Sexta-feira
Não tinha mais sono, mas não me levantei da cama. Sabia se o fizesse iria encontrar o Miguel e não me apetece estar com ele.
As coisas estava a correr demasiado bem, para serem verdade. Eu estava a gostar tento da ideia de participar no concurso. Mas como em tudo na minha vida começa a correr bem é porque vai acabar.
O Miguel desisti de dançar comigo só porque nós nos devíamos conhecer melhor. Sem ou menos tentar. Nem mesmo de pois de tudo o que eu lhe disse, ele mostrou-se arrependido.
Alguma coisa vai sempre acontecer para que eu não seja feliz. Parece que a felicidade na minha vida é impossível de ser alcançada.
Recordo uma frase do Rafael, ele uma vez disse-me que para eu ser feliz eu só bastava querer ser feliz e lutar por isso. mas como eu posso lutar por isso?
Depois de todos saírem de casa, eu fui tomar de banho e sentei-me no sofá e procurei alguma coisa para ver na televisão. A meio da manhã a minha tia entrou em casa.
Tia – Bom dia, sara.
- boa dia, tia.1
Tia – ainda bem que já estás acordada. A dona sofia queria conversar contigo.
- comigo?
Tia – sim, ela está a tua espera na sala da casa dela. Anda com a tia.
- na casa dela?
Eu fiquei espantada. O que é que ela quererá comigo?
Tia – sim, filha. Anda.
Eu levantei e segui a minha tia. Ela abriu a porta da mansão e fiquei um pouco reciosa em entrar. O sitio era luxuoso.
Eu entrei e estava na sala que era enorme.
Sofia – sara! – eu ouço chamar e vejo a Sofia sentada no sofá. – como estás? – ela levantou-se.
- mais ou menos. E a Sofia?
Sofia – acho que sabes a resposta. Senta-te, sara.
Nós sentamos-nos
Tia – bem, dona Sofia eu vou para a cozinhar fazer umas coisinha, se precisar chame-me.
Sofia – claro, Augusta. Va lá. – a minha tia sai da sala. – eu chamei-te aqui para conversamos um pouco. a tua tia contou-me que estás a participar num concurso de dança com o Miguel.
- eu estava.
Sofia – estavas? Já não estás? O que é que se passou?
- não foi nada. Eu prefiro não falar.
Sofia – podes estar a vontade. Eu não conto a ninguém. Somos amigas e amigas guardam segredo.
Ela posso as suas mãos sobre as minhas.
- é o Miguel. Ele trata-me de uma maneira diferente.
Sofia – diferente como?
- ele trata-me com. Não sei... ele parece que dispersa. Como se eu fosse nada para ele.
Sofia – e tu és alguma coisa para ela?
- nós vivemos na mesma casa, pertencemos a mesma família. Acho que eu devia começar a ser alguma coisa para ele.
Sofia – mas o que é que se passou?
- a bruna a nossa professora de dança, aconselhou-nos a nos conhecemos melhor. Para podermos ter mais confiança um no outro e ele ficou agressivo. Como se o encomendasse me conhecer melhor, estar perto de mim. e desistiu.
Sofia – estranha a atitude dele. Eu conheço o Miguel desde que veio viver com os tios e ele nunca agiu assim com ninguém. Sempre foi um menino querido meigo e preocupado com os outros.
- mas comigo ele é assim. eu ainda falei com ele e tentei mostra-lhe que está a ser ingoista. mas parece que não deu resultado. Eu já pensei que ele tivesse ciúmes dos tios comigo. Que tivessse medo que eu roubasse o lugar dele naquela família. Não sei..
Sofia – não, não acho que seja isso.
- então, o mais poderia ser.
Sofia – não, as vezes as pessoas tem empatias que passam quando se começam a conhecem melhor a outra pessoa. Talvez seja o caso dele e quando te conhecer isso passe.
- e como ele me vai conhecer se ele não faz um esforço para isso acontecer.
Sofia – voces vivem na mesma casa um dia isso vai acontecer.
- o que mais me entristece é que já vou participar no concurso de dança e estava tão contente por participar.
Sofia – não fiques assim. Quem sabe se ele muda de ideias?
- acho que não, Sofia.
A Sofia virou-se para trás e pegou a uma moldura com a fotografia de homem de idade.
Sofia – olha, sara. Este era o meu marido.
Eu peguei a moldura. O senhor era muito mais velho que ela, parecia quase avô dela.
Sofia – não digas nada, sara. Eu já sei o que estavas a pensar. Ele era um velho e uma interesseira no seu dinheiro.
- Sim, realmente ele é uma pessoa com uma grande diferença de idade da Sofia. Mas eu não questiono o amor que a Sofia sente por ele. é nítido no seu olhar.
Sofia – o Artur foi um grande homem para mim. a maioria das pessoa questiona a pessoa que eu sou, e acusam-me de ser interesseira. Mas eles não conhecem a nossa historia. Eu não preocupo com o dinheiro e isso faz confusão a muita gente.
- como é que voces de conheceram?
Sofia – eu não sinto preparada para falar sobre isso com alguém. Desculpa. Sara, eu nem sempre fui a pessoa que sou hoje e a vida arrastou-me para muita coisa que eu não desejo a ninguém.
- eu peço desculpa, Sofia. Eu não devia ter perguntado.
Sofia – não, tu estás a vontade de perguntar o que é que for. – ela deu-me um sorriso e olhou-me com olhar de sorriso. – a minha mão estar sempre estendida para ti, sara. Eu sei que não é fácil ser mãe com a tua idade, mas eu vou-te estar aqui e não vou deixar nada de mal te acontecer.
É tão bom ouvir aquelas palavras. Dão me segurança.
- porquê que a sofia esta a dizer isso?
Ela fez-me uma festa no rosto.
Sofia – porque eu já tive a tua idade e já me senti sozinha e abandonada por todos. E foi muito dificel para mim. a marcas dessa altura ainda estão presentes na mulher que sou hoje e não quero que passes nem por metade que eu passei.
- obrigado, sofria. Eu gosto muito de conversa com a Sofia.
Sofia – eu também, minha querida.
Ela puxou-me para um abraço. Eu fechei os meus olhos e consegui sentir uma paz. Eu sentia que ela preocupava-se verdadeiramente comigo e que me queria proteger a cima de tudo. Eu nunca senti aquela sensação na vida. apenas quando a abraço sinto isso.
Nós separamo-nos do abraço.
- bem, tenho que ir ver se a minha prima já acordou. Já está quase na hora do almoço.
Sofia – sim, vai lá. E volta sempre que quiseres, sara. As portas da minha casa estão sempre abertas para ti. podes vir quando quiseres.
- obrigado, Sofia.
Nós levantamo-nos, ela deu-me um beijo na testa.
Sofia – eu não sei se é por estamos ambas a viver um momento difícil, mas eu gosto muito de ti.
- eu também gosto muito da Sofia. De coração.
Nós abraçamo-nos novamente e a Sofia levou-me a porta.
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O Diário de Sara
Fiksi RemajaAVISO: leiam o primeiro livro antes de começar a ler este, entenderam melhor a história. O meu nome é Sara Santos e tenho quinze anos. A minha vida dava uma boa novela trágica. Viver com os meus tios, acho que foi o melhor que me aconteceu, embora...