Capítulo 27

9 0 0
                                    


Terça-feira

O terrível som do despertador acorda-me. Eu olho para a cama ao meu lado e a minha prima começa a mexer-se. Como eu odeio acordar com o som do despertador. Se o menos eu pudesse desliga-lo e voltasse a dormi. Era o que eu provavelmente faria se ainda vivesse em Lisboa.

A minha prima desliga por fim o despertador e os meus olhos pesados voltam a fechar-se.

Ana – não dormas, sara. Não podemos chegar atrasadas.

Eu abro os olhos e vejo já de pé. Acho que esta presa toda tem nome e chama-se Diogo. Ela vai buscar a roupa que está previamente separada em cima da cómoda.

Ana – vou tomar banho. Não adormeças.

Eu abanei a cabeça que sim, mas receio não conseguir resistir. Ao fim de alguns levanto-me e escolhi uma roupa para ir para escola. Recordo como eu gostava de ir bonita para a escola para que o Ivo pudesse ter orgulho de mim. do que valeu? Ele abandonou-me quando eu mais precisei. É por isso que eu digo que  eu não quero apaixonar novamente.

Assim que Ana sai da casa de banho, fui tomar banho e vesti umas calças de ganga e uma camisola simples. A minha prima usava um vestido curto em tons de azul. Ela estava bonita, de certeza que ela está a arranjar-se para o namorado, quer dizer eles ainda não são namorados, mas não deve faltar muito para isso acontecer.

Tomamos o pequeno almoço a mesa. O tio e o Miguel já não se encontravam-la.

- o Miguel já foi trabalhar, tia?

Tia – sim, já. Sabes, ele tem muitos animais para tratar.

Eu continuei a comer a minha torrada com leito com café e relembrei o dia em que eu fiz o pequeno almoço ao Rafael, como esse felicidade podia ser interna.

Ana – despacha-te, sara. Não quero chegar tarde a escola.

Tia – calma, ana. Ainda é cedo, deixa a tua prima comer com calma.

Ana – cedo para voces. Eu estou louca para ir para a escola.

Tia – que presa é essa ana paula? tu nunca gostaste muito da escola.

Ana – as ferias foram grandes e já estou farte de estar em casa. – disfarçou a minha prima.

O meu tio entrei em casa.

Tio – bom dia, meninas. – ele deu um beijo na cabeça de nos as duas. – quando tiverem prontas eu levo-as a escola.

Ana – pai, não temos mais cinco anos. nos podemos ir para a escola sozinhas.

Tio – é o primeiro dia e eu faço questão de as levar. Nos outros dias longo vão sozinhas.

Ana – o pai, já viste os outros vão pensar ao verem a chegar contigo na escola?

Tia – ana paula! Desde quando é que a opinião dos outros conta para alguma coisa. E depois eles vão pensar que tens um pai que te ama e que se preocupa em levar-te a escola.

É bem verdade, eu recordo-me de gozar com alguns colegas meus cujo os pais os iam levar e buscar a escola, mas no fundo eu tinha inveja deles. Nem o pai , nem a minha mãe me iam buscar a escola. A minha mãe, eu compreendo estava a trabalhar, mas o meu pai nunca trabalhou e nem nos dias de mais chuva, nem que eu tivesse doente ele me ia buscar a escola.

Não é nenhuma vergonha os pais levaram os filhos a escola mesmo eles sendo crescidinhos, é uma ato de amor e preocupação. Coisa que os meus pais nunca tiveram comigo, eu gostaria de saber porque?

O Diário de SaraOnde histórias criam vida. Descubra agora