Quinta-feira
Eu senti algo tocar na minha cara levemente. Sinto a boca seca, mexe-me um pouco e quando abro um pouco os olhos vejo o Miguel. Será que estou a ver bem? abri melhor olhos um pouco sonolenta.
- Miguel! – eu sentei-me cama.
Miguel –desculpa, eu não te queria acordar.
- o que é que estás aqui?
Miguel – vim ver se estás bem e precisas de alguma coisa.
- sim, estou bem... tenho sede, vou buscar agua. - preparava para levar da cama.
Miguel – não, deixa-te estar. Eu vou buscar a agua para ti. – ele levantou-se e caminhou apressadamente para fora do quarto não deixando dizer que não era preciso. Alguns segundos depois ele entra no quarto com copo de agua fresca como eu gosto.
- obrigada. – estava mesmo com sede, coloquei o copo a boca e a bebi de seguida.
Miguel – precisas de mais alguma coisa?
- não, obrigada. – a atitude do Miguel fez-me recordar o Rafael, ele é que sempre se preocupava comigo. Tratava-me como uma princesa. As vezes pergunte-me se ele insistiu mesmo ou foi só um sonho.
Miguel – o que foi?
- nada. – eu esforcei um sorriso. – Obrigado, Miguel. Por te preocupares comigo.
Miguel – tu também te preocupas comigo. – nem saibas o quanto. Nós ficamos a olhar um para outro, durante algum tempo. – eu vou deitar. Dorme bem.
- dorme bem! – eu respondi.
O Miguel foi embora e não consegui evitar não pensar no Rafael. Eu tenho tantas, mas tantas saudades dele. As lágrimas viram-me aos olhos. Segui o conselho do Rafael e pensei em tudo o que vemos juntos e acabei por adormecer.
O despertador tocou e eu levantei. Hoje eu tomo banho primeiro porque temos de ir cedo para a consulta. Vesti-me e sai da casa de banho.
Miguel – bom dia! Já estás pronta?
- bom dia! Sim, já estou.
Miguel – então, vamos ter com a dona Sofia.
A Sofia já estava pronta e seguimos para o medico. Quando chegamos, pedira-nos para esperar numa sala. eu sinto-me nervosa, eu nunca gostei muito de ir ao medico. As vezes que foi ao medico por causa da gravidez o Rafael estava comigo e parecia que me acalmava sempre.
Tirei o fio dele de dentro da camisola e encostei-o ao meu nariz.
Dotora – sara santos! – chamaram.
Sofia – queres que entre contigo?
- sim, Sofia. Por favor.
A Sofia sorriu.
Sofia – anda!
Eu olhei para o Miguel que estava de pé.
Miguel – eu fico aqui a espera. – ele disse.
Nós entramos numa sala.
Sofia - bom dia!
Doctora – bom dia! Por favor, sentem-se. – nós sentamo-nos. – é a mãe ou irmã da sara? – perguntou a medica à Sofia.
A Sofia riu.
Sofia – não! nós somos só amigas.
Doutora – são muito parecia. Quase jurava que pertenciam a mesma família. Está na duvida entre irmã ou filha porque não parecem ter muita diferença de idade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Diário de Sara
أدب المراهقينAVISO: leiam o primeiro livro antes de começar a ler este, entenderam melhor a história. O meu nome é Sara Santos e tenho quinze anos. A minha vida dava uma boa novela trágica. Viver com os meus tios, acho que foi o melhor que me aconteceu, embora...