Capítulo 1

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Domingo,

Ao fim de três horas, o comboio para no meu destino. À uma hora atrás liguei a minha tia Augusta a disse-lhe a hora que chegava, ela disse que iria buscar com a vizinha. A minha tia não tem carta de condução.

Eu sai do comboio e não via a minha tia. Olhei para todo o lado, onde será que ela está? Sinceramente, eu não sei se a irei reconhecer. Há tantos anos que não a vejo.

Eu caminho um pouco, com a mochila nas costas e a mala de rodas na mão. Olho para duas senhoras, elas parecem procurar alguém. Olho melhor para uma das mulheres, era uma mulher forte e tinha o cabelo apanho de uma forma desmazelada. A sua idade rodava os quarenta e tal anos. É ela.

A minha tia olhou para mim.

Tia Augusta – está ali, Amália. Anda. – Ela grita e vem na minha direcção. Eu dei-lhe um pequeno sorriso. – Sara, minha querida. Estás tão linda! – ela caminhou para mim de braços abertos e abraçou-me assim que chegou perto de mim. ela desviou de mim e observou-me. – Sara! Tu estás tão crescida. E bonita. – ela abraçou-me novamente. – sara, esta é a Amália a minha vizinha. Ela vai dar-nos boleia para casa.

Eu olhei para a senhora um pouco mais magra que a minha tia.

- obrigada – eu agradeci.

Amália – não tens de que. Nós la na vila ajudamos uns aos outros. Uma mão lava a outra.

A tia Augusta colocou o braço sobre os meus ombros e apertou-me contra ela.

Tia Augusta – vamos para casa. deves estar casada e com fome. A tia vai fazer-te almoço e depois podes deitar-te e descansar um pouco. vamos.

Eu caminhei com elas. Eu estava um pouco assustada, embora a minha tia Augusta seja simpática comigo, eu não a conheço, eu não conheço o sitio onde estou. Tudo é novo para mim.

Entramos num carro velho da vizinha da minha tia, eu fui a trás e via a rua. 

Que saudades eu tenho do Rafael, mesmo longe de tudo ele não sai do meu pensamento.

O carro parou e eu nem me apercebi que já tínhamos chegado. Eu olhou em redor e não reconheço o sitio. Não era o sitio onde a minha tia morava antigamente. Saímos do carro. Conseguia ver uma mansão. A minha tia não deve estar assim tao bem de vida.

Tia Augusta – não estas a reconhecer a casa, pois não? - a minha tia pôs as mão sobre os meus ombros.

- não.

Tia Augusta – tu nunca vieste cá, querida. – ela abraça-me contra ela. – nós já vamos buscar as malas. - Ela disse para a Amália. - Como eu esta a contar, desde que começamos a trabalhar com a dona Sofia, ela fez estava casa para nós perto da mansão para nós. 

caminhamos para uma casa mais pequena perto da mansão.

Entramos para casa, era a cozinha, podia ver um sofá no fundo da sala. uma rapariga estava sentada a mesa e pintava as unhas.

Tia Augusta – sara, ainda te lembras da tua prima Ana Paula.

- claro que me lembro.

Ela estava crescida, a ultima vez que a vi, nós ainda brincávamos com as bonecas.

Ana – Mãe, corta a Paula. Chama-me só de Ana. – ela caminhou para mim e deu-me um abraço. – ola, prima.

- ola. - Eu disse e forcei um sorriso. Embora não me apetece sorrir.

Tia- bem, vou preparar alguma coisa para comeres, deves estar cheia de fome.

- não, eu não tenho fome.

O Diário de SaraOnde histórias criam vida. Descubra agora