Firebird - fogo que cura.

Capítulo 11.

Ao acordar no outro dia, Camila se sentiu confusa quando percebeu que Lauren estava agarrada a si com o rosto escondido em seu pescoço. As mãos da maior estavam por dentro da fina baby Doll que ela usava, segurando em sua cintura. Camila ficou imóvel e tentou situar seus pensamentos. Primeiro pensou "Oque Lauren faz na minha cama?" E essa pergunta foi seguida de outras e de algumas conclusões "Quando ela veio pra cá que eu não vi?", "Eu não bebi nem uma taça de vinho direito pra ter amnésia alcoólica.", "Será que se eu sair da cama ela acorda?"

Camila levantou seus braços e tentou ficar de lado na cama pra poder sair, mas Lauren a agarrou por trás, trazendo a latina pra mais perto de seu corpo. Foi quando ela sentiu algo pressionando contra seu bumbum. "OK, agora ferrou."  Ela foi escorregando pra baixo parecendo uma minhoca no sol e Lauren não aguentou ver a cena e riu. Camila se virou na hora para constatar que ela estava acordada agora. Virou um tapa no braço de Lauren que soltou a latina virando de barriga pra cima, rindo como uma criança.

- Você tava acordada sem vergonha? - Camila se sentou na cama e procurou seu chinelo de baixo da cama e depois de calçar ele, se levantou.

- Eu queria ver oque você iria fazer. - Lauren diz se espreguiçando e depois passando a mão na barriga. Camila olhou para o local e se demorou no abdômen e nas entradas da maior, para só então perceber que ela usava apenas uma cueca boxer branca e um top. Desviou a cabeça e fechou os olhos por um segundo para colocar sua mente em ordem.

- Porque está na minha cama Lauren? - Camila foi na frente da cama e colocou as mãos na cintura. Sua intenção era parecer brava, mas não queria o efeito desejado.

- Meu quarto estava muito quieto. - Lauren se desfez do lençol que cobria seu quadril e rolou para se deitar no meio da cama com as mãos atrás das cabeça - aí eu ouvi seus roncos e vim pra cá.

Camila demorou a responder porque seus olhos foram mais pra baixo da cintura de Lauren, especificamente para a roupa íntima que marcava o suficiente para distrair a médica de seu argumento. Jauregui deu uma risadinha tirando a médica do transe.

- Eu não ronco e-e se você queria dormir aqui ti-tinha que pedir antes. - falou e se virou de costas, se praguejando por falar algo tão idiota. Sendo que a casa era de Lauren e ainda por gaguejar. Ela entrou no banheiro e se trancou lá, então Jauregui cansou das provocações saindo da cama e indo para o seu quarto se arrumar para aquele dia.

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Vero gesticulava para a namorada desesperadamente, negando com as mãos, com a cabeça e mexendo a boca sem emitir som nenhum. A outra tentava entender alguma coisa enquanto enrolava a mulher do outro lado da linha.

Já se passaram três dias que Lauren e Camila tinham viajado juntas e como Maia não conseguia contato com a noiva, estava tentando falar com as amigas dela para saber notícias. O aniversário da morte de Victor era aquele dia e ela estava preocupada.

- Não Maia, ela ainda não deu notícias, mas não se preocupe porque Chris deve ter ido com ela. - Vero bateu na testa e Lucy soube que fez besteira - quer dizer, eu não tenho certeza disso, mas ela deve estar bem...não! Acho melhor você não ligar pra ele.

- Meu Deus Lucy. - Vero sussurrou e pediu o telefone, que foi logo entregue para ela - oi Maia, como estão as coisas aí na Holanda?...Não, mas eu estou indo pra lá atrás dela...Claro que sim. Eu também estou preocupada com ela...Pode deixar que assim que eu chegar lá eu faço ela ligar pra você. Só não posso te dar garantia porque o sinal de lá é péssimo...Ela está ilhada nos dois sentidos da palavra...Sem problema. Não esquenta a cabeça e aproveita a sua viagem...tchau...- Vero desfez o sorriso e encerrou a chamada - minha nossa senhora, se ela ligar para o Chris a Lauren tá ferrada.