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-Lívia-

Eu abro um sorriso enorme e puxo sua boca para um beijo rápido, isso realmente me surpreendeu e me deixou muito feliz.

- É sério ? Sério mesmo? - digo já me levantando do sofá com a Catherine nos braços.

- Sim, é o que você quer não é?

- Sim.
Respondo no mesmo instante, eu realmente não quero mais ficar nessa favela, esse lugar me trás memórias que eu quero esquecer pro resto da minha vida

Entrego a Cath a ele e corro para nosso quarto, calma Lívia, digo a mim mesma, respiro por 10 segundos e vou atrás das nossas malas.

Eu tenho que me apressar antes que ele mude de ideia.

- Isso foi bem rápido, não precisa tanta pressa.

- Só não quero que você não mude de ideia, por isso estou me apressando.
Digo enquanto tiro suas roupas do cabide.

- Eu não vou mudar. - ele coloca a Cath no tapete não chão, junto com alguns brinquedos. Eles estão sempre espalhados pela casa.

- Eu acho isso ótimo, mas melhor previnir, você é um pouco bipolar.

Ele solta uma gargalhada e me abraça por trás. Beija meu pescoço e me vira.

- Eu amo você, eu quero que você fique bem, se sinta a vontade sempre, eu sei que a gente ainda não conversou sobre o que aconteceu aquele dia ..

Corto no mesmo momento o assunto e viro as costas pra ele novamente.

- Eu não quero falar sobre isso, por favor.
Digo e sinto meus olhos pesados e a lágrimas prontas pra cair, eu quero esquecer tudo relacionado a aqueles dias horríveis que passei naquele lugar, eu prefiro morrer a lembrar novamente.

- Tudo bem, tubo bem. Não precisa chorar, não vamos tocar neste assunto.

Ele me vira novamente e segunda meu rosto e me beija de leve, mas logo pede passagem para sua língua, e eu cedo imediatamente. Nosso beijo se aprofunda  e sinto minhas costas bater contra a parede, gemo pela dor que isso me causa, mas também pelo prazer que isso me causou.

Ouvimos um sorrisinho e logo nos separamos.

- Juan, nossa filha tá aqui. - sussurro contra sua boca.

- Droga, eu te amo filha.
Ele diz pegando ela no colo.

- Mas a vezes você é um pé no saco.
Beija sua bochecha completando sua frase.

Eu sorrio e volto a arrumar nossas coisas

Já é noite quando termino de arrumar nossas coisas, ainda nem comecei a arrumar as coisas da Cath, apesar que ela não tem muito, como ainda é uma criança em crescimento eu não faço questão de comprar muita roupa pra ela.

Juan entra no quarto e senta na cama.

- Quanto tempo mais você vai ficar nesse quarto arrumando malas?

Eu sinto um pouco de irritação em sua voz, mas ignoro.

- Eu já terminei. - Viro em sua direção e paro em sua frente, seguro seu rosto com minhas mãos e beijo sua boca, eu sei que ele está precisando disso e eu também estou, desde o dia que ele me achou naquele lugar não transamos.

E eu admiro muito ele por estar se segurando tanto, e respeitando meu tempo.

- Vamos tomar um banho? - digo e sigo minas mão para barra da sua camisa.

- Tem certeza? - ele pergunta, segura meu rosto e me da um selinho.

Afirmo e ele toma minha boca com um beijo sagaz, indecente e imoral. Sinto minha buceta latejar de vontade de ser tocada, eu realmente estava sentindo falta disso, meu interior se aperta querendo mais do seu corpo e ele percebe minhas reações exageradas em relação aos seus toques.

Juan me levanta enlaçando minhas pernas ao seu redor enquanto caminha até o banheiro, eu sinto que essa noite vai ser diferente, vai ser para nós dois, sinto isso. Um recomeço talvez.

A agua molha nossos corpos já nus, deixando tudo mais perfeito e molhado, nossa intimidades roçam e sinto um pontada bem forte no interior da minha vagina totalmente molhada e pronta pra receber ele. Gosto dessa sensação, sinto seu membro escorregar para dentro de min e uma dor me atinge me fazendo dar um pequeno pulo.

- Eu machuquei você?- Seu olhar parece um pouco preocupado.

- Não.

Ele continua e finalmente começa a me foder do jeito que eu gosto, sua estocadas são fortes e rápidas, eu sei que ele quer isso rápido, quer chegar no seu limite rápido, mas também sei que não é o fim, é só o começo.

Caiu ao seu lado na cama e suspiro, é o nosso quarto orgasmo, e eu realmente quero mais. Sento em cima do seu corpo novamente e beijo sua boca. Ele afasta meu rosto do seu me segurando pelos ombros.

- Você quer me matar?

- Que quero transar mais, vem, me fode.

- Amor, eu também quero, mas preciso recuperar minhas forças, minhas pernas não me obedecem.

Solto uma risada e sento novamente em seu colo.

- Quer agua?

- Quero, por favor.

Corro até a cozinha e pego uma garrafa de agua e levo pra ele, dou em sua mão e ele me olha meio estranho.

- Você esta parecendo uma canibal olhando assim pra mim. - Gargalho e sento ao seu lado.

- Eu estava com saudades de você.

- Vem cá.

Deito em seu braço e ele me abraça forte.

- Vai ser tudo diferente na Colômbia, vou tentar manter vocês o mais longe possível dessa vida, eu vou tentar, eu juro, não quero mais você em perigo, você e a Catherine são minhas vidas e eu não consigo sem vocês, eu amo você mais que tudo Lívia, muito, me perdoa por tudo que eu fiz você passar, por todas minhas grosserias, as vezes que eu bati em você, que eu machuquei você, que eu traí, me perdoa?

- Eu perdoou você, eu te amo.







não corrigido, VOLTEI AMORAS.

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