12º capitulo

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Eu – estou cansada.

Mãe – já somos 2, mas foi divertido, não foi? – pergunta sentando-se no seu cadeirão.

Eu – sem duvida.

Mãe – temos de repetir mais vezes.

Eu – sem duvida, bem eu vou subir para descansar.

Mãe – ok, olha amanha tenho que ir á empresa queres ir?

Eu – claro, a que horas vais?

Mãe – la para a 10:30.

Eu – ok depois acorda-me sff.

Mãe – claro.

Eu – até amanha.

Mãe – ate amanha.

Subi a escadaria e entrei no meu quarto, despi-me e vesti o meu pijama aos coelhinhos, eu sei que parece infantil mas ele é tao quentinho, fui á casa de banho e retirei a maquilhagem, voltei ao quarto e deitei-me na cama agarrando o meu ursinho que tinha sido a minha melhor amiga a dar-mo antes de morrer, bem agora que penso nisso, já morreu tanta gente importante para mim e tudo por minha cousa.

Ela chamava-se Vanessa e era Portuguesa, tinha apenas 6 anos quando a conheci, um ano antes de o meu pai morrer, ela era baixinha (não muito) cabelo castanho olhos azuis e muito morena, perdia por cousa da droga, nunca pensei, ela tinha 14 tal como eu, lembro-me como se fosse ontem quando a mãe dela me disse que ela tinha morrido.

# flashback on #

Tinha acabado de chegar a casa e estava a falar animadamente com a minha mãe sobre o que tinha feito na escola e que a vanessa tinha faltado, o que achei estranho, quando o telefone de casa toca, como a minha mãe dinha dado o dia de folga á empregada fui atender o telefone.

*Chamada on*

Eu – ola, boa tarde fala da casa da família Hinson. Com quem estou a falar?

XXX – ola Rita daqui fala a mãe da Vanessa, a Vitoria.

Eu – ah, ola D. Vitoria, como está?

D. Vitoria – não muito bem, e tenho uma noticia para te dar. Será que te podes sentar?

Eu -  claro. – dirigi-me á sala e sentei-me ao pé da minha mãe. – já estou sentada, o que se passou D. vitoria?

D. Vitoria – bem, a Vanessa drogava-se e… - a voz dela falha.

Eu – ela oque?

D. Vitoria – ela morreu de overdose. – diz e eu deixo o telefone cair enquanto ouço chorar do outro lado da linha.

Não pode ser, ela não me pode deixar assim, não agora. Voltei a pegar no telefone.

Eu - D. Vitoria onde está?

D. Vitoria – estou na capela ao lado da igreja. Ela morreu ontem, mas achei melhor que viesse mesmo os resultados e só chegaram hoje e encaminharam-na logo para aqui.

Eu – vou já para ai. – desliguei o telefone sem deixar que a D. Vitoria respondesse pois eu saberia que ela ia dizer que era melhor ficar em casa.

Eu – mãe podes levar-me á capela?

Mãe – o que se passou?

Eu – a vanessa morreu. – e agora que eu o digo percebo melhor o que aconteceu e as lagrimas chegam aos meus olhos.

A minha mãe apenas se levanta e pega nas chaves do carro e sai de casa para o ir tirar da garagem.

Vou ao meu quarto buscar uma mala mais pequena onde coloco o essencial. Volto para baixo e apago as luzes todas e saio de casa e entro dentro do carro, a minha mãe guia atá á capela.

Quando entro, vejo a minha melhor amiga deitada num caixão, totalmente branca, a sala estava completamente cheia pelos parentes e amigos e alguns alunos da escola.

Vou andando devagar até ao caixão e coloco-me de lado, passo a minha mão pela sua cara, está fria, já não têm aquele sorriso que contagia toda a gente, já não tem aquela gargalhada que todos adoramos e já não se vê aqueles olhos azuis cor de mar a olhar para nos. Caio de joelhos e choro, choro bastante. Afim de algum tempo sinto uns braços a abraçar-me, conheço este cheiro, Ricardo o seu irmão. Ele levanta-me e faz-me olhar para ele.

Ricardo – ela deixou isto para ti. – diz entregando-me uma pequena caixa.

Eu – obrigada. – digo baixinho.

Ricardo – de nada. – e volta para o seu lugar.

Olho em redor e vejo a minha mãe sentada ao lado da D. Vitoria, dirijo-me até lá.

Abraço com força a D. Vitoria, quando ela me larga pede para eu abrir.

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cometo tudo no proximo capitulo.

Talvez um diaOnde histórias criam vida. Descubra agora