PSYCHOPATH | Harry Styles (EM HIATUS)

Chapter 16 | Old Habits Never Die.

| P.O.V. Harry Styles.

Acordei antes de Margo na manhã seguinte. Hoje, provavelmente, eu tenha que ir à Holmes Chapel para dar meu apoio sobre o desaparecimento da minha doce e indefesa namorada.

Bando de idiotas.

Eles realmente acham que eu estou triste por isso? Quero dizer, não estou triste por ela estar aqui. Ainda não entendo como a mãe dela pode ser tão burra.

Sorri ao me lembrar da noite de ontem.

Não que Margo seja burra, nem nada. Mas para acreditar naquele choro falso... Bem, fazer o que? Eu sou um ótimo ator. Merecedor de um Oscar.

Desmond, seja qual for o lugar do inferno que você está, obrigado por ter sido um merda como pai, pois, se não fosse por isso, Margo não teria dormido nos meus braços ontem. Ou hoje, tanto faz.

Bem, essa noite foi um presságio do que vai ser daqui para a frente. Apenas me arrependo - um pouquinho - de ter tentado estupra-la. Aquilo não foi legal.

Fazer o que? Como dizia minha mãe: Eu tenho fogo no rabo.

Senti a criatura de cabelos loiros em meus braços, se mexer, e foi aí que percebi que ainda não tinha levantado.

Mas aqui está tão bom...

Suspirei, e tirei a coberta de cima de mim, vestindo minhas botas, caminhando até a porta do sótão - não que eu esteja a prendendo, é que aqui realmente é um quarto. Mesmo sendo sótão - e saí. Fui para a cozinha e pensei no que fazer para o café.

Panquecas.

Não, já fiz ontem.

Mingal?

Não, acho melhor não. Não sou bom com mingal.

Salada de frutas?

Idéia boa, porém eu acho que com a fome de caminhoneiro que Margo tem, isso não vai a nutrir.

Bacon, talvez.

Não, muito americano.

Espera, Margo é americana. E sem falar que isso a sustentaria e é ótimo com ovos e pão.

Perfeito.

Comecei a fazer o café, enquanto comia uma maçã. Eu estava cantarolando uma música qualquer, quando ouvi um barulho vindo de fora. Caminhei até a janela e olhei, vendo um casal de adolescentes - praticamente se comendo - tentando entrar na casa.

Revirei os olhos e desliguei o fogo, pegando uma faca de açougueiro que tinha ali.

Caminhei, lentamente, até a porta que estava começando a ser aberta.

Se eu deixo a porta principal aberta? Não, apenas me esqueci de trancar.

Mas pensando bem isso será divertido.

- Shhh, pode ter algum fantasma que escute você falar! - o rapaz disse em falsa voz de medo.

- Quieto, Marty! Vai que tem mesmo! - a voz de uma garota se pronunciou.

Ouvi um suspiro, e a porta foi totalmente aberta. Me escondi nas sombras que tinhas lá, por causa do escuro.

- Você é tão gostosa, mas mesmo assim, tão burra. - o garoto, a quem eu já podia ver, disse.

Ela o encarou.

- Ei! Eu não sou burra! - quase gritou.

Ah, é sim.