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-Livia-

Como eu pudi me enganar tanto tempo, ele não vai mudar, nunca ele vai ser sempre esse montro comigo. Eu não posso continuar aqui, eu tenho que sair desse lugar ele vai acabar me matando, e eu não quero morrer também já basta meu filho. Meu filho, meu bebê, como eu não percebi essa gravidez, quão estupida eu fui.

Ele ou ela iria ser muito amado, apesar do monstro que o Juan é eu vi o quanto ele ficou abalado com a notícia, talvez séria um recomeço pra nós dois, ou um final. Não sei, só sei que queria meu bebê comigo, com certeza iria ser um recomeço pra mim.

Me levanto da cama e vou até a janela e vejo ele conversando com aquela vagabunda da Patrícia, meu Deus será que isso nunca vai ter fim? Eu não aguento mais essa mulher entre a gente.
Logo ela sai e ele entra.

_pra onde você vai?

_não lhe interessa.

Eu sei o que ele vai fazer, e isso me dói muito, ele vai me trair.

_você vai me trair?

_sempre lindinha.

Mas que cara de pau, sem escrúpulos.

Logo ele sai e eu fico olhando oela janela ele subindo na moto e sumindo das minhas vistas.
Me sento na cama novamente e fito a TV ligada, mas não consigo pretar atenção. Me levanto e vou tomar um banho, eu sei que ele vai chegar drogado ou bêbado e vai sobrar pra mim, então eu vou dormir logo talvez ele sinta pena.

Depois que termino visto uma camisa dele que me cobre até a metade das coxas e um shorts por baixo. Desço até a cozinha e preparo um misto pra comer.

_eu deveria ver minha mãe, ele não vai voltar agora mesmo.- penso alto.

Pego meu celular e saiu de casa e logo um vapor dele me olha.

_onde a senhora vai? A senhora não pode sair.

_eu vou ver a minha mãe.

_desculpa a senhora não pode sair- olho pra ele e meu sangue ferve.

_sai da minha frente, ou eu faço um escândalo e falo para o Colômbia que você tava me assediando.- ele arregala os olhos e me dá passagem.

Vou descendo o morro e vejo algumas pessoas da minha infância, umas senhoras que viram a cara outras sorriem, as piriguetes que me odeiam.

_oi Lívia.-diz uma senhora com o cabelo grisalho sorrindo.

_desculpa..

_não lembra de mim, não é?- diz e segura minha mão.

_não.

_sou a Elena, sua mãe deixava você comigo quando ia trabalhar, você tinha 1 ano.- ela rir- não deve lembrar mesmo, o Antônio lembra, sempre que oassa fala comigo.

_desculpa dona Elena, eu queria me lembrar.

-sem problemas querida, eu vou indo, até mais.

ROCINHA Onde histórias criam vida. Descubra agora