Harry continuava beijando meu pescoço. Sussurrado coisas obscenas em meu ouvido. Suas mãos passeavam pelo meu corpo, sempre deixando tapas estalados em minhas nádegas.
— Harr-rry... Por fa-favor... Para! Para...! — pedi, sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Acho que isso chamou sua atenção, pois ele desviou sua atenção de meu pescoço e olhou em meu rosto — que, provavelmente, estava vermelho e molhado.
Vi tristeza em seu olhar.
— Je... n'aurais pas fait ça! Désolé, je suis un idiot! imbécile, imbécile, imbécile, imbécile, imbécile, imbécile, imbécile!* — sussurrou para sí mesmo em outra língua.
Francês?
— Ha-Harry... Eu... — me afastei do mesmo, ficando encostada na parede.
Ele olhou em meus olhos.
— Sua... Sua comida está em cima da penteadeira. Eu... Eu... Eu já volto. — murmurou e caminhou até a porta, saindo e a trancando.
Pisquei várias vezes, não acreditando no que houve agora a pouco.
Harry... Ele ia me estuprar? Ele ia... Ia me forçar a ficar com ele? Deus, ele é pior do que eu pensava. Mil vezes pior.
Tenho que fugir daqui.
Fui até a penteadeira, e tomei um pouco do suco de laranja que tinha na bandeja.
Eu havia perdido totalmente a fome. Não conseguiria colocar algo em meu estômago, sem jogar tudo para fora.
Por alguns minutos fiquei apenas encarando um canto da porta, encolhida na cama. Com medo de que ele voltasse e terminasse o que começou.
Escutei um barulho de chave, e logo a porta se abriu, revelando uma figura alta, vestida apenas com uma calça jeans preta.
Desviei meu olhar para a parede.
— Margo eu... — ele começou a falar, mas logo parou.
Não pude evitar que uma lágrima escorresse pelo meu rosto. Rapidamente a limpei. Não querendo que ele me veja assim.
— Anjo, eu... Sinto muito. Muito mesmo. De verdade, acabei perdendo o controle de minhas ações, mas... — suspirou — Por favor me perdoa. Por favor. Por favor, meu anjo. Por favor. — sussurrou se aproximando da cama, e logo sentando.
Balancei a cabeça, negativamente.
— Não... Não... — sussurrei. — Você... Você ia me... — não terminei de falar e ele agarrou minha mão.
— Anjo, não. Eu não faria nada que você não quisesse. Não importa quão longe eu tivesse chegado. Uma hora ou outra eu percebi o que ia fazer, e pararia. Mas... — suspirou — Por favor, apenas... Me perdoe.
Não respondi, e ele percebeu que eu não o faria, então se virou e começou a caminhar até a porta. Quando Harry passou pela janela, pude ver que em suas costas, haviam cicatrizes. Que pareciam profundas e antigas.
— Suas costas! — sussurrei.
Ele se virou, sorrindo tristemente.
— Desmond costumava me chicotear, quando... — me deu as costas — quando eu conversava com algum garoto e... Me divertia.
Como alguém é capaz de fazer isso?
— Bem, imagino que você não vá me perdoar agora, ou vá querer minha presença aqui então... Boa noite. — disse e caminhou até a porta. Quando ele ia sair, vi que seus olhos estavam marejados.
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PSYCHOPATH | Harry Styles (EM HIATUS)
Fanfiction> ATENÇÃO: Esse livro é indicado apenas para maiores de 18 anos. Contém cenas sexuais e de violência que podem vir a causar gatilho em algumas pessoas. Se trata de um ROMANCE DARK, leia apenas se estiver ciente! Quando se diz "psicopata", o que v...