LIV

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Depois daquilo eu dormi. 

Era sábado, Mikael não trabalhava. Levanto da cama onde Mikaerl não estaa mais e vou ao quarto dos meninos. Não estavam lá talvez seria a preucupação escessiva de mãe de primeira viagem mas um desespero tomou conta de mim. Desci as escadas correndo, olhei na cozinha, na sala, nada. Até que ouvi um som vindo da piscina corro até lá. Mikael está brincando tranquilamente com nossos filhos Atena em seus colo e Júpiter em uma boia os dois com camisass anti raios uv. 

Era algo lindo de se ver imediatamente sorrio e caminho até a beira da piscina. Dou bom dia a Mikael. 

- Bom dia. - seco.

- Será que tem espaço pra mim nessa piscina? - tento.

- É... na verdade não. Já se passaram mais de 30 minutos que estamos na piscina hoje não está frio, mas como eles são pequenos prefiro não arriscar. 

- Ah... Tudo bem... - aceito em desânimo.

Eu tomei meu café e dei mama aos meninos. Tomei um banho e estava secando meu cabelo quando Mikael entra no quarto e em movimentos rápidos veste uma calça jeans e uma camisa polo. 

- Você vai sair?

- Vou. - diz simples.

- Pra onde? Você não trabalha hoje.

Ele se vira pra mim e levanta uma sobrancelha. Eu entendi o recado.

-  Já sei, não é da minha conta. Desculpe. 

.  .  .  .  .

Depois que Mikael saiu do quarto eu chorei. E não foi pouco. Eu que sempre fui sensível estava conseguindo me controlar pra não chorar na frente dele.

As vezes eu paro pra pensar no que minha vida se tornou. Eu era uma estudante de escola de bairro, sem amigos, mas estudiosa, tirava notas boas, eu teria um futuro. Tinha um pai carinhoso e uma mãe severa. Até o dia em que vi um homem bonito estrangular uma mulher do lado da estação de metrô. E tive a brilhante ideia de segui-lo e tomei no meio do meu cu.

Hoje eu tenho dois filhos que ainda não tem nem um mês de vida. E eu não sei o que fazer, não sei se conseguiria criar as crianças de um jeito saudável ao lado de Mikael. E eu nunca me perdoaria se meus filhos fossem aquelas crianças traumatizadas com uma infância conturbada.

Não queria que os meus filhos um dia chorasse na escola e a professora o chamasse pra conversar. "Pró, o papai bate na mamãe" eles diriam.

Era horrível quanto Mikael não estava aqui pra cozinhar pra mim. A única coisa que comi na hora do almoço foi um peito de frango sem gosto e um arroz requintado.

Depois disso cai no sono e dormi.

.  .  .  .  .

Acordo com o som de choro vindo da babá eletrônica. 

Pego Atena no colo, dou de mamar e ela dorme de novo.

Escuto um som lá embaixo na sala. Acho que Mikael chegou. Vou até lá.

Mikael está sentado no sofá fumando.

- Mikael, já não lhe pedi pra não fumar dentro de casa? - pergunto já em chateação. Ele tem merda na cabeça? Ele não entende que nossos filhos podem desenvolver problemas de saúde graves assim?

- A casa é minha e eu fumo aonde eu quiser. - ele diz e eu suspiro. Suspende seu olhar até mim. - Senta aqui. - disse batendo na sua coxa esquerda. 

O que ele pensa que eu sou? A cadela dele? Ele acaba de me tratar mal e quer que me sente no seu colo pra ele me tocar? Não irei me submeter a isso.

- Não. - digo em meio a tremidas na voz. 

Ele me olha sério. E diz:

- Venha cá agora. Ou eu te busco.                                                                                    - E-eu.. - tento constestar.                                                                                                 
- Agora Hanniya.

Meus olhos já lacrimejam e eu ando até ele. Que me puxa pro seu colo. Coloca meu cabelo atrás da minha orelha.

- Por quê isso? Você sabe que eu te amo. Você está sobregarreda com os meninos? Eu posso pensar em contratar uma babá. - eu fico quieta e desconfortável com aquilo. - Me responda. - ele segura meu queixo com força.

- O que é Hannya? Fala porra!       

 Então eu levanto do colo dele e digo:

- Eu só tô cansada Mikael. De você não saber o que quer, uma hora, é grosso, frio me machuca outra hora é um amor, outra só me come e se pica. Eu tô cansada disso vei!

Ele também se levanta e eu dou alguns passos para trás.

- Você tá cansada é? E o que vai fazer? Arrumar uma sacola, pegar as crianças e dormir na casa da sua mãe? - ela chega mais perto e põe as mãos nos meus ombros.

- Isso aqui não é uma novela da Globo Hannya. Nossa vida não é assim. Você sabe que eu te amo, e que eu me esforço pra deixar as coisas mais leves aqui. Mas se eu tiver que te mostrar como as coisas realmente são eu mostrarei.

- Isso será nescessário? - ele pergunta.

- Não. - respondo imediatamente.  

- Ótimo. - ela apaga o cigarro no cinzeiro - Vamos subir.                                                                                                                                                                          





Toda Minha (Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora