Capítulo 17

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Sabado,

Acordo sobre a noite e apercebi-me que ainda estou vestida. Vesti o pijama e reparei que estou com a maquilhagem toda borrada. Fui ate a casa de banho e abri o armário que via a minha prima tirar a maquilhagem dela. As minha toalhitas desmaquilhantes tinham acabado e usei as dela. Depois de limpar o meu rosto, atravessei o corredor para ir para o meu quarto. Tenho a mão na maçaneta da porta do meu quarto quando ouço a voz do Miguel. Ele parece aflito.

Eu decido ir ver o que se passa. A porta do quarto dele está encostada e eu bati. Não ouvi resposta e continua a ouvir gritos aflitivos.

Eu abri a porta e Miguel mexia-se de um lado para o outro.

Miguel – mãe! Por favor! Mãe! Por favor não faças isso. - Ele grita e mexe-se na cama.

Eu decido aproximar-se e toque-lhe no braço.

- Miguel, acorda.- eu abanei-o. Ele acorda de repente e num impulso abraçou-me. A sua respiração está ofegante. – calma, foi só um sonho. - tento acalma-lo

Ele está alagado em transpiração. Eu abraço com força dado-lhe o meu apoio. Eu dá-lhe o que gosto de receber quando não estou bem, um abraço apertado. Eu sinto o seu cheiro forte e fechei os olhos.

O Miguel parece arrepender-se do abraço e desvia-se de mim.

Miguel – desculpa! Eu não te devia ter abraçado.

Eu posei a mão no seu braço.

- calma! Somos amigos e amigos dão apoio uns aos outros.

O liguem levantou-se e vai ate a parede de frente a cama e posa o punho fechado sobre ela.

Miguel – merda! Eu odeio quando isto acontece. - ele reflecte indignado.

- é normal todos temos pesadelos. – eu levantei-me e caminhei para ele. – com o que é que sonhaste? - Ele vira-se para mim e observa-me por um tempo.

Miguel – vai para a cama, Sara. Já é tarde.

- eu vou. Se precisares de alguma coisa é só chamares.

Miguel – eu não vou precisar. - Ele diz decidido. Acho melhor fazer o que ele me pediu.

Eu cheguei ate a porta e lembrei de uma coisa que o Rafael fazia sempre que eu não estava bem e gostava tanto. Eu voltei a trás. Aproximei-me do Miguel que continuava de pé, pus-me em bicos dos pés e deixo-lhe um beijo na testa.

-ate manha. - Ele deu-me um pequeno sorriso.

Miguel – ate manhã.

Eu entro no meu quarto e deito-me na cama. Senti-me bem. Como é bom também ajudar alguém. Dar um pouco de amor a outro. agora, percebo porquê o Rafael gostava de ajudar toda a gente. esta sensação é boa e não fiz quase nada. olha-se ajuda-se um orfanato e desse um pouco de atenção aquelas crianças que recebem tão pouco amor. 

O Rafael ensinou-me o que é amar e hoje poso fazer um jeito como este. agora, é impossível, mas um dia mais tarde, eu também quero ser voluntário de um orfanato. não sei como vai ser a minha vida, mas possivelmente não terei dinheiro para ajudar as crianças financeiramente, mas posso dar-lhe um pouco de meu tempo e dedicar-lhes amor como o Rafael fazia.

Se o Rafael nunca tivesse passado na minha vida, eu acho que me tornaria uma pessoa fria. E por isso agradeço muito a ele todo o que ele me ensinou. Só tenho pena que tenha saido da minha vida.

sinto-me mais confiante, talvez eu consiga ser uma boa mãe, ou pelo menos uma mãe carinhosa. embora eu não goste de pensar que vou ser mãe.

Voltei a adormecer e quando acordei a minha tia já alevantava o mesa do pequeno almoço, o meu tio e o Miguel já tinham saído para trabalhar.

O Diário de SaraOnde histórias criam vida. Descubra agora