Capítulo 28

6 0 0
                                    

No intervalo seguinte, a Ana quis-me apresentar o namorado para eu ver como ele era bonito. Eu já conhecia em foto, mas ela queria que eu visse que ele ainda era mais bonito ao vivo.

A Ana levou-me até um rapaz de olhos azuis.

Ana – Diogo, esta é a minha prima sara.

O Diogo passou o seu olhar pelo meu corpo todo o que deixou desconfortável. Eu cumprimentei-o com dois beijos. o Diogo era um rapaz moreno e com o corpo atlético. O seu cabelo era escuro e ele era alto para a sua idade.

- ola.

Diogo – ola, prazer.

A minha prima cola os seus lábios nos lábios do seu namorado dando-lhe um beijo. Não achei muito normal o olhar que ele me lançou. Mas deve ser só a minha imaginação a falar. da maneira que a minha prima fala dele, ele deve ser muito apaixonado por ela.

Conversamos os três sobre vários assuntos e sempre que o Diogo podia, fixava o seu olhar azul no meu. Eu desviava sempre o olhar. A ana parece não se aperceber de nada. Deve ser a minha imaginação, a magicar coisas. é normal quando falamos com uma pessoa essa pessoa olhar-nos nos olhos, não é muito é acabar de falar e ainda continuar a olhar. Chega,sara. Não imagines coisas onde elas não existem, nem podem existir. Eu aconselhei-me.

O intervalo acabou, disse a minha prima para irmos para a aula e senti o olhar do diogo pecorrer o meu corpo todo. Deve ser só curiosidade dele, talvez ele procure semelhanças entre mim e a ana, já que somos primas. Mas não as vai encontrar e a minha prima somos totalmente diferentes.

Fomos para a aula depois de ana se despedir do namorado com um beijo. A caminho da aula.

Ana – o que é que achas do diogo?

- é simpático.

Ana – e de aspecto?

- tinhas razão, ele é ainda mais bonito ao vivo.

Ana – eu não te disse.eu estou tão contente, eu namoro com o rapaz mais bonito da escola. - Porque será que parece que estou a ouvir a mim própria meses atrás? O pior é que namorado mais bonito da escola deixou-se gravida e abandonou-me. – estás calada. Não vais dizer nada.

- não, apenas me fizeste lembrar de mim, alguns meses atras. Quando eu namorava com o ivo.

Ana – ele era assim bonito?

Eu tirei o telemóvel do bolso e mostrei-lhe um foto dele a porta do quarto.

Eu tirei o telemóvel do bolso e mostrei-lhe um foto dele a porta do quarto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- vê.

Ana – Wow! Ele é lindo.

- é. Lindo, mentiroso, idiota, mau caracter e monte de adjectivos maus que se eu fosse-te dizer todos ficamos aqui ate a noite. - eu falei com raiva.

Ana – ele é pai do teu filho?

- infelizmente é. Eu só quero esquecer que ele existe. Ele humilho-me de mais, perdei-o vezes de mais e ele cometia sempre os mesmos erros.

Ana – mas o Diogo não é assim. Ele é um rapaz bom, nos dois sentidos é claro.- Nos duas rimos. Entramos para a aula de ingles. – gosto bué do teu telemóvel. Gostava de ter um igual, o meu telemóvel está velho.

- foi o Ivo que me ofereceu.

Ana – a serio? Ele tinha assim tanto dinheiro.

- ele não devia ter comprar. Eu não sei como ele o arranjou, nem quero saber.

A aula começou. o ingles nunca foi o meu ponte forte, quer dizer eu acho que não tenho nenhum ponto forte. A professora fez-me uma pergunta e a minha prima ajudou-me a responder.

O meu tio foi-nos buscar para desagrado da minha prima. Quando chegamos a tia tinha o almoço pronto e almoçamos em família sem o Miguel que já estava no seu segundo emprego.

Depois arrumar a cozinha com a minha prima foi deitar-me no meu quarto. Ana ficou na sala.

Recordei a conversa com o Miguel de manhã. Sinto saudades dele, do cheiro dele. Hoje ainda não o vi. Já estava habituada a estar um pouco de manhã com ele. tento imaginar o seu cheiro. Refleto sobre o passado dele. Eu acho que ele passou alguma coisa grave no seu passado que o marcou.

Alguma coisa foi, ele não veria viver com os tios se tivesse uns bons pais. Não sei se lhe devo perguntar, talvez ainda seja cedo e ele posso achas que estou a ser intrometida.

Alguém bate a porta.

- entre!

Sofia – ola, sara. – eu abri um sorriso e ela caminhou para mim dando-me abraço e um beijo na bochecha. – como correu o teu primeiro dia de aulas?

- normal.

Sofia – já fizeste amigos novos?

- não, mas acho que é normal. Foi o primeiro dia.

Sofia – claro que é normal. E os ensaios com o Miguel?

- estão a correr bem. parece-me que estamos a ficar amigos.

Sofia – que bom!

- eu ontem consegui conversar com ele e contar-lhe sobre o ivo, o pai do meu filho. e senti-me bem, senti-me mais leve.

Sofia - talvez precisasse de desabafar.

- acho que sim. O Ivo alem de não querer saber do filho, ele magoou-me muito. Ele trai-me varias vezes, arrastou-me para os problemas dele. Eu cheguei a conclusão que ele só se importava com ele próprio. E falar sobre isso, ajuda.

Sofia – eu sei o que é isso.

- sabes? – eu fiquei surpresa, a Sofia falou como se já tivesse passado por isso.

Sofia – quando era nova também me apaixonei por rapaz errado. Eu não sabia mas ele metia-se em esquemas de roubos. Eu fiquei gravida e pensei que ele fosse gostar da noticia, mas não, ele  abandonou-me.

- gravida? E o bebe?

Eu desconheci o facto de a Sofia ter um filho

Sofia – eu tive um parto complicado, devia a situação que vivia e bebe faleceu no parto.

- meu deus!

Sofia – foi muito complicado, eu estive a beira da morte e quando fiquei melhor e soube que meu filho tinha morrido foi horrível. Não desejo a ninguém.

- e o pai do teu filho soube?

Sofia – penso que não. nós curtamos relações e eu soube que ele foi preso, acho que ele foi contratado para matar uma mulher, a policia descobriu e penso que ele deve estar preso até hoje.

- que história Sofia! Eu não imaginava que tinhas passado por isso.

Sofia – e não sabes nem metade. Mas vamos falar de coisas mais importantes. Tenho que te arranjar um medico para te seguir na tua gravidez. Eu quero que tudo corra bem contigo.

- eu sinto-me bem.

Sofia – mesmo assim é bom que sejas acompanhada. Eu vou falar com a minha medica de família para ela aconselhar-me um medico da área para te acompanhar.

- obrigado, Sofia. Tens sido uma verdadeira amiga.

A Sofia abraça-me.

Sofia – não tens que agradecer. Eu não sei porque, mas eu gosto muito de ti.

- eu também, gosto muito de ti.

Nós mantemos-nos abraçadas por algum tempo. A Sofia convidou-me para ir ver um filme para casa dela e eu aceitei. Ainda convidei a minha prima para vir connosco, mas ela não aceitou. Esta a conversar com o seu amado.

O Diário de SaraOnde histórias criam vida. Descubra agora