XXIII

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Mikael Bastos:

Ontem a noite foi maravilhosa.
Exije tudo que Hannya poderia aguentar com o meu "Desejo de
Vencedor".

Dormimos no chão de novo.
Por um motivo óbvio: não aguentavámos subir as escadas.

Se vocês pararem de transar na sala, a sua coluna agradece.

Diz o lado são, que é só 15%
da minha consciência.

Eu acho seriamente que se vocês fossem para o quarto, o sexo não teria a mesma intensidade, não
seria tão selvagem assim.

Diz o lado insano, que é 85%
da minha consciência.

Olha eu sinto muito, mas dessa vez vou ficar com o lado insano.

Hannya ainda estava dormindo.
Ela parecia estar em um sono profundo, parecia estar sonhando algo bom.

Levanto e ouço os ossos da minha coluna estalarem.
Vou em direção ao banheiro.

Não estava horrível como ontem.
Talvez por que Hannya foi a submissa da vez.

Hannya Asahara:

Acordo e Mikael não está ao meu lado. Ouço um som na cozinha;
ele está fritando algo.

Vou em direção ao banheiro e me assusto com minha própria imagem.

Eu estava parecendo um zumbi.
Meu cabelo estava todo desgrenhado com nós nas pontas. Meus braços e pernas tinham feridas arredondadas - conclui que foi Mikael ontem.

Subo de mansinho até o nosso quarto - o banheiro de baixo não tem chuveiro.

Lavo e hidrato o meu cabelo, passo um hidratante nas pernas.

Não queria que Mikael me visse daquele jeito.

Coloquei um vestidinho branco e nos pés fiquei de Havaianas mesmo.

Desço as escadas e Mikael me olha. Sorri ao olhar para mim,
e eu sorriu ao olhar para mesa
cheia de comida.

O cara é gato, tesudo, bom de cama, do mal, e ainda cozinha.
Meu Deus.

Me localiza que eu tô perdida.

- Bom dia minha flor de cerejeira.

Obs: Flor de cerejeira é por que a cerejeira é uma árvore que se encontra na Ásia, e Hannya tem traços asiáticos.

- Bom dia amor. - digo lhe dando um selinho.

- Dormiu bem? - se senta.

- Sim. Já você, não posso dizer o mesmo. - me sento também.

- E você nem liga, né? - põe café na xicára.

- A coluna é sua, porquê eu ligaria? - pego um pão.

- Por que eu não poderia te satisfazer com a coluna quebrada.

Penso um pouco. Até que faz sentido.

- AI MEU DEUS! QUER UM REMÉDIO? UMA MASSAGEM?

Digo e Mikael gargalha.

- Tá vendo? - fala arqueando a sobrancelha.

- Tá vendo o quê, porra?

- Você liga sim. Você se importa comigo.

- Me importo nada. Eu me importo com o seu pinto, só isso.

Começo a comer mas, quando dou a primeira mordida, sinto
uma vontade de vomitar muito forte corro para o banheiro e vomito até as tripas.

- O que houve? - Mikael pergunta visivelmente preucupado ao chegar no banheiro e ver a cena.

Dou descarga e levanto:

- Eu... - de novo a caralha da vontade de vomitar.

Da onde saiu tanta coisa?
Não comi nada hoje.

- Calma, amor vou buscar um copo d'água.

Foi a cozinha e eu dou descarga novamente. Estou sentindo uma dor de cabeça terrivel.

Saio do banheiro em direção a cozinha. Mikael me dá a água e me carrega até o sofá.

- O que você está sentindo? - pergunta acariciando o meu cabelo.

- Dor de cabeça, enjôo e uma dor na barriga, parecida com cólica.

- Você está mestruada?

- Acho que não. - digo. - A próposito minha mestruação está atrasada.

- Há quanto tempo?

- Dois meses.

- Hannya... - Mikael parece atônito, mas não sei o porquê. -
Você pode está...

Minha respiração falha quando eu entendo aonde ele quer chegar.

- Você acha que eu estou...?

- Só tem uma explicação para isso tudo.

Olá pessoas obscuras...
Sou eu, Dum Dum.
O capitúlo de hoje foi tenso né?
Quanto terminei de escrever nem acreditei nos meus dedos!

O que vocês acham que vai acontecer?

Toda Minha (Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora