#7

2.9K 229 37
                                    


Um tempo antes de Miranda


André estava em mais uma das festas fora da cidade. Nenhuma novidade...

Ele olhou a hora em seu celular, e já estava se preparando para se despedir de seus amigos quando viu um rabo de cavalo com cabelos castanhos brilhantes. Testou seu hálito, sentindo o cheiro de vodca e cerveja. Estava bom.

  — Marthinha— ele sussurrou na orelha da menina, fazendo-a dar um pulinho —, Augusto sabe que você tá aqui às — ele pegou o celular, olhando as horas e sendo teatral— onze horas da noite? 

A menina revirou os olhos arredondados para ele e saiu, infiltrando-se na multidão. André se sentiu instigado com a forma como ela simplesmente o ignorou. Ele nunca havia notado Martha antes. Para ele, ela era apenas uma pirralha chata. Mas o tempo havia passado. E Martha estava linda. Mais do que linda, atraente. Ele a seguiu e a viu parar em uma barraca que vendia cerveja. Pensou em ir lhe perturbar mais uma vez, apenas para ver a reação dela. 

— Você sabia que ela é de menor? — informou ao vendedor, e esse, recolheu a garrafa que estendia.

— André, será que dá para me deixar em paz? — Martha saiu bufando, mas ele segurou seu braço, fazendo-a estacar. 

— Estou apenas cuidando de você, bebê.

— Cuidando? — Ela sacudiu o braço, soltando-se de seu aperto, mas não foi embora, apenas o encarou com olhos brilhantes. 

— Sim, cuidando. Afinal que tipo de cidadão e vizinho eu seria se não tomasse conta das pessoas ao meu redor? Principalmente pessoas tão bonitas como você — umedeceu os lábios, colocando uma das mechas brilhantes atrás da orelha da garota.

Martha sentiu seu coração acelerar no peito com aquele toque carinhoso. Ela fitou os olhos verdes como esmeraldas e a boca atraente como uma fruta vermelha. Engoliu em seco. Ela sabia que André não tinha ideia de sua paixão secreta por ele. Afinal, ele parecia que nunca a via. Ela era invisível para ele desde sempre. Martha sabia que ele era cinco ou seis anos mais velho que ela, mas ela não se importava com isso. E pelo visto nem ele. Ela o observou, ele parecia levemente embriagado. E isso a fez pensar que talvez fosse o álcool que o tivesse feito vê-la mais bonita. 

  — Você tá sozinha aqui?— ele perguntou após passar muito tempo e a garota não dizer nada, apenas encarando-o. Martha apontou para Suzana que estava mais o namorado, pouco se lembrando dela. — Vem, eu te faço companhia. — André passou o braço sobre os ombros estreitos da menina, a levando até perto do palco onde uma banda tocava músicas MPB. 

Martha sentiu o perfume dele lhe saturar o nariz e se aconchegou mais nele. André era alto, forte e isso lhe deixava segura. Eles ouviram alguns cover de Marisa Monte e após alguns minutos, ela sentiu a barba dele lhe roçar o maxilar, deixando-a arrepiada e fazendo-a fechar os olhos. Logo após a boca dele, úmida e macia como veludo tomava posse de seus lábios. 

André encostou-se em Martha, roçando seu membro já ereto no ventre dela, fazendo-a arregalar os olhos para depois beijá-lo com mais paixão. Ele a ouviu gemer baixinho e isso o deixou mais excitado. Ele não sabia em que momento, mas de repente, eles haviam saído de perto da multidão e foram para trás de umas barracas vazias. Ele se sentia meio tonto, mas nem conseguia pensar direito enquanto sentia a mão pequena e macia dela lhe apertar o pau por cima da calça. 

Martha não sabia o que fazia, apenas que queria dar prazer à sua paixão secreta. Ela o viu apertar os olhos e gemer, pressionando-a ainda mais contra a madeira da velha barraca. Sentiu que a mão dele se infiltrava por baixo do vestido e puxava sua calcinha de algodão para o lado. Ele gemeu ao encontrá-la ensopada e ela se retorceu sob seu toque experiente. Penetrando-a e depois roçando seu botão já rígido, fazendo-a estremecer. Martha abriu o zíper da calça de André e colocou seu membro rígido para fora, masturbando-o o melhor que podia. Sentiu os tremores de um orgasmo começar em seu âmago e se espalhar, ao mesmo tempo em que André posicionava seu membro em sua entrada úmida enquanto ainda lhe roçava o clitóris. Ele penetrou fundo, em uma única investida e ela sentiu suas pernas amolecerem enquanto era varrida pelo orgasmo intenso. Ele a segurou, enquanto arremetia incansavelmente e mordia sua orelha. 

Após André gozar, ele saiu de dentro dela, depositando uma de suas pernas no chão. Martha sentiu seu ventre arder e queimar, mas não viu nenhum sinal de sangue que denunciasse que havia acabado de perder sua virgindade. Ele guardou o pau e subiu o zíper, olhando para ela com certa frieza. Ela colocou a calcinha úmida no lugar e ajeitou o vestido, voltando com ele para a festa.

Encontraram Suzana no caminho, e essa olhou estranho para Martha e André. Ele estava com o rosto vermelho e os cabelos cumpridos suados. Martha não queria saber seu estado por fora, ela se sentia um lixo por dentro. Fora usada, sabia disso. André a deixou com sua colega e saiu sem se despedir. Após ser deixada em casa pelo namorado de Suzanna, Martha chorou meia hora no portão, se recompôs, e entrou em casa, indo chorar no banheiro enquanto sentia uma dor entre a pernas. Após uma semana de tristeza e depressão, ela se forçou a esquecê-lo e teria funcionado, se não fosse por estar grávida do cretino.




Alexia - RecomeçoOnde histórias criam vida. Descubra agora