Talvez um dia

21º capitulo

Apresentadora – e a vencedora é … Rita Hinson. Parece que é a filha que ganha.

Fiquei sentada no meu lugar, congelada?, talvez, mas sei que não me conseguia mexer.

Mãe – Rita ganhas-te, tens que ir ao palco. – diz a minha mãe toda animada.

Levantei-me lentamente e só se ouvia palmas, dirigi-me ao palco e deram-me o prémio.

Apresentadora – bem parece que mais um modelo da famosa marca Yasmindress ganha um premio.

Eu – não. – consegui finalmente falar.

Apresentadora – não?

Eu – não, este vestido não é um vestido da marca Yasmindress.

Apresentadora – então de quem é o estilista? – parece que a plateia ficou chocada.

Eu – este vestido foi desenhado por mim, mas dou todo o mérito á minha mãe que o tornou real. – olhei diretamente para a mesa onde estava sentada á momentos e a minha mãe estava com as lagrimas nos olhos, espera a minha mãe estava a chorar? Ela nunca chorou, quer dizer que eu tenha visto.

Apresentadora – então quer dizer que vais lançar uma linha de roupa tua?

Eu – não, só desenhei este vestido por brincadeira, gosto de desenhar mas não quero seguir esta carreira, mas respeito muito quem quer e tem o meu apoio.

Apresentadora – muito bem, parece que fomos todos surpreendidos, muito obrigada.

Eu – obrigada eu.

A apresentadora continuou com o discurso de despedida e eu voltei para a mesa, cheguei e fui logo abraçar a minha mãe.

Mãe – a minha menina já ganhou um prémio, como estou orgulhosa de ti. – disse ela ao meu ouvido.

Eu – obrigada.

Ela soltou-me e como já toda a gente se estava a dirigir para a saída foi o que fizemos.

O Harry agarrou-me na mão e eu não o impedi, sei que temos que falar mas hoje não.

Tiramos mais algumas fotografias e fomos para a limousine que nos levou a casa.

Já á porta de casa o motorista abriu-nos a porta e saímos todos.

Mãe – bem obrigada foi espectacular.

Arthur – sim foi muito bonito.

Ai como eu odeio este homem. – pensei.

Eu – sim, Harry será que podemos falar amanha?

Harry – claro, não há problema, onde te queres encontrar?

Eu – podes vir aqui ter a casa?

Harry – claro.

Eu – obrigada. – disse e senti-me a corar.

Ele chegou-se ao pé de mim e deu-me um beijo na bochecha.

Harry – ainda não te dei os parabéns pelo prémio.

Eu – obrigada.

Harry – de nada. – dei um beijo na bochecha do Harry e ele entrou dentro do carro dele que tinha deixado á porta da minha casa, acenei até ele desaparecer na rua.

Arthur – adeus Rita e muitos parabéns. – dei meia volta e fui para casa, ele sabe que não gosto dele mas mesmo assim insiste em picar-me.

Mãe – Rita não sejas mal educada.

Eu – mãe eu não estou a ser mal educada, sabes perfeitamente que odeio esse homem e nunca me vais fazer mudar de ideias sobre isso. – disse voltando-me para eles, vi o olhar da minha mãe de desilusão, mas não á outra forma de dizer isto.

Dei novamente meia volte e fui para casa e sentei-me no sofá a observar o premio.

Passados alguns minutos ouço a porta de entrada a fechar-se, levantei-me e dirigi-me para as escadas mas a voz da minha mãe fez-me parar.

Mãe – foste tu própria a pedir-me para seguir em frente, foste tu que disseste para arranjar um namorado, foste tu que disseste que já tinham passados anos suficientes para encontrar outro amor, agora que o encontrei não o aceitas porque? – disse com voz de choro.

Eu – sim, eu disse isso tudo, para seguires em frente, para arranjares um namorado, que já tinham passado anos suficientes para encontrar outro amor, mas não disse para ser um dos cúmplices do Rui, não fui eu que disse que podias esconder este namoro de toda a gente até de mim, não fui eu que disse para me pores de parte e para dares atenção ao teu novo “amor”. – disse fazendo aspas na palavra “amor” e com as lagrimas nos olhos dirigi-me para a sala de onde a minha mãe estava a falar. Ela não sabia que o Arthur era um dos cúmplices do Rui, nunca soube mas um dia tinha de saber. E a parte de ela me excluir é verdade, desde que ela conheceu o Arthur ela nunca mais falou comigo sem ser por papelinhos que deixava na cozinha ou até recados que dava aos meus avos.

Mãe – oque? Ele não é um dos cúmplices do Rui disso tenho eu a certeza, ele ajudou-nos no caso.

Eu – e dai, sabes quem é que estava naquele dia em que me raptaram? Sabes quem é que abusou de mim? Sabes quem foi que me batia por eu chorar? Sim era ele o teu querido e apaixonado Arthur, foi ele que me fez isso tudo, mas como tu estavas tao feliz com ele eu não queria que descobrisses, mas já que estamos numa onda de dizer a verdade, sabes que é que me foi salvar e deu o dinheiro do resgate? Sabes, não mas eu vou dizer-te foi o Diego, foi ele que me salvou da morte e é por isso que o nunca te quis dizer e fazer-te acreditar que tinha sido o Arthur e não o teu grande inimigo.

Mãe –não, isto não pode ser verdade.

Eu – estas a chamar-me mentirosa?

Mãe – sim, foi o Arthur que te salvou não o Diego, o Diego é que te raptou.

Eu – não acredito que me estas a chamar de mentirosa, sabes que mais, tens razão fica lá com o teu amor e chama de mentirosa á tua filha, porque sabes uma coisa, eu não sou tua filha na realidade, porque eu já não te considero minha mãe. – disse limpando as lagrimas.

Virei-lhe as costas e subi as escadas o mais rápido que consegui, entrei no quarto e tranquei a porta, tirei os sapatos e atirei-os para cima da cama, abri a porta do roupeiro e procurei as minhas malas de viagem, encontrei uma delas e acho que isso chegava.

Aprecei-me a por para la toda a roupa e sapatos que cabiam, tirei o vestido e atirei-o para o chão, vesti uma roupa mais confortável e calcei uns vans, fui á casa de banho e agarrei no meu necessaire e coloquei la tudo o que precisava, voltei ao quarto com o necessaire na mão e pulo dentro da mala e fechei-a rapidamente.

Rapidamente tirei o telemóvel de dentro da mala e liguei ao primeiro número que estava nas chamadas recebidas.

XXX – sim?

Eu – avô, desculpa estar a chatear mas será que posso ir para ai?

Avô – claro querida, mas o que se passou?

Eu – conto-te quando ai chegar, até já.

Avô – até já.

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e agora que irá acontecer?

KISS LY ;)