Já havia se passado três dias, três dias que a vida de Ivy havia virado de cabeça pra baixo.
Ela não queria ver ninguém, passou a maior parte do tempo no quarto, ela não sabia o que Eithan tinha com Lia, mas não queria descobrir, muito menos se apaixonar. Depois do ocorrido com Trevor, ela jurou que não iria nunca mais se apaixonar, e pretendia manter a sua promessa.
Na sexta, o rapaz trouxe para garota um celular novo, já o que o da mesma havia ficado na casa. Ela negou no início, não queria aceitar presentes, mas aceitou o celular, com uma condição, assim que tudo se acertasse, ela iria pagar o preço do celular para o rapaz. Ele também negou no princípio, mas aceitou a condição.
Lá no fundo, Ivy gostou de ter agora um celular, quando seus pais morreram ela criou um hábito, um tanto estranho, incluindo o celular.
Ela encarou o aparelho em sua mão, e discou o número de sua mãe.
Chamou muitas vezes, e logo caiu na caixa de recado. E ela pôde ouvir, a doce melodia da voz da sua mãe.-oi, aqui é a Grace, não posso atender agora, deixe seu recado que depois eu retorno.
A garota suspirou, fechou os olhos e uma lágrima correu pelo seu rosto. Ela sentia saudade, muita. Sua mãe era sua confidente, sua amiga, a única pessoa que a entendia. Ela respirou fundo e ouviu o bii avisando para deixar o recado.
-oi mãe! Sou eu, faz umas quatro semanas que você me deixou, e minha vida está um caus, eu descobri que domino o gelo, tem uns caras querendo me matar, a tia Sofia morreu, minha vida tá uma merda. Eu queria que você estivesse aqui. Eu tô na casa de um colega, acho que papai iria surtar!- disse rindo entre lágrimas. - sinto sua falta mãe, sinto a falta de vocês a cada milésimos de segundos da minha vida de merda. Me ligue quando puder.
Ela colocou o celular na cama, e percebeu que seu tanque de lágrima estava cheio, e pronto para se esvaziar. As lágrimas não paravam de cair, até que ela percebeu que não estava sózinha naquele quarto.
Ela rapidamente enxugou as lágrimas.-está bem, você me pegou tendo meus momentos de negação. -falou.
-não culpo você por ainda estar em negação! - falou Eithan entrando no quarto. -na verdade isso é bem esperado.
-o que você quer Eithan?
-quer sair? Passou a metade do tempo aqui dentro.
-não! Eu não quero machucar ninguém.
-você não vai machucar ninguém Ivy, vai estar comigo.
-nossa estou bem mais calma agora. Olhe para esse quarto Eithan, está parecendo um congelador. Eu não queria fazer isso, mas fiz. Não quero fazer a mesma coisa lá fora.
-e se eu te prometer que tudo vai ficar bem, e que eu não vou sair do seu lado, e a gente volta logo.
-antes da noite?
-se assim quiser. Antes da noite.
-ótimo!
A garota o seguiu, mas voltou rapidamente para seu quarto já que tinha esquecido seu casaco.
Assim que feichou seu quarto acabou por tombar com Lia.-desculpe,eu não te vi!- disse Ivy.
-aonde você vai? - perguntou rudemente.
-O Eithan me chamou pra sair.
-ele fez isso? E você garota, vai arriscar a vida de pessoas inocentes, vai arriscar congelar alguém. Vai arriscar matar alguém, com matou sua família, e está tentando fazer isso com a gente.
-você não sabe o que diz, não me conhece.
-claro que eu conheço Evilyn, eu sou uma Angelis, sei mais do que você imagina, eu e o Eithan passamos muito tempo tentando sobreviver, será que ele não percebe que você vai estragar tudo?
- Eu não matei ninguém, e nem pretendo, mas será que o Eithan sabe que você está caidinha por ele, por que você só falta levantar um cartaz e esfregar na cara dele.
Ela não sabia do que falava, naquela sua frase tinha uma pitada de incerteza. Mas ela estava certa, Lia não tinha nada com Eithan, por que a mesma suspirou de raiva é quase gritou para ela.
-nunca mais diga isso.
Ela passou por Ivy, e a mesma soltou o ar, ela nem mesmo sabia que estava prendendo. Ela desceu a escada e viu Eithan a sua espera.
E assim eles seguiram viagem.Já era tarde, e Ivy estava bêbada, isso bêbada, o próprio Eithan se assustou ao vêla pegar uma garrafa de Vodka assim que passaram por um supermercado, ela ofereceu mas o rapaz negou, já que estava dirigindo. Ele a levou para um lugar isolado, onde tinha um Campo, eles se sentaram na grama, e ficaram lá. Neve mansa caia.
Agora Ivy estava quieta, ela encarava seu corpo descartável com um pouco de Vodka. Já era seu sexto copo, ela realmente estava na pior.-você está completamente bêbada!- falou Eithan.
-estou, mas todo mundo precisa de um porre não acha, e aliás, mamãe, foi você que me chamou para sair.
-para sair, não para beber.
-tenho dezoito, sou maior de idade.
-é veja só o que está fazendo, bebendo para afogar as mágoas.
-bem, a minha confidente não mais está aqui, essa garrafa!- disse encarando a mesma.- é a única que me estende no momento.
-é bom a gente voltar, já está tarde.
-sabe? Quando eu fiz 6 anos, meus pais me levaram para Aspen, lembro que estava nevando, assim como agora, eles saíram e me deixaram com a minha finada avó, que Deus tenha sua alma, aí eu fugi, sai correndo na neve, até que cheguei a um rio congelado, eu adorava patinar, e aquilo parecia uma boa ideia. Mas não foi, o gelo se quebrou e eu caí, e não consegui subir, passei uns 2 minutos tentando até eu ficar inconsciente, era para eu ter morrido,-disse rindo.- mas não, acordei em cima do gelo, e o buraco onde eu caí estava fechado. Eu não sentia frio, não sentia nada, apenas levantei e voltei pra casa, não contei essa história para ninguém até hoje. Faz algum sentido?
O rapaz arqueou as sobrancelhas.
-Ivy, faz todo sentido, o poder aparece a primeira vez aos 5 ou 6 a anos de idade, ele se mostrou provavelmente e você caiu no gelo, aumentando a frequência dele.
-sua tese faz sentido, mas eu tô bêbada e não vou me lembrar de nada. Então me lembre disso amanhã.
-lembro, agora precisamos ir.
Ele se levantou e ajudou a garota a se por de pé. Ivy estava um pouco tonta, e ficou mais ainda quando foi rodopiada por Eithan, que logo depois caiu ao chão, ela o encarou e viu que na sua testa escorria sangue.
Ela olhou para trás e viu dois homens armados. Foi aí que ela têve a chamada AFR, Ataque de fúria repentina. Uma raiva dominou seu corpo talvez fosse o álcool falando mais alto, mas ela não se importou.
Ela abriu suas duas mãos, e as levantou, e logo quatro enormes paredes de gelo surgiram em torno dos dois homens. O gelo era grosso, mas não resistiria muito, mesmo bêbada ela conseguiu ouvir os tiros vindo de dentro .
Ela se abaixou até Eithan e o sacudiu.-Eithan por favor, acorda.
Ela não sabia se ele estava morto, estava nervosa demais para ver isso, aí teve uma ideia, pegou o celular do rapaz, e estava tudo embaçado, a sua miopia havia retornado, ou talvez fosse o álcool. Mas ela conseguia ler o nome da garota, discou o número e esperou, até que ela atendeu.
-Lia, Lia, aconteceu uma coisa, eu preciso da sua ajuda, o Eithan precisa.
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Quando a neve cai!❄
Подростковая литератураFoi como um pesadelo, a neve caía sem cessar. Em um momento, ela tinha tudo planejado, sair da escola, trabalhar e viver, e em outro sua vida havia virado de cabeça pra baixo. Ivy, é uma adolescente de 17 anos, que mora com sua tia em uma grande man...