Um gelo na minha vida!

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Ela encarava seu cabelo com espanto, queria gritar, mas se conteve.
Respirou lentamente tentando  manter a calma.
-não surta, não pire Ivy- disse para si mesmo.
Ela colocou novamente a toalha no cabelo, e esperou sua tia.

Já era de noite, ela estava impaciente, almejando por respostas, assim que a porta da sala foi aberta, Ivy deu um pulo do sofá,  em que se encontrava, e abraçou sua tia.

-tia tem algo muito errado acontecendo.

-eu sei querida, devia ter lhe contado antes.

-contado o quê?

-arrume suas malas.

A garota assentiu e subiu rapidamente as escadas, a maioria das coisas já estavam arrumadas, então logo tudo estava pronto.
Ela desceu com as malas, e viu sua tia a esperando, era mais ou menos 22:24.
Sua tia sorriu, ao ver a cara triste da morena.

-tia, eu preciso de respostas.

-ok, o que quer saber?

-tudo!

-bem, devo imaginar, seu incidente com o gelo esta manhã. - disse a senhora e a garota assentiu.- É acredite, não é sua culpa.

-do que a senhora está falando?

A velha abriu a boca para pronunciar algo, mas foi impedida pelo som das batidas na porta.
As duas ficaram sérias na mesma hora, a morena não sabia quem era, mas algo mudou em sua mente, era como um aviso.

-você está esperando alguém? - perguntou a tia.

-não! -disse a morena.

-suba para o quarto, eu resolvo aqui.

-ok!

Ela não queria mas obedeceu, subiu rapidamente e entrou no seu quarto.
Depois de alguns segundos, um barulho, e passos se aproximavam.
Ela não sabia quem era, mas não queria ficar para descobrir. Abriu seu closet e se escondeu, por um pequeno buraco no mesmo, ela pôde ver, era um homem, estava todo de preto, e usava uma arma.
A morena tapou a boca com as mãos para não gritar, mordeu sua língua, e rezou para que aquele homem fosse embora.
E assim aconteceu, ele saiu do quarto. E depois de mais alguns segundos, Ivy ouviu outro barulho, aí não se conteu, saiu do seu quarto, foi da forma mais silenciosa até as escadas e aí pôde ver.
Dois homens seguravam a mulher, e um apontava uma arma para a mesma.

-pela última vez Sofia, onde está a garota?- gritou o armado.

-pelos meus cálculos, bem longe daqui. -disse a senhora soltando um sorriso.

O cara atirou, a arma era silenciosa, mas com certeza eficaz, o corpo inerte da mulher caiu ao Chão, e Ivy sem querer soltou um gritinho de pânico, denunciando sua presença.

-ali está!- gritou um dos homens. - peguem-na.

Dois homens começaram a subir as escada, Ivy voltou correndo para seu quarto e trancou a porta, pegou as chaves do carro, subiu em sua janela e viu que não tinha outra opção e pulou, simplesmente pulou de uma altura muito alta, mas ela não morreu, se levantou e continuou a correr, sentiu algo atingir seu braço, era uma bala, doía, mas o seu sangue estava frio demais para parar por aquilo, ela continuou a correr em pânico, até que bateu com tudo em alguém,  e esse alguém a segurou. A morena se desesperou, teria ela corrido para morrer?

-por favor,  me solte.-gritou ela.

-Ivy, calma sou eu!- era Eithan.- o que aconteceu?

Ela não podia confiar, se soltou e saiu correndo em direção ao seu carro do outro lado da rua. Mas no meio da pista, um farol, ela congelou, era sua morte, ela levantou a mão em direção ao rosto, e esperou o tombo.
Mas esse não veio só um grande barulho, ela abriu os olhos e viu, uma grossa parede de gelo em sua frente, havia parado o carro que iria matá-la
Ela se apavorou ainda mais, entrou no seu carro e dirigiu sem rumo.

Quando a neve cai!❄Onde histórias criam vida. Descubra agora