Capítulo 116

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Desci o morro devagar, cheguei na entrada e fiquei conversando com os soldados até ver o carro da Carol se aproximar, os vapores levantaram pra parar o carro.

- Relaxa, tá comigo.

Entrei no carro e cumprimentei elas.

Nanda: Me explica isso direito, pelo amor de Jesus.

Expliquei tudo até chegarmos na porta de casa, entramos e a Bia tava sentada ainda brincando com as crianças.

- Olha quem chegoou!!!

Ela nos olhou com lágrimas nos olhos e veio nos abraçar, ficou chorando durante um tempinho e voltamos pra brincar com as crianças. Logo colocamos os dois pra dormir e voltamos pra sala.

Carol: Que tal a gente pedir pizza? Açaí?
- Acho ótimo!

Liguei pra pizzaria e pra parada do açaí e pedi uma caixa de 5k. Bia começou a falar das crianças pra não render nenhum assunto, a pizza e o açaí chegaram no mesmo tempo, paguei-os e entrei. As meninas estavam pegando o refri pra subir, subimos e ficamos no quarto conversando.

Bia: O que vcs querem saber?
Nanda: Vc tá bem?
Bia: Não, ficar aqui tá matando por dentro. Eu sinto que meu chifre tá maior que o morro inteiro.
Carol: Vc sabe quanto tempo tem isso?
Bia: Não, a gente tava bem. Transando todo dia, ele me tratava como a mulher da vida dele e eu, burra, acreditei.
- Vcs se amam, não tinha como imaginar.
Bia: Não, eu amo ele, ele não ama ninguém. Eu sei que do jeito que eu sou na hora que ele entrar por essa porta pedindo desculpa e eu vou aceitar porque eu sou otária!  -chorou-
Nanda: Se isso tá te fazendo mal, vamos embora. Ele não te merece, desde sempre foi um babaca com vc e vc sempre perdoando. Deixa ele seguir a vida dele e segue a sua, a gente vai pra casa e vc não precisa mais cruzar com o caminho dele.
Bia: Eu não quero deixar o Gusta aqui e nem que o Henrique cresça sem um pai presente, e eu não vou deixar ele trazer o Henrique pra cá pra ficar exibindo do lado daquela piranha!

Ficamos conversando até altas horas.

(...)

Carol: Já tá na hora, né Fernanda?
- Que isso gente, dorme aí!
Nanda: Aonde? Na sala. -riu-
Bia: Não, vcs vão dormir aqui comigo.
Nanda: E ele?
Bia: Ele que durma na sala!

A Bia pegou um travesseiro e uma coberta e deixou na porta pra quando ele chegasse, eu e as meninas trocamos de roupa e ficamos comendo o açaí na caixa conversando.. Fomos dormir já ia dar 4h da manhã.

Bia narrando

Acordei com o choro do Henrique, levantei, abri a porta e vi que o travesseiro e a coberta ainda estavam no mesmo lugar que eu deixei, ou seja, ele não dormiu em casa. Aquilo me doeu tanto... Entrei no quarto dos meninos troquei a fralda do Henrique e fiz ele dormir de novo.

(...)

As meninas foram embora, tomei um banho, desci pra comer alguma coisa e dei de cara com o L7 entrando em casa.

- Chegou cedo, né!
L7: Cheguei, e dei de cara com a palhaçada que vc deixou lá na porta e meti o pé. -se aproximou- Isso é pra vc aprender que vc não é a única que me dá cama quentinha! -me selou a força e subiu-

Do Asfalto Ao MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora