Terça-feira
O terrível som do despertador acorda-me. Eu olho para a cama ao meu lado e a minha prima começa a mexer-se. Como eu odeio acordar com o som do despertador. Se o menos eu pudesse desliga-lo e voltasse a dormi. Era o que eu provavelmente faria se ainda vivesse em Lisboa.
A minha prima desliga por fim o despertador e os meus olhos pesados voltam a fechar-se.
Ana – não dormas, sara. Não podemos chegar atrasadas.
Eu abro os olhos e vejo já de pé. Acho que esta presa toda tem nome e chama-se Diogo. Ela vai buscar a roupa que está previamente separada em cima da cómoda.
Ana – vou tomar banho. Não adormeças.
Eu abanei a cabeça que sim, mas receio não conseguir resistir. Ao fim de alguns levanto-me e escolhi uma roupa para ir para escola. Recordo como eu gostava de ir bonita para a escola para que o Ivo pudesse ter orgulho de mim. do que valeu? Ele abandonou-me quando eu mais precisei. É por isso que eu digo que eu não quero apaixonar novamente.
Assim que Ana sai da casa de banho, fui tomar banho e vesti umas calças de ganga e uma camisola simples. A minha prima usava um vestido curto em tons de azul. Ela estava bonita, de certeza que ela está a arranjar-se para o namorado, quer dizer eles ainda não são namorados, mas não deve faltar muito para isso acontecer.
Tomamos o pequeno almoço a mesa. O tio e o Miguel já não se encontravam-la.
- o Miguel já foi trabalhar, tia?
Tia – sim, já. Sabes, ele tem muitos animais para tratar.
Eu continuei a comer a minha torrada com leito com café e relembrei o dia em que eu fiz o pequeno almoço ao Rafael, como esse felicidade podia ser interna.
Ana – despacha-te, sara. Não quero chegar tarde a escola.
Tia – calma, ana. Ainda é cedo, deixa a tua prima comer com calma.
Ana – cedo para voces. Eu estou louca para ir para a escola.
Tia – que presa é essa ana paula? tu nunca gostaste muito da escola.
Ana – as ferias foram grandes e já estou farte de estar em casa. – disfarçou a minha prima.
O meu tio entrei em casa.
Tio – bom dia, meninas. – ele deu um beijo na cabeça de nos as duas. – quando tiverem prontas eu levo-as a escola.
Ana – pai, não temos mais cinco anos. nos podemos ir para a escola sozinhas.
Tio – é o primeiro dia e eu faço questão de as levar. Nos outros dias longo vão sozinhas.
Ana – o pai, já viste os outros vão pensar ao verem a chegar contigo na escola?
Tia – ana paula! Desde quando é que a opinião dos outros conta para alguma coisa. E depois eles vão pensar que tens um pai que te ama e que se preocupa em levar-te a escola.
É bem verdade, eu recordo-me de gozar com alguns colegas meus cujo os pais os iam levar e buscar a escola, mas no fundo eu tinha inveja deles. Nem o pai , nem a minha mãe me iam buscar a escola. A minha mãe, eu compreendo estava a trabalhar, mas o meu pai nunca trabalhou e nem nos dias de mais chuva, nem que eu tivesse doente ele me ia buscar a escola.
Não é nenhuma vergonha os pais levaram os filhos a escola mesmo eles sendo crescidinhos, é uma ato de amor e preocupação. Coisa que os meus pais nunca tiveram comigo, eu gostaria de saber porque?
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O Diário de Sara
Teen FictionAVISO: leiam o primeiro livro antes de começar a ler este, entenderam melhor a história. O meu nome é Sara Santos e tenho quinze anos. A minha vida dava uma boa novela trágica. Viver com os meus tios, acho que foi o melhor que me aconteceu, embora...