Capítulo VIII

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O PARAÍSO

   Quando penso que a estrada não terá mais fim, eis que surge em minha frente um monte, tão alto que toca a face dos céus e além. A estrada segue monte acima em degraus infinitos. Uma imensa escadaria que leva ao ponto mais alto do universo, onde reside uma luz tão forte que ilumina as faces da terra.

   Piso sobre os primeiros degraus do monte. Há tantos degraus quanto as estrelas do céu noturno, e, se cada degrau for uma estrela, serei honrado em poder andar sobre elas.

   Sigo minha jornada rumo ao topo do monte, e não hesito um segundo sequer.

   Daqui de cima, tenho o privilégio de uma visão ampla do imenso jardim de flores e os bosques e vales de matas verdes que formam um tapete de vida sobre a terra.

   Degrau por degrau vou chegando ao fim da escadaria. A luz que emana do topo do monte é extremamente forte, mas não cega meus olhos. E, quando menos esperava, eis que piso sobre o último degrau e me coloco de pé sobre a face do monte. Ando em direção da luz, que queima minhas vestes, mas não a minha pele, purificando-me de todo o pecado. Atravesso a grande esfera branca e chego ao outro lado da existência, onde tudo é incomparável e imensurável.

   Suponho que queira que eu conte, em detalhes, como é e o que há do outro lado, não é?

   Então espere sua vez.



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