Quinze

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Alice ficou tempo demais encarando ele - que parecia ansioso demais pela resposta -. Seus olhos verdes vasculharam algum lugar pelo restaurante que não fosse os olhos de Miguel, mas foi impossível desviar quando as pessoas começaram a bater palmas e gritar juntamente "Diz sim". Então para não constranger ainda mais o rapaz, ela pensou rápido e conseguiu achar a solução, mas com ela viria as consequências. Sérias consequências.

- Eu aceito! - disse alto para as pessoas ao redor se darem conta e pararem com a cena digna de ser um capítulo de novela.

Miguel sorriu e colocou a aliança em seu dedo.

Jantaram a mesma coisa que haviam pedido na outra vez que vieram e aproveitaram bem a noite romântica. O problema era que Miguel estava apaixonado, e estando nesse estado era facilmente comandado por Alice, que em meio ao jantar e o resto da noite não conseguia tirar Max da sua cabeça.

- Você estava meio aérea hoje. - disse Miguel destravando a porta do carro.

- Desculpe, estava pensando em algo muito sério.

- Se você não quisesse aceitar, era só dizer que...

- Tudo bem Miguel, eu aceitei sem pressão alguma. Tirando o fato das pessoas estarem gritando ao nosso redor.

Miguel gargalhou.

- Foi engraçado, deviam ter gravado. Uma bela cena - olhou para o volante como se imaginasse a cena.

Ficaram mais alguns minutos trocando beijos apaixonados - pelo menos da parte de Miguel -. Até Marian colocar a cabeça na janela da casa batendo os dedos no braço indicando um sinal de relógio e que estava tarde.

- Eu preciso entrar. - saiu do carro fechando a porta e dando a volta até a janela onde Miguel estava.

- Tenha uma boa noite, namorada - riu com a palavra um tanto diferente ao ser usada.

- Boa noite, namorado.

Alice abaixou até o vidro e lhe deu um beijo antes de acenar e entrar pela porta soltando um beijo no ar para ele.


×××

O final de semana chegou e juntamente com ele o horário de Caterina sair com Júlio ( o policial que agora possuía um nome ). Havia passado a manhã inteira fazendo faxina na casa com Marian e Alice, e nem se deu conta que horas mais tarde teria um encontro.

- Eu acho que tenho que fazer alguma coisa - pensou alto enquanto varria o quintal - Eu ainda não sei o que é.

Alice deu risada, ela sabia muito bem o que era, mas até aquele momento resolveu não contar.

- Alice você está me escondendo algo ? - perguntou a fitando pois percebeu que ela não parava de sorrir.

- Não é nada tia - sorriu sínica.

Caterina a ignorou e voltou para dentro da casa logo terminando de arrumar a cozinha e lavar o banheiro. Sentou no sofá para descansar, às exatas seis horas da tarde. Júlio viria às oito e meia.

Alice deitou ao seu lado com a cabeça em seu colo, logo Caterina fez cafuné na mesma. Coisa boa. Muito boa. Alice iria parar com a brincadeira e contar a ela, mas com o carinho da tia, acabou dormindo. A Tv foi ligada por Marian para Caterina se distrair, onde uma novela antiga passava. Quando deu oito horas e meia, a campainha da casa tocou, Caterina se levantou rapidamente e esqueceu que sua querida sobrinha estava em seu colo, assim, fazendo Alice cair do sofá e acordar com a batida.

A Cópia ImperfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora