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Ao chegar à clínica psiquiátrica, Amélia defrontasse com um grupo de médicos e de enfermeiros que estavam a correr na sua direção para a levarem.

- Levem-na para a sala de urgência!- Disse um médico com as mãos nos bolsos.

O grupo leva Amélia para a sala de urgência com alguma dificuldade, pois ela recusava-se que a levassem.

- Larguem-me! Eu não estou louca! - Dizia repetitivamente Amélia.

- A menina tem que se acalmar está muito irritada. - Disse a enfermeira fazendo festinhas na testa de Amélia.

Ao entrar na sala, muito fria e escura, vê o psicólogo sentado na sua secretária a sorrir para ela. Depois fez um gesto com a mão e disse-lhe:

- Sente-se aqui à minha frente, vou precisar de lhe fazer umas perguntas.

Amélia olha para o chão e responde:

- Eu não vou responder a pergunta nenhuma! Eu juro que não estou louca!

Antes dela se sentar, amarram as mãos de Amélia caso podesse fazer algum disparate. Ao mesmo tempo que a amarravam gritava:

- Não larguem-me! Párem!

Depois da gritaria, Amélia sentou-se à frente do psicólogo tal como prometido. O psicólogo pega numa esferográfica, olha para ela e inicia a conversa muito tranquilamente:

- Muito bem, agora vamos conversar calmamente sem acusações, sem dramas e vai-me dizer algumas coisas sobre si.

Amélia acena com a cabeça e respira fundo para não ficar irritada e acabar por bater no psicólogo.

- Pode-me dizer qual é o seu nome, data de nascimento e morada...

- Chamo-me Amélia de Carvalho,  nasci no dia cinco de janeiro de mil oitocentos e setenta e um e moro na rua da Sofia número 12.

- Soube que foi levada para a clínica por afirmar ter visto a alma do seu  colega da universidade, verdade?

- Sim eu vi-o. E ainda tremo ao pensar nisso...

- Essa alma disse-lhe alguma coisa?

- Não me lembro, estava tão assustada que não me lembro.

- Bom é a primeira vez que ouço da boca de um paciente dizer-me que viu uma alma! Que tontice... (disse o psicólogo a rir discretamente).

- Pode não acreditar, ninguém pode acreditar mas eu sei que vi!

- Lamento dizer-lhe mas, vai ter de ser acompanhada por uma equipa que tratará muito bem de si não vos preocupais. Levem-na! - Disse o médico gritando pela janela.

De repente entram várias pessoas que a  levam para uma maca. Ela não queria acreditar no que estava a acontecer pois iria passar o resto do tempo numa clínica psiquiátrica e, o pior, é que teria de faltar à Universidade e deixar os cursos no caminho.
Amélia sabia que não estava louca mas se fosse verdade e ela estaria mesmo a enlouquecer? Ela pensara nisto enquanto estava a olhar para o teto. Ao entrar numa sala minúscula onde estavam outras macas com pessoas fora do juízo, ela olhou para a enfermeira e perguntou-lhe:

A Minha Motivação |livro 1|Onde histórias criam vida. Descubra agora