Capítulo 53

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Dimenor: Hãn? Como assim sair do tráfico?
- Presta atenção, vc voltando a estudar, meu pai consegue um estágio pra vc na empresa com um bom salário e devagar a gente pode construir uma vida melhor..
Dimenor: Vc quer que eu seja igual ao seu pai? -levantou-
- Jamais! Só que meus pais nunca aceitariam meu namoro com um traficante e se a gente pode facilitar, pq não?!

Ele ficou em silêncio. Meu coração estava acelerado, eu não sabia qual seria a reação dele e tava com muito medo de perdê-lo.

Dimenor: Eu não posso...
- Pensa bem, amor. -interrompi-
Dimenor: NÃO, EU NÃO VOU SER IGUAL MEU PAI, FERNANDA! -gritou-
- Seu pai?!
Dimenor: Eu não quero falar disso!
- Amor, vc nunca me falou sobre seu pai. -me aproximei-
Dimenor: Meu pai é Deputado..
- Deputado? Pq vc nunca..
Dimenor: Por isso, sempre que eu falo isso pra alguém a pessoa cresce o olho ou se afasta..
- Vc tá me chamando de interesseira?
Dimenor: Claro que não, Fernanda. Já chega desse assunto! -se jogou na cama-
- Olha aqui, seu retardado. -deitei em cima dele- Eu te amo e isso nunca vai mudar, mas pensa comigo, sua mãe nunca gostou de vc no tráfico muito menos eu, então vamos facilitar os dois lados.
Dimenor: Preciso pensar!
- Vc tem todo tempo do mundo, amor. Mas me responde uma coisa? -ele assentiu- Vc fala com o seu pai?
Dimenor: Mais ou menos, qualquer dia te conto toda a história... Mas agora tenho que ir. -tentou levantar-
- Ah fica cmg, mô, Pedro já foi pra Alemanha e a Bia ate agora não deu sinal de vida.
Dimenor: Como? Até agora?
- Uhum..

Ficamos de love ali até que peguei no sono total.

(...)

Dimenor: Amor? Acorda cara?
- O que é? -falo ainda de olhos fechados-
Dimenor: Já vai dar 19hrs e vc ainda tá dormindo.
- Ih me deixa, amanhã eu não tenho aula.
Dimenor: Mas seus pais vão estar em casa.
- Aí, que saco. -levantei emburrada-
Dimenor: Que bico lindo, hein. -me beijou me fazendo rir-

Fui no banheiro, lavei o rosto e desci com ele.

Zélia: Oi querida, nem sabia que vc tava aí.
- Oi, sogrinha. -ri- É, eu vim cedo.
Zélia: E já tá indo?
- Tô, seu filho me deixou pra ir trabalhar, né?!
Dimenor: Meu Deus, tudo sou eu nessa casa. -falou comendo bolo e nós rimos-
Zélia: E a Bia, como tá?
- Tá bem, eu acho..
Zélia: Coitada, né?!
Dimenor: MÃE!! -repreendeu-
- Tudo bem, eu já tô indo. Beijo, sogra. Beijo, amor -dei um selinho nele-
Dimenor: Vou ficar uma semana sem te ver e só ganho isso?! -fez cara de pidão-

Ri e beijei ele com vontade, terminando com selinhos.

Dimenor: Agora sim! -sorriu bobo- Vou te levar lá em baixo.

Fomos conversando até a entrada do morro.

Dimenor: Quer que eu te leve em casa de moto?!
- Não precisa o táxi já chegou! -beijei ele- Te amo!
Dimenor: Eu também te amo.
- Juízo hein.
Dimenor: Sempre!

Entrei no taxi e dei o endereço de casa, fiquei a viajem toda mexendo no twitter, e quando cheguei, paguei o táxi e entrei em casa dando de cara com a Dorota.

- Ela chegou?
Dorota: Aham, tá lá em cima.

Subi as escadas em passos largos e entrei no quarto dela.

- ONDE CÊ TAVA MULHER?
Bia: Ele foi embora mesmo?
- Foi essa tarde! -disse cabisbaixa-
Bia: Ele não podia ter feito isso comigo! Ele é meu irmão. -começou a chorar-
- Calma Bia, vc não tá sozinha. Tem eu, as meninas, os meninos.. Nós todos te amamos muito.

Do Asfalto Ao MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora