Capítulo 10.

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Um galpão localizado no subúrbio de nova York, num bairro não muito bem visto pelas pessoas de fora, mas próspero pela perspectiva de seus moradores. Alejandro se reunia com seus parceiros para decidirem um sucessor para comandar uma área importante do tráfico. O cubano achou que já estava na hora dele delegar aquele serviço para alguém de confiança para que ele pudesse passar mais tempo em casa. Entendeu que não tinha mais o vigor de antes e que precisava compensar o tempo perdido com sua família.

Ele sabia que Camila não o trataria de mesma forma e que decepcionara sua esposa e sua caçula também. Enquanto a Sofia, essa sempre foi mais próxima de sua mãe e tomava as dores dela. Queria terminar logo com aquilo para uma voltar para casa e poder contar a novidade para a sua esposa. Entre os convidados, Gordon foi o último a chegar e estava totalmente alheio ao assunto da reunião. Estava mal humorado pois a algum tempo estava sendo deixado de lado por Alejandro que lhe deixava no escuro inúmeras vezes.

- O Sr pontualidade chegou. - Cabello diz arrancando risadas dos presentes e uma carranca ainda pior de Gordon, que xingou o homem em pensamento.

- Chegaria na hora com prazer se fosse avisado com antecedência. - rebateu ocupando um lugar na mesa.

- Se não consegue trabalhar com imprevistos, está no lugar errado. - Alejandro arregaçou as mangas de dua camisa e se recostou em sua cadeira - bom, podemos começar...Eu chamei vocês aqui, homens de minha confiança, que detém cargos importantíssimos aqui dentro, porque eu tenho um comunicado definitivo para dar a vocês. - ele olhou para cada um dos cinco homens sentados na mesa, entre eles Marsellus e Gordon, antes de falar - eu vou repassar a gestão do tráfico para um homem. Um homem que faz seu serviço sem questionar as minhas ordens, que nunca falhou comigo, que tem a pulso firme e vocação para a liderança. Foi muito difícil chegar a essa escolha, mas eu pensei bastante e decidi que a melhor pessoa para o cargo... - Ele fez uma pausa que deixou todos apreensivos, inclusive Gordon, que olhava sem piscar para o então sócio. Todos ali sabiam que ele era a opção óbvia para futuramente suceder Alejandro no comando do tráfico - é você Marsellus.

- Oque?! - Gordon se levanta da cadeira imediatamente e espalma suas mãos na mesa, oque faz um forte estalo soar pela sala - você só pode estar brincando com a minha cara!

- Eu acho que nunca demonstrei que tivesse senso de humor - Alejandro diz calmo já se levantando e afastando a cadeira para se retirar - eu fiz a escolha segura, Gordon. Você ainda vai deter de sua percentagem dos livros do tráfico.

- Não se trata de dinheiro, mas sim dos anos de dedicação que eu tive com você. Se não fosse por mim não conseguiria o mando de volta da Jauregui.

- Não repita esse nome na minha presença.

- Eu repito, porque eu tenho que te lembrar que eu te ajudei mais do que qualquer um nessa sala. - Gordon contornou a mesa e foi caminhando até Alejandro, mas Wallace, que estava perto do chefe, se levantou ficando entre os dois - agora você obedece a ele Wallace?

- Eu sempre obedeci Hansen. Sugiro que de meia volta e vá esfriar a sua cabeça. Nada mudou por aqui.

- Diz aquele que irá comandar a maior área do tráfico.

- Esse fato não quer dizer que ele detém dos lucros ou benefícios. Eu ainda mando nos negócios, então não faria muita diferença se ele ou você comandassem lá. - Alejandro passa por Gordon e Marsellus.

- Então continuaríamos sendo peões pra você? Marionetes?

- Você sempre soube o seu lugar, porque está se fazendo de desentendido?

- Então aquela história de sócios?

- É como diz aquele ditado, Gordon. - Alejandro alcançou a porta da sala de reuniões e se virou para falar - quem pode mais, chora menos.

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