Hannya Asahara:
Espera, eu conheço esse Rover.
É o nosso Rover.
Saio correndo da biblioteca, desço as escadas voando.
Chego na sala e estranhamente a porta está aberta. Saio e vou até o carro.
Vazio. Mas eu sabia que era o nosso, ainda tinha um sapato meu lá dentro.
Me viro e entro na casa.
Sinto alguém segurar o meu braço. Mas, antes que eu possa fazer alguma coisa sinto minha pele ser perfurada.
...
Acordo com dor de cabeça, estou com fome e um pouco de enjôo.
Olho ao redor e não estou no meu quarto. Estou em um quarto totalmente branco.
Estava agoniada, terrivelmente assustada.
Por quê?
Por que o quarto estava escuro.
Eu não gosto do escuro.
Eu vejo coisas no escuro.
Acendo um abajur que estava no criado mudo clareando minimamente o quarto.
Posso observar que não tem quase nada nele. Só a cama, o criado mudo, o guarda-roupas e um espelho.
Levanto um pouco o meu lençol e logo em seguida me arrependo.
O ar condicionado estava muito forte, e eu estava só com uma camisola fina por de baixo do edredom.
Pelo visto vou ter que descartar a possibilidade de ir acender o interruptor - que fica do lado da porta -.
Tento dormir, mas é em vão.
O pouco que eu via me assombrava.Eu nunca gostei de dormir no escuro, nunca.
Estava tentando me convencer de que essas coisas não são reais.
Até que escuto a porta se abrir.
Meus olhos doem um pouco, por que o corredor estava iluminado e meus olhos já estavam acostumados com o breu.Não vejo muito bem, só uma silhueta de homem a observar-me.
O homem acende a luz.
Era Gabriel.Ele anda em direção a mim.
- Como está? - pergunta sentando na cama.
- Dor de cabeça, enjôo e fome. - respondo.
- Dor de cabeça, eu passo um Vick. Enjôo é coisa da gravidez.
E daqui a pouco trago sua comida. - diz alisando meu cabelo.- O que... O que aconteceu? - pergunto.
- Do que está falando? - se faz de desentendido, mas eu sei que ele sabe o que quero dizer.
- Por quê estamos aqui?
- Tivermos que viajar, Hannya. - responde parecendo irritado.
- Por quê tivemos que viajar?
- Por quê está tão curiosa?
Não confia em mim?Chantagem emocional.
Patético.- Não. Não confio em você. - digo o fitando com ódio.
- Por quê você faz isso comigo?
Por quê me magoa tanto? - diz Mikael, novamente apelando.- Você me enganou, e está me enganando de novo. - digo firme.
- Hannya. Se eu te enganei foi para te proteger. - diz passando as mãos na cabeça com os olhos marejados.
- Me proteger? Me proteger de quê? - pergunto aumentando o tom.
- Eu... Eu vou trazer sua comida.
Dito isso ele sai do quarto.
Grito de raiva.Oh meu amor... sinto tanta saudade de você...
Fico pensando em como fui feliz com Mikael, e consequentemente acabo lembrando o quanto essa felicidade durou pouco.
Quando reparo, já estou botando um rio pra fora dos olhos.
Não sei quanto tempo passou, talvez minutos, horas só sei que estava quase indo buscar eu mesma minha comida.
Até que escuto a porta se abrir.
Não vejo um rosto, vejo um homem com uma máscara de couro preta a me olhar.- DEMOROU! - grito com raiva.
Foda-se quem era, ele tinha comida.
O homem caminha até mim com a bandeja na mão.
Quando chega na cama diz:
- Calma docinho.
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Toda Minha (Em Hiatus)
Mystery / Thriller*ESSA ESTÓRIA CONTÉM GATILHOS FORTES Á PSICOSE, VIOLÊNCIA E ESTUPRO* Vozes. Assassinatos. Sangue. Paixão obssessiva. Amor. Ódio. Carinho. Corpo. Mente. Toda Minha. | All rights reserved | Dum_Dum69