Amsterdã

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Oi seus putos, estou nervosa com vocês (:

Mil estão lendo e 20 estão comentando. Qual é galera, nem cai o dedo comentar e muito menos dói. Imaginem só, se para comentar dez palavras vocês tem preguiça, imaginem a autora aqui para escrever 4600 palavras, que é o que tem só nesse capítulo de hoje!

Vamos comentar mais e deixar a autorazinha aqui feliz?

Os comentários são MUITO bem vindos e eu juro de mindinho que leio todos e também rio muito, porque vocês são mais bestas que eu. Era só isso mesmo que eu tinha para dizer, então tchau.


Boa leitura!


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Camila's point of view


De quanto tempo precisamos para esquecer algum tipo de sofrimento que passamos para então poder sorrir com alegria novamente e buscar mais uma vez a felicidade?
Existe algum tipo de estudo acerca de quanto tempo o ser humano aguenta sofrer até que seja capaz de erguer a cabeça e voltar à luta como se aquele problema não fosse grande o suficiente a ponto de derruba-lo? Se existe, eu preciso correr atrás desses resultados para descobrir urgentemente quando eu sairei dessa fossa que me encontro.

Se passaram dois meses desde a minha separação definitiva com Lauren e há exatamente três semanas ela não fala mais comigo, nenhuma só palavra. Eu nem ao menos a vejo mais, já que Emma e Benjamin conseguiram tirar a carta de motorista e com isso eles vão para a casa da mãe deles levando Lorenzo sem que a mesma precise vir aqui em casa busca-lo. Nas primeiras vezes que isso aconteceu eu chorei por horas compreendendo o tamanho do peso que caiu sobre meus ombros quando finalmente me dei conta de que Lauren estava cada vez mais se afastando de mim e da minha vida, mas agora, três semanas depois desde a última vez que nos falamos, eu já não consigo chorar mais, somente sinto. Sinto imensamente. Sinto dolorosamente, mas é a única coisa que acontece comigo, eu apenas sinto, jamais falo.

Era uma segunda-feira qualquer do final de fevereiro, o inverno já estava se despedindo do nosso país e com isso a primavera vinha chegando, mas nesse meio tempo de transição das estações tem chovido bastante aqui em Boston e eu não sei se é somente uma questão de azar ou brincadeira do destino, mas o meu carro quebrou enquanto eu voltava para casa e eu não conseguia sinal no celular para falar com a seguradora e provavelmente a chuva torrencial que estava caindo era a grande culpada disso.

Dei uma olhada em volta da rua e eu mal conseguia enxergar alguma coisa por causa da cortina de água grossa que caía do céu, mas eu sabia que não estava tão longe assim de casa e talvez a melhor opção fosse tentar pegar um táxi ao invés de ficar ali esperando a boa vontade da chuva passar ou o meu celular resolver funcionar. Arrumei o sobretudo no meu corpo, peguei minha bolsa e saí do carro, correndo no sentido da minha casa. Não precisou mais do que dois minutos até que eu tivesse completamente ensopada e isso fez com que nenhum táxi quisesse parar para uma latina quase afogada que corria pelas ruas de Boston.

Que droga! Poderia piorar?

Cheguei em casa tão cansada e num estado tão catastrófico por conta da chuva que peguei que nem percebi se meus filhos já tinham chegado da casa de Lauren. O combinado era eles passarem o fim de semana com ela e voltarem hoje depois da escola, mas entrei tão desesperada em casa que nem ao menos me dei ao trabalho de ver se meus filhos já estavam ali, apenas subi correndo para o meu quarto e tomei um longo e gostoso banho quentinho. Eu estava simplesmente congelando de frio. Longos minutos depois eu já tinha saído do banho e já estava devidamente agasalhada para descer as escadas e encontrar meus filhos.

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