ROCINHA

*45*

-Juan-

1 mês depois

Pego a caneta e fico batendo em minha cabeça, preciso pensar, essa mulher vai me deixar doido.
Há um tempo vem me pressionando a ir embora, mas eu não quero ir, aqui é meu lugar, a Lívia tem que entender isso.

- Colômbia, tá me ouvindo?

Tony estala os dedos na minha frente, e eu levanto a cabeça pra olhar pra ele.

- Qual foi?

- Tô falando a mó tempão aqui e tu no mundo da Xuxa.

Solto uma risada e levanto, pego um cigarro e acendo.

- Tô pensando em algumas coisas, a Lívia tá me enchendo o saco pra voltar pra Colômbia. Tá foda.

- E você, quer ir?
Ele diz e senta no sofá Zinho que tem no canto da sala.

- Aqui é minha casa, eu não quero ir

- Então não vai, ué.

- Mas aí ela vai sozinha e leva a Kate.

- Então vai, ué.

- Você não tá ajudando, seu filho da puta.- ele solta uma risada e levanta pegando um cigarro.

- Eu não sei como te ajudar nisso aí não, me pede pra matar alguém, fazer um corre mas conselho de namoro não é comigo.

- A Lívia não é minha namorada, é minha esposa.

- Eu não vejo nenhuma aliança no dedo dela.

- Você é com certeza um filho da puta.

Ele gargalha e eu volto pros meus afazeres.

Chego em casa e a vejo sentada no sofá e a Kate brincando no chão, vou direto pro quarto entro no banheiro pra tomar um banho, mulher difícil do cassete. Tem uns dois dias que ela nem fala comigo direito.

- Juan? - ouço sua voz no quarto.

- Oi amor. - grito do banheiro.

- Seu pai está lá em baixo.

Reviro os olhos e respiro fundo, eu sei que ele me ajudou com o lance da Lívia e tal, mas não quero tanta aproximação com ele, que tem tentado bastante isso.
As vezes ele me liga, mas nao atendo, ou manda mensagem mas não respondo.
A Lívia fica puta com isso, ela quer porque quer que nós nós demos bem, eu até tentei, mas eu ainda tenho um pé atrás com ele.

- Tá bom. - digo com  um certo descaso.

- Juan, seja educado ele é seu pai.

- Já disse que tudo bem, saco.

- Grosso.-  ela resmunga saindo do quarto.

Vou para sala e o vejo com a Catherine no colo

- E aí? - digo chegando perto deles.

- Como estás Juan? Eu vim me despedir de ustedes . - seu sotaque lembra muito meu pai.

- Ok

- Juan? - a Lívia reclama.

- O que você quer que eu diga? Ele disse que vai embora, que que eu me ajoelhe no chão e implore pra ele ficar. - vejo ela ficar vermelha.

- Juan você é um completo insensível, para de ser grosso ele é seu pai.

- Por favor parem não quero que briguem por minha causa.- meu pai diz com a Cath no colo.

- É porque ele é um idiota tô cansada já. Ele nem tenta ter alguma relação com você.

Meu Deus quanto drama.

- CHEGA LIVIA QUE SACO CARALHO.

Ela se assusta e se cala, me arrependo no mesmo instante de ter gritado com ela, ela abaixa a cabeça, foi realmente sem querer.

- Desculpas. - me aproximo dela e pego seu rosto. - Amor desculpa.

- Não precisa tocar em mim.
Solto ela e respiro fundo.

- Gente por favor, eu já tô indo, não briguem pela Cath.

- Tá bom pai.- ele sorrir quando o chamo de pai, foi anos odiando esse cara,mas confesso que ele não parece ser aquele mostro de meu pai pintava pra mim.

- Fiquem bem.

Ele se despede e logo vai embora.
Entrei no quarto e ela está deitada na cama olho e pare e que já adormeceu, droga, queria tentar comer ela hoje, já tem um tempo.
Nem me dá ela quer.

Deito na cama e abraço seu corpo, ela nem se mexe, beijo seu pescoço depois seu braço e volto para seu pescoço mas nada.

- Amor. - sussurro em seu ouvido e ela vir pra mim.

- Eu quero dormir, será que dá pra me deixar quieta?

- Por que você tá assim, tô aqui todo carinhoso com você, te enche...

Ela me interrompe

- Tá fazendo isso porque quer transar, caso contrário estaria gritando comigo como fez mais cedo.

- Eu já pedi desculpas.

Ela vira pra mim e me encara, muito linda vai se foder .

- Eu quero ir embora daqui desse lugar, e é a última vez que falo pra você.

- Lívia por favor..

- Nao Juan, EU não quero mais ficar aqui, só tenho memórias ruins, eu realmente quero ir embora.

- Mas aqui é nossa casa.

- Não, aqui é sua casa por favor Juan pela Cath vamos embora, você pode comandar de lá, não precisamos ficar aqui.

Seguro seu rosto e beijo sua boca.

- Eu realmente não queria que você passasse por isso tudo que você passou, mas ir pra outro lugar não vai mudar o que aconteceu nem o que você tá sentindo aí dentro.- aponto pro seu peito.

- Eu quero recomeçar, longe daqui só isso,  vai ser melhor.

- Vamos dormir, depois falamos sobre isso.

Beijo novamente sua boca e abraço seu corpo.

Acordo e ela não está na cama, levanto e vou para o banheiro fazer minha obrigações matinais.

Vou pra cozinha e a vejo dando de mamar pra Cath sentada no sofá. Pego uma maçã e chego por trás e beijo seu pescoço.
Ela se assusta e arregala os olhos.

- Te assustei?

- Sim.

- Arruma nossas coisas, vamos voltar pra Colômbia.