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- Juan-

Já faz algumas semanas que a Lívia saiu do hospital, ela ta bem mas ainda em recuperação, o Toni me mantém informado de tudo,  pois agora ela está na casa da mãe dela, nós dois não existe mais,  é melhor assim.

Vou andando até a boca principal, voltei essa semana da Colômbia fui agilizar um bagui lá,  e carga de coca deve chegar hoje.

As  vagabunda não aguenta me ver que já começa a se botar,  eu não quero nenhuma mulher não tenho vontade, não ainda.

Infelizmente a Lívia não sai daqui de dentro,  eu  não consigo transar com ninguém.

Ahh, ela não conseguiu se lembrar de  quem atirou nela, o médico disse que é normal que como tempo ela lembre,  frescura esse é o nome.
Como é que não lembra, oxe.

A Patrícia para na minha frente,  mulher nojenta não sei como enfiei meu pau nisso.

_ Oi bebê.

_o que vc quer?

_queria você,  hoje. -a cara de vadia,  eu sorrio e passo por ela.

Mas ela segura meu braço, e me puxa e beija minha boca, não demora muito dou logo um empurrão nela.

_ ta louca porra,  perdeu o medo de morrer?

_ porquê a Lívia você beija? Aquela vadia não serve nem pra morrer, bem pra segurar filho......

Não espero ela terminar de fala e já meto um tapão na cara dessa vagabunda,  quem ela acha que é pra falar da Lívia.
Levanto ela pelos cabelos e bato a cabeça dela na parede que começa a sangrar,  depois dou outro tapa mais forte ainda e jogo ela no chão.

_tu não abre essa boca imunda pra falar faz Lívia não, tu não chega a sujeira do pé dela sua imunda- falo e cuspo nela.

Sigo meu caminho pra boca.

1 mês depois

To na frente da boca sentado e chega um nóia e compra crack,  essa é a pior não me atrevo a provar.

Tô com uma mina aí,  é até bonitinha fode legalzinho só não quero na minha casa é ela de la e eu de cá. Não quero mulher agora não.

Meu coração dispara quando a vejo depois de quase três mêses,  ela está com duas sacolas na mão parecem pesadas ela para e atende o celular,  fiquei sabendo que ela está dando aula no morro, é bom que ela siga sua vida.
Mas ela não está prestando atenção na pista,  olha pra frente sua retardada,  e logo a o carro freia em cima dela foi um impulso,  corri até ela e segurei seu braço.

_ você tá bem? - minhas palavras saíram em um sussurro. Minha vontade mesmo era de dar uma surra nela por ser tão retardada e não prestar atenção.

_ sim Colômbia.

_olha por onde anda seu filho faz puta, vaza daqui. -e o cara segue com o carro.

_ obrigado.

_ ta bom, ô Cláudio leva as sacolas pra ela aqui,  agiliza muleque.

_ não precisa.

_ precisa sim, ta pesado.

_ obrigado de novo.

Viro pra sair mas ela segura minha mão.

_ sinto sua falta. - ela disse.

Foi uma explosão de alegria dentro de mim,  ela sente falta mas falta do quê, das surras? Das brigas? Das humilhações?
Não ela ta bem sem mim.

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