XI

454 28 1
                                    

Hannya Asahara:

Depois daquilo dormimos. Acordo e percebo que Mikael não está ao meu lado.

- Amor? -o chamo.
- Já acordou docinho?
- Sim.

Ele sai do banheiro, está com o cabelo molhado e uma toalha na cintura.

- Vou no mercado. Quer alguma coisa?
- Hum...bananas.
- Só bananas?
- Sim só preciso de bananas.
Amo bananas.
- Você tem noção do quão erótico isso soou?
- Você não presta.
- Como se você prestasse.
- Eu costumava prestar.

Então ele se veste e se despede de mim.

Fico um pouco triste por ele não ter me levado junto.
As vezes em esqueço que estou sendo mantida em carcére privado.

...

Passou um tempo, já tomei banho, já comi e agora estou morrendo de tédio.

Será que Mikael ficaria zangado se eu saísse só um pouco?

Não se ele não souber.

Disse,o demônio da minha mente.

Então eu fui até o portão.
Estava trancado com um cadeado e correntes.

Mikael não confia em mim?
Ele acha que eu vou fugir dele?

Mikael Bastos:

Sai de casa e me lembrei de fechar o portão.

Coloquei um ótimo cadeado e correntes muito grossas.

Não podia arriscar perder a minha rainha.

Mataria qualquer um que tentasse tirá-la de mim.

Mataria ela também se ousasse tentar escapar.

Minha cabeça doí só de pensar nisso.

Chego no mercado, e a primeira coisa que pego é o cacho de bananas que Hannya pediu.
Sorri bobo ao pensar nela.

Eu a amava tanto.  Queria passar toda a minha vida com ela.
Queria que ela vivesse apenas para mim.

Ela pertence a mim.
Só eu possa tê-la.
Só eu posso tocá-la.
Só eu posso amá-la.

É errado pensar assim?
Isso não importa.

Hannya é minha propriendade.
E ai de quem diga o contrário.

...

Depois de um tempo chego em casa, e ao abrir a porta dou de cara com Hannya sentada no sofá, olhando para baixo, parecendo estar triste.
Me pergunto o que houve.

- Oi docinho, está tudo bem?
- Hurum. - diz ainda olhando pro chão.
- Não minta pra mim. - disse já perdendo a paciência.
- Mikael, porquê você trancou o portão? - disse ela. Fecho a cara.
- Só segurança.
- Mikael, estamos no meio do mato. Ninguém virá assaltar a gente. Você me trancou aqui sem motivo.
- Olha Hannya, eu vivi anos sozinho. E agora que eu tenho você. Não vou te deixar escapar. - ela parece pensar.
- Tudo bem.

- Trouxe as suas bananas.
- Obrigada. - diz seca.
- Vou tomar banho.

Subo ia deixo sozinha na sala.

Toda Minha (Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora