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Nos finais do século XIX vivia em Coimbra uma jovem estudante chamada Amélia Hormizinda Miranda de Carvalho

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Nos finais do século XIX vivia em Coimbra uma jovem estudante chamada Amélia Hormizinda Miranda de Carvalho. Ela não tinha os mesmos hábitos que as mulheres do seu tempo. Enquanto que, normalmente as mulheres eram casadas, sem estudos (a maior parte), construíam uma família e eram donas de casa... Amélia não tinha essa vida. Ela dedicara-se aos estudos, os estudos para Amélia estavam sempre em primeiro lugar. Muitas pessoas achavam estranho, nenhuma mulher era assim tão estudiosa. Para além disso, adorava ler, era muito curiosa e de uma inteligência excepcional!

Os estudos poderiam-lhe agradar mas sua mãe não achava bem ela seguir os estudos. Sua mãe gostaria que ela adotasse uma vida comum às das mulheres da sua época. Amélia não queria perder tempo com paixões.

Desde tenra idade que fora assim, enquanto as meninas ocupavam o seu tempo a brincar mas ela passava o dia a estudar.

Sua mãe preocupava-se com o futuro da filha, ia ser tão mal vista pela sociedade. Ela bem que tentara convencer Amélia mas ela nunca aceitara essa discriminação por parte das mulheres.

Havia pessoas que a admiravam mas outras também criticavam:

- Já viste? Qualquer dia tem cinquenta anos e invez de estar casada com um homem estará casada com um livro.

Amélia ignorava estas gracinhas de mau gosto.

-Mal sabe esta juventude o que é ser uma verdadeira mulher... - Pensava ela cada vez que gozavam.

Mas também haviam outras que acreditavam que ia mudar a maneira de ser das mulheres.

- Amélia, sabes é preciso muita coragem para fazer o que tu fazes... - Disse uma vez uma popular.

- Não é preciso coragem, os livros são os melhores amigos, mas são silenciosos o que é uma das suas grandes vantagens.

- Não sei ler nem escrever... - Disse a popular baixando a cabeça.

- Devias aprender. Nunca é demais o conhecimento que acrescenta-mos ao nosso cérebro.

- Quem me dera ser tão esperta como tu.

- Com muito esforço e dedicação, és capaz de chegar lá.

Amélia era um exemplo para a sociedade e demonstrava que uma mulher consegue ser tão trabalhadora como os homens. Às vezes estava tão distraída que tropeçava no que estava a meio do caminho.

Em casa havia sempre discussões entre as mulheres da casa. Era sempre a mesma chatice. Amélia ia a dexer as escadas bem rápido para que sua mãe não reparasse. Ela trazia um cesto na mão onde tinha livros que ia devolver na biblioteca.

- Onde vais Amélia? - Disse sua mãe cruzando os braços.

- À biblioteca... - Disse ela moderando os passos.

- É sempre a mesma desculpa! - Disse a mãe de Amélia dando um grito.

- Os meus pesamos mãe, por não admirar o meu ser único.

A Minha Motivação |livro 1|Onde histórias criam vida. Descubra agora