Capítulo 12

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Abro os olhos ainda sonolenta, percebendo onde estou: na minha cama. Porém, não tenho ideia de como vim parar aqui. Minha última lembrança é de assistir um filme com Tyler e Nicholas e em seguida, adormecer. Talvez Tyler tenha me trazido até aqui. Me espreguiço e vou ao banheiro escovar os dentes e tomar banho. Deixo a água morna cair sobre meu corpo enquanto penso nos últimos acontecimentos da minha vida. Fico um bom tempo fazendo isso, até ouvir meu celular tocando.

— Droga! - Resmungo. Desligo o chuveiro e me enrolo na toalha rapidamente. Por que as pessoas sempre me ligam em momentos inoportunos? Corro até o criado-mudo e pego meu celular.

Mãe
CHAMANDO...

Oi, mãe. - Falo quando atendo.

Oi filhota! Estou morrendo de saudades de você, meu bebê.

— Mãe, não nos vemos há um dia! E eu não sou mais um bebê. - Suspiro.

— Eu sei, mas isso é muito pra mim! Tenho que te ver sempre. Não faça essa maldade com sua mãe. - Chantagem emocional. Ótimo.

Tudo bem, vamos nos encontrar daqui a uma hora no shopping, ok?

— Que ótimo! Vou me arrumar, doçura. Até mais! - E desliga.

Mães e seus apelidos ridículos. Espero não ficar assim algum dia.

Me enxugo e visto um short de cintura alta, uma body verde musgo, sem mangas e calço meu vans preto. Seco o cabelo com o secador, passo uma maquiagem básica e estou pronta.

Me dirijo até a cozinha para comer alguma coisa antes de sair e encontro Tyler encostado no balcão, bebericando um café do Starbucks.

— Oi, Tyler. - Digo animada, dando um beijo estalado em sua bochecha.

— Oi, boneca. - Ele sorri para mim, piscando um olho logo depois. — Isso é para você. - Tyler aponta para outro copo do Starbucks.

— Obrigada. - Agradeço, feliz. — Você dormiu aqui?

— Não, cheguei há pouco tempo. Mas já estou indo embora. Tenho um encontro com uma gatinha. - Ele sorri maliciosamente para Nicholas, que surge do nada. Reviro os olhos.

— Homens. - Murmuro, bebendo um gole do meu café em seguida. — Ou melhor, garotos.

— Juízo, hein. - Tyler diz antes de abrir a porta e ir embora.

Olho para Nicholas sobre o copo de café. Tenho que me encontrar com minha mãe daqui a pouco, e não quero ter que pagar um táxi ou Uber. Talvez ele pudesse...

— O que você quer? - Ele interrompe meus pensamentos, levando também seu próprio copo de café a boca. Que fofo, Tyler comprou café para todos nós.

— Por que está dizendo isso?

— Você parece prestes a me pedir alguma coisa. - Constata, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Eu não estou... - Começo a negar, mas desisto. É verdade, eu estava. É só que tenho esse impulso de contradizê-lo em tudo. — Ok, você pode me dar uma carona até o shopping?

— Não. - Dá de ombros. Pelo seu semblante, sei que sente prazer em dizer isso.

— Por que não? - Insisto.

— Porque não estou afim. - Diz simplesmente. — E tenho que passar na casa do meu pai também. - Soa quase como uma... obrigação. Nicholas se vira e começa ir em direção ao seu quarto.

— Bom, você pode me deixar no shopping e ir para casa do seu pai depois. É muito simples!

Nicholas gira nos calcanhares e me encara.

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