Procura-se um namorado... Que Não Esteja Apaixonado!

Capítulo 21

Me remexi na cama e minha cabeça latejou, eu estava incrivelmente cansada mas quando vi o horário no pequeno relógio me levantei em um pulo.
Chistopher se assustou e abriu os olhos rapidamente.
- O que foi? Ele perguntou me olhando ainda sonolento.
- Estou atrasada. Resmunguei pegando minhas roupas.
- Eu estou te dando mais uns minutos de folga. Ele suspirou batendo na cama.
Seu cabelo estava jogado em seu rosto perfeitamente sonolento.
- Não quero ninguém dizendo que estou tendo privilégios.
Chistopher pensou um pouco e se levantou como uma criança mimada.
- Tudo bem eu vou com você.
Assenti recebendo seu beijo e corri para o outro quarto para me trocar.
Tomei um banho rapidamente e vesti uma saia lápis e uma regata branca que constratou com o blazer.
Meu cabelo estava incrivelmente bonito o que não acontecia a tempos, passei uma maquiagem mais marcante e peguei minha bolsa saindo pela porta.
Só então lembrei que Gabi estava com a gente ainda e Laura parecia não ter voltado da balada.
Abri a porta do quarto que ela havia dormido e não havia ninguém o que fez meu coração quase parar.
Desci as escadas e relaxei quando a vi sentada a mesa comendo bolo.
- Hey bom dia.
Gabi sorriu voltando os olhos para o bolo.
- Está tudo bem? Gabi perguntou me olhando com os enormes olhos azuis.
- Na verdade eu estou com sono. Reclamei pegando uma maçã.
Ela riu assentindo.
- Que tal você ir com a gente para empresa e depois podemos almoçar juntos e você pode sair com seu pai.
Ela sorriu satisfeita e saiu correndo dizendo que iria pegar o cartão de crédito e sua bolsa.
Chistopher que descia as escadas ficou perdido quando ela passou correndo por ele.
- O que houve? Ela já quer ir embora? Ele perguntou arrumando a gravata.
- Na verdade ela quer ir com a gente e adivinha só vocês vão poder ter um daqueles momentos pai e filha.
Chistopher concordou pegando uma pêra e se sentou ao meu lado.
- E o que se faz nesse momento pai e filha?
- Teu papel é ser legal com ela, e fazer quase todas as vontades, e perguntar sobre namorados, primeiro beijo...
Chistopher engasgou me olhando.
- É brincadeira, pelo menos eu acho.
Ele negou com a cabeça se aproximando e me beijando.
Seus lábios se encaixavam perfeitamente no meu e era isso que eu amava nele.
- Estou pronta. Gabi falou me assustando.
Me afastei de Chistopher que voltou a comer sua pera normalmente.
- E então Gabi, meu trabalho é chato mas prometo tentar acabar o mais rápido possível. Chistopher resmungou olhando pelo retrovisor.
Ela concordou e me cutucou.
- Hailey eu posso ficar com você?
Olhei para Chistopher que assentiu.
- Por mim tudo bem.
Chegamos na empresa e surpreendente, Chistopher segurou minha mão.
Não falei nada e apenas segui seus passos calmos e confiantes pelo lugar cheio.
Meu celular vibrou e soltei a mão de Chistopher para atender.
O número era privado mais atendi.
- Sou eu Cristina Berlim. Uma voz respaldada resmungou.
Olhei para Chistopher que prestava atenção em mim.
- Claro, como vai?
- Não precisamos disso quando Chistopher não estiver por perto. Ela voltou a resmungar.
- E do que precisamos? Perguntei seca.
- Quero que vocês almocem na minha casa hoje, vovó Nina quer conhecer a vagabunda interesseira que vai casar com o nosso menininho.
Peguei o celular e entreguei para Chistopher que me olhou sem entender.
- Oi? Ele perguntou enquanto me segurava para não xingar a mãe dele.
Chistopher me olhou parecendo entender o porque dá minha cara.
- Vovó? Ele perguntou passando a mão pelo cabelo paciosamente.
Quem a mãe dele achava que era para me chamar de vagabunda.
O elevador abriu e Gabi correu até a mesa de alguém que ela parecia conhecer mais Chistopher me puxou até as escadas que estavam vazias.
- Acho que sim mãe, tudo bem até logo. Ele finalizou me olhando.
Revirei os olhos com raiva, eu não ia aguentar nem desses xingamentos caladas.
- O que ela te disse? Chistopher perguntou me entregando o celular.
Aquela velha desgraçada!
- Sua querida mãe me chamou de vagabunda interesseira. Resmungei fazendo Chistopher arquear as sobrancelhas.
- Nossa.
- Pois é , nossa. Resmungei quando seus braços me puxaram em sua direção.
- Desculpa ela só é impulsiva, e queria te pedir um último favor.
- Olha Chistopher eu... Ele me beijou me fazendo ficar quieta.
- Preciso que você conheça minha vó. Ele pediu beijando meu rosto.
- Ela vai me chamar de qual apelido carinhoso?
Chistopher segurou o riso e voltou a me beijar.
- Que tal estressadinha.
Gabi veio pulando em nossa direção segurando a mão de Sarah que parecia curiosa.
- Te vejo mais tarde. Chistopher falou me soltando.
Me virei para as duas que observavam Chistopher subir pelas escadas.
- Nem começa! Resmungei para Sarah que arqueou as sobrancelhas.
- Gabi quer pintar? Perguntei vendo sua cabeça concordar.
Apareceram milhares de folhas e lápis, claro ela era a herdeira dos Berlim e todos pareciam saber.
- O que é isso você ganhou uma filha também? Sarah resmungou vendo a garota desenhar sentada em sua mesa.
- Não tenho perfil de mãe, não consigo nem cuidar de mim mesma. Você já percebeu a bagunça que está minha vida?
Sarah negou com a cabeça.
- Peter ligou aqui a manhã toda. Ela confidenciou sussurando.