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-Juan-

9 anos atrás.

_o que você tem?-continuo calado.

_fala pra mim seu idiota.-ele diz calmo, mas eu sinto raiva em sua voz.

_nada papa.

Ele me levanta pelo pescoço e me olha nos olhos.

_quando eu falar com você, me responda logo, seu Zé droguinha.

Não sei porque ele diz isso, ele é dono dessa porra aqui.

_ta me escuchando Juan.

_sí.

Ele sorrir.
_ótimo.

Ele me solta e eu caiu sentado, é sempre assim ele chega em casa drogado e bêbado e sobra pra mim, desde que a mamãe foi morta numa guerra entre az facções do narcotráfico, isso mesmo meu pai é chefe do Narcotráfico aqui no Brasil, mas existem outras facções espalhadas pelo Rio de Janeiro.

Nós não morávamos aqui no Brasil, quando eu tinha 6 anos nos mudamos. Nós somos da Colômbia, mas agora moramos na Rocinha, Rio de Janeiro.
Eu me chamo Juan Gimenez e tenho 17 anos.

_Vamos Juan.-ele me chama com sotaque.

_to indo papa.

Pego minha bolsa e entro no carro, estamos indo para um encontro com chefes no tráfico, aliados melhor se dizendo.

Ele me obriga a ir a essas coisas, ele diz que eu tenho que aprender, ja que eu vou herdar tudo que é dele.
Ele me obrigou a aprender a atirar, a lutar ou melhor a me defender como ele diz.

Quando mí madre morreu eu tinha 7 anos, foi horrível, continua sendo horrível, mí padre enlouqueceu. Ele começou a se drogar e beber muito, começou a me bater, me obrigava a cheirar cocaína com ele, me obrigou a matar hoje em dia ja estou até acostumado com sua loucuras.

Chegamos no tal lugar.

_vamos logo porra.

Respiro fundo e saio do carro.

_que lugar é esse papa?

_cala a boca, depois eu falo.

Assinto.

Estamos aqui desde as 18:30, e ja são quase 2 da manhã eu estou morrendo de sono.
Encosto nele e falo.

_papá, vamos pra casa.

Ele me lança um olhar mortal e eu me calo.

De repente fogos de artifício são lançados no ar. Invasão.

_é o Bope senhor.-um vapor diz.

Eu congelo.

_vamos Juan.-eu estou imóvel, apesar de morar a muito tempo na Rocinha, nunca presenciei uma invasão, ele sempre me levava pra um quarto escondido na nossa casa.

_VAMOS.-acordo com seu grito.
Ele me da uma .40

_quem vier atire, ta me ouvindo?

_si.

_presta atencion Juan.

_ok, papa.

Corro junto com ele e atiro em um cara que cai com a cabeça estourada.
Me viro e mí padre não esta mais perto de mim.

_merda.

_papa?_chamo ele.

Ouço um grito e corro, vejo mí padre caído no chão e corro ate seu corpo.

_papa, fala comigo.

_Ju..Juan, cuida de .. Tu..tudo.

E fecha os olhos.

_No, no papa despierta.

_NOOO.-grito.

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