Primeiro Dia

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Quando o alarme tocou soube que seria um dia difícil.

A unica pessoa que você conhece na escola se muda e você se sente como uma abelha no meio de ursos. Eu sei, é bobo, mas é exatamente assim.

No momento em que pisei na escola e soube que a Kat não estaria ali para me ensinar pela 5° vez onde era o laboratório eu me senti perdida, como uma menininha que se perde da mãe no mercado. Você deve estar pensando "se vira, você esta no ensino médio", Mas isso pode ser o inferno ou o paraíso, e se está sozinho, tudo é confuso e assustador.

Fiquei alguns minutos tentando lembrar qual era o caminho para a sala de assistência, é quando a professora tenta melhorar sua vida, e eu ainda não estava familiarizada com a escola e em meio a tantos alunos indo de um lado para o outro eu só fiquei parada em frente ao meu armário...

-Você precisa de ajuda?-A mão firme tocava de leve o meu ombro. Ao me virar dei de cara com o homem moreno e alto que outro dia havia interrompido minha conversa com o Clay.

-Eu só tenho que lembrar onde é a sala de assistência -Ele deu uma leve risada e apenas apontou.

-A sala esta a sua frente, você só tem que virar a esquerda-Ele se afasta e me observa com um olhar curioso-Hannah Baker?! aluna novo do segundo ano certo?

-É, eu mesma -Ajeito a mochila nas costas e dou um sorriso, o sinal acabará de bater, o que me impediu de ter uma boa conversa com ele.-Eu tenho que ir.

-Não se perca-Ele piscou e sumiu no meio dos alunos desesperados para não perderem a primeira aula, e em poucos segundos eu era uma deles.

(...)

Ele estava ali, a menos de 1 metro de mim.

Justin Foley...

Sei que Kat estava saindo com ele antes de eu ter esse pequeno interesse, e por isso mesmo não tinhamos trocado uma palavra desde o dia no corredor. Eu estava decidida a perguntar a Kat sobre ele antes de fazer qualquer coisa, porém, não seria Justin Foley se não atrapalhasse meus planos.

-Hannah Baker-Ele fala meu nome devagar e colocando um sorriso em cada pausa, e fazia questão de lamber os lábios toda vez que nos olhávamos, era cativante. -Vamos ter um jogo na sexta, eu quero ver você lá.

Dom um sorriso bobo colocando uma mexa atrás da orelha, ele não disse "gostaria de ver você lá" , ele disse "quero", um simples quero que significou muito naquele momento. Ele quer que eu vá.

-Vou ver-Claro que eu tenho que agir como difícil, mas aquele sorriso me fazia derreter. Ele deu uma piscada e voltou seu interessa a aula, e com essa distração nem percebi que a professora me fazia uma pergunta.

-Então? O que você faria? -Ela me encarava ansiosa por uma resposta.

-Eu... é..-Coloquei as mãos na nuca e olhei em volta, todos riam.

-Eu dormiria com ela-Disse um garoto rindo no final da sala, as criticas das garotas entregaram seu nome, Bryce.

-Você não pode dormir com uma pessoa que perdeu alguém recentemente.-A professora o fuzilava com o olhar.

-Mas você disse que deveríamos criar um ambiente em que essa pessoa se sentisse confortável, e não há lugar melhor do que pulando em mim.-Muitos em volta davam gargalhadas e o parabenizavam pela piada, mas eu não via graça.

-Bryce Walker, saia.-A professora apontou pra portar, mas o sinal havia batido no mesmo instante, então sua intenção de botar ordem não valeu de nada, e tudo era só risada.

I Need ReasonsOnde histórias criam vida. Descubra agora