No intervalo seguinte, a Ana quis-me apresentar o namorado para eu ver como ele era bonito. Eu já conhecia em foto, mas ela queria que eu visse que ele ainda era mais bonito ao vivo.
A Ana levou-me até um rapaz de olhos azuis.
Ana – Diogo, esta é a minha prima sara.
O Diogo passou o seu olhar pelo meu corpo todo o que deixou desconfortável. Eu cumprimentei-o com dois beijos. o Diogo era um rapaz moreno e com o corpo atlético. O seu cabelo era escuro e ele era alto para a sua idade.
- ola.
Diogo – ola, prazer.
A minha prima cola os seus lábios nos lábios do seu namorado dando-lhe um beijo. Não achei muito normal o olhar que ele me lançou. Mas deve ser só a minha imaginação a falar. da maneira que a minha prima fala dele, ele deve ser muito apaixonado por ela.
Conversamos os três sobre vários assuntos e sempre que o Diogo podia, fixava o seu olhar azul no meu. Eu desviava sempre o olhar. A ana parece não se aperceber de nada. Deve ser a minha imaginação, a magicar coisas. é normal quando falamos com uma pessoa essa pessoa olhar-nos nos olhos, não é muito é acabar de falar e ainda continuar a olhar. Chega,sara. Não imagines coisas onde elas não existem, nem podem existir. Eu aconselhei-me.
O intervalo acabou, disse a minha prima para irmos para a aula e senti o olhar do diogo pecorrer o meu corpo todo. Deve ser só curiosidade dele, talvez ele procure semelhanças entre mim e a ana, já que somos primas. Mas não as vai encontrar e a minha prima somos totalmente diferentes.
Fomos para a aula depois de ana se despedir do namorado com um beijo. A caminho da aula.
Ana – o que é que achas do diogo?
- é simpático.
Ana – e de aspecto?
- tinhas razão, ele é ainda mais bonito ao vivo.
Ana – eu não te disse.eu estou tão contente, eu namoro com o rapaz mais bonito da escola. - Porque será que parece que estou a ouvir a mim própria meses atrás? O pior é que namorado mais bonito da escola deixou-se gravida e abandonou-me. – estás calada. Não vais dizer nada.
- não, apenas me fizeste lembrar de mim, alguns meses atras. Quando eu namorava com o ivo.
Ana – ele era assim bonito?
Eu tirei o telemóvel do bolso e mostrei-lhe um foto dele a porta do quarto.
- vê.
Ana – Wow! Ele é lindo.
- é. Lindo, mentiroso, idiota, mau caracter e monte de adjectivos maus que se eu fosse-te dizer todos ficamos aqui ate a noite. - eu falei com raiva.
Ana – ele é pai do teu filho?
- infelizmente é. Eu só quero esquecer que ele existe. Ele humilho-me de mais, perdei-o vezes de mais e ele cometia sempre os mesmos erros.
Ana – mas o Diogo não é assim. Ele é um rapaz bom, nos dois sentidos é claro.- Nos duas rimos. Entramos para a aula de ingles. – gosto bué do teu telemóvel. Gostava de ter um igual, o meu telemóvel está velho.
- foi o Ivo que me ofereceu.
Ana – a serio? Ele tinha assim tanto dinheiro.
- ele não devia ter comprar. Eu não sei como ele o arranjou, nem quero saber.
A aula começou. o ingles nunca foi o meu ponte forte, quer dizer eu acho que não tenho nenhum ponto forte. A professora fez-me uma pergunta e a minha prima ajudou-me a responder.
O meu tio foi-nos buscar para desagrado da minha prima. Quando chegamos a tia tinha o almoço pronto e almoçamos em família sem o Miguel que já estava no seu segundo emprego.
Depois arrumar a cozinha com a minha prima foi deitar-me no meu quarto. Ana ficou na sala.
Recordei a conversa com o Miguel de manhã. Sinto saudades dele, do cheiro dele. Hoje ainda não o vi. Já estava habituada a estar um pouco de manhã com ele. tento imaginar o seu cheiro. Refleto sobre o passado dele. Eu acho que ele passou alguma coisa grave no seu passado que o marcou.
Alguma coisa foi, ele não veria viver com os tios se tivesse uns bons pais. Não sei se lhe devo perguntar, talvez ainda seja cedo e ele posso achas que estou a ser intrometida.
Alguém bate a porta.
- entre!
Sofia – ola, sara. – eu abri um sorriso e ela caminhou para mim dando-me abraço e um beijo na bochecha. – como correu o teu primeiro dia de aulas?
- normal.
Sofia – já fizeste amigos novos?
- não, mas acho que é normal. Foi o primeiro dia.
Sofia – claro que é normal. E os ensaios com o Miguel?
- estão a correr bem. parece-me que estamos a ficar amigos.
Sofia – que bom!
- eu ontem consegui conversar com ele e contar-lhe sobre o ivo, o pai do meu filho. e senti-me bem, senti-me mais leve.
Sofia - talvez precisasse de desabafar.
- acho que sim. O Ivo alem de não querer saber do filho, ele magoou-me muito. Ele trai-me varias vezes, arrastou-me para os problemas dele. Eu cheguei a conclusão que ele só se importava com ele próprio. E falar sobre isso, ajuda.
Sofia – eu sei o que é isso.
- sabes? – eu fiquei surpresa, a Sofia falou como se já tivesse passado por isso.
Sofia – quando era nova também me apaixonei por rapaz errado. Eu não sabia mas ele metia-se em esquemas de roubos. Eu fiquei gravida e pensei que ele fosse gostar da noticia, mas não, ele abandonou-me.
- gravida? E o bebe?
Eu desconheci o facto de a Sofia ter um filho
Sofia – eu tive um parto complicado, devia a situação que vivia e bebe faleceu no parto.
- meu deus!
Sofia – foi muito complicado, eu estive a beira da morte e quando fiquei melhor e soube que meu filho tinha morrido foi horrível. Não desejo a ninguém.
- e o pai do teu filho soube?
Sofia – penso que não. nós curtamos relações e eu soube que ele foi preso, acho que ele foi contratado para matar uma mulher, a policia descobriu e penso que ele deve estar preso até hoje.
- que história Sofia! Eu não imaginava que tinhas passado por isso.
Sofia – e não sabes nem metade. Mas vamos falar de coisas mais importantes. Tenho que te arranjar um medico para te seguir na tua gravidez. Eu quero que tudo corra bem contigo.
- eu sinto-me bem.
Sofia – mesmo assim é bom que sejas acompanhada. Eu vou falar com a minha medica de família para ela aconselhar-me um medico da área para te acompanhar.
- obrigado, Sofia. Tens sido uma verdadeira amiga.
A Sofia abraça-me.
Sofia – não tens que agradecer. Eu não sei porque, mas eu gosto muito de ti.
- eu também, gosto muito de ti.
Nós mantemos-nos abraçadas por algum tempo. A Sofia convidou-me para ir ver um filme para casa dela e eu aceitei. Ainda convidei a minha prima para vir connosco, mas ela não aceitou. Esta a conversar com o seu amado.
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O Diário de Sara
JugendliteraturAVISO: leiam o primeiro livro antes de começar a ler este, entenderam melhor a história. O meu nome é Sara Santos e tenho quinze anos. A minha vida dava uma boa novela trágica. Viver com os meus tios, acho que foi o melhor que me aconteceu, embora...