Capítulo 100

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Maratona 1/14

Deca: Patrão, o Meireles chegou, tá lá na entrada.
- Sozinho?
Deca: Correto!
- Manda ele ficar na disciplina que eu tô descendo.

Ajustei meu fuzil e peguei uma pistola prata que eu gostava e levantei.

WL: Vou pegar o carro aqui na rua de trás e já te encontro lá!
- Paz.

Desci no pique, subi na moto e arranquei de lá acelerando a mil na ladeira e cheguei na entrada cantando pneu.

- Meireles, Meireles! -desci da moto- Meu bom e velho amigo Meireles.
Meireles: O que vc quer comigo? Cadê minha família? Vc me pediu pra vir e eu tô aqui, agora deixa eles!
- Primeiro, eu não pedi vc pra vir, eu mandei! -falei sério- E segundo, não é assim que a banda toca. Tudo vai ser conversado lá em cima.
Meireles: Na boca? -falou incrédulo-

Todos rimos.

- Tá engraçadinho hoje, hein. -dei dois tapinhas nas costas dele-
Meireles: Só quero tirar minha esposa e meus filhos daqui, depois eu faço o que vc quiser!
- Não, não. Vai ser ao contrário!

Ouvi um carro cantando pneu e mandei vendarem o Meireles.

- Nos encontramos lá em cima. -sussurei no ouvido dele- Revista ele, pega as coisas dele aqui e joga ele dentro do carro.

Montei na moto e subi pro galpão no alto do morro. Lá tinha todas as informações do Zn, mapa do morro... Tudo! Sentei numa poltrona velha que tinha lá e fiquei analisando tudo fazendo carinho na pistola prata.

WL: Chegamos! -chegou animadinho-
- Tá animado, hein chefe. -rimos-
WL: O dia merece, né? -riu colocando o Meireles sentado- quer que eu fique aqui contigo?
- Aaaaaah já entendi tudo. -gargalhei- Vai lá mano, qualquer caô te dou um toque .
WL: Tamo junto, cria. -fizemos um toque e ele saiu-

Olhei pro Meireles e tirei a venda dele e ele começou a analisar o lugar.

- Agora é só eu e você! -sentei-
Meireles: Onde estamos? Quem são esses? -apontou pras fotos-
- Cala a porra da boca, cara! Agora vc só vai me ouvir. -ele assentiu- No dia que tu invadiu meu morro, minha mulher tava aqui no morro com meu filho de um mês. E eu, pensando na segurança deles tirei eles do morro, minha mulher, meu filho mais velho, de 10 meses, e o mais novinho. -falei encarando ele- Sendo que o filho da puta do Zn, que é esse.. -apontei pra foto dele- Um grande inimigo meu, sabendo que eu ia fazer isso, sequestrou os três e levou pro morro dele que é lá no Alemão. E você vai me ajudar a tirar minha família de lá!
Meireles: Eu não tenho nada a ver com isso.
- Vc ainda não entendeu, né? -levantei alterado- ISSO É TUDO CULPA SUA! SE VC NÃO TIVESSE SE METIDO NO MEU MORRO NADA DISSO TARIA ACONTECENDO. AGORA VC VAI ME AJUDAR SE NÃO EU VOU DAR O TROCO NA MESMA MOEDA E VOU METER UMA BALA NA CABEÇA DA SUA MULHER E DOS TEUS FILHOS.
Meireles: E não vou me meter nessa, isso é briga de cachorro grande e minha família corre risco de qualquer jeito!!!
- Se vc não quiser, tá bom, é só eu passar um radinho pros manos que eles fazem sua mulher e seus filhos sofrerem da pior forma. Mas é com vc, nada de forçar a barra! -peguei o radinho e liguei-
Meireles: Não, espera! -ri- Me explica isso tudo..
- O que vc tem que saber vc já sabe a metade porque, como vc disse, isso é briga de cachorro grande, nenhum verme tem que se meter! A outra metade tá aqui, a parte do mapa do morro que vc precisa, quem é o Zn, com o que ele mexe e mais um pouco. Vc vai levar isso tudo pro teu batalhão estudar e eu quero uma invasão que devaste aquele morro. Meus homens vão invadir junto pra pegar minha família não quero nenhum deles mortos se não sua que família vai pagar, e outra, não quero Zn morto, entrega ele pra mim que eu me resolvo com ele! -expliquei calmo- Temos um trato?
Meireles: Não!
- NÃO????? -levantei alterado-
Meireles: Tô fazendo isso tudo pela minha família mas até agora vc não me deu um prova de que eles estão vivos e bem.

Peguei o radinho e liguei pro Deca  que ficou de plantão com eles hoje.

Deca: Coe patrão?

- Coloca a madame pra falar aí, diz que é o marido dela.
Deca: Jae. -ouvimos alguns barulhos-
Márcia: Amor? Alô! É você mesmo? Nos tira daqui logo, eu não aguento mais, sentimos tanto a sua falta. -chorou-
Meireles: Calma, querida, tudo vai se resolver já já e eu vou tirar vocês daí.
Márcia: Essa gente não tem uma postura decente e nossos filhos convivendo com eles é um mal exemplo.
Meireles: Tudo vai ficar bem, amo vcs!
- Já chega madame, seu maridinho tem assuntos pra resolver. -desliguei o radinho- E aí? Satisfeito? -ele afirmou-
JC?
Jc: Qual foi, patrão?
- Trás a mala com as cópias das informações pro Meireles.

Meireles analisou bem o lugar e todas as folhas que estavam a sua frente.

Meireles: Tenho quanto tempo pra resolver isso?
- 3 semanas, no máximo, um mês!
Meireles: É O QUE? -me olhou incrédulo-
- Quanto mais rápido eu conseguir minha família de volta, vc vai ter a sua e quanto mais demorar, pior!
Meireles: Tá, vou levar tudo pro batalhão amanhã e te mantendo informado.
- Isso, tá entrando no ritmo, assim que eu gosto.
Jc: A mala aqui, patrão. -entregou ao Meireles-
- Agora é tua vez de fazer tua parte, nada de dar uma de esperto se não te mato... E tô querendo fazer isso a muito tempo, só tô precisando de um motivo! -dei dois tapinhas nas costas dele- Jc, coloca a venda nele de novo, desova na entrada do morro e pede um táxi pro meu camarada! -abracei ele de lado- Não me decepcione!


Bem babys, comecei a maratona que eu prometi, espero que tenham gostado e já já libero mais um capítulo pra vcs ❤

Do Asfalto Ao MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora