Terça- feira.
Eu estava no presidio e eu caminhei num corredor comprido pelas celas repletam de mulher e homem com um aspeto nojento.
Onde está o Miguel? Eu preciso de encontra-lo.
Eu continuei a caminhar e as pessoas tentava-me tocar colocando as mãos fora das grades. Tinham aspeto de drogados e sujos.
De repente, eu estava dentro de uma cela sozinha. Procurava o Miguel.
- Miguel! – eu gritei.
Olhei para um canto de enorme cela e o Miguel estava na lá abaixado, virado de costas.
- Miguel, ainda bem que te encontrei. Leva-me para casa, por favor.
Ele levantou-se e virou-se para mim, mas não era mais o Miguel, era o Ivo. Ele estava com aspeto horrível. A sua barba estava comprida. Ele estava muito magro e com umas grandes olheiras. Pelo os aspeto das suas roupas parecia que não tomava banho a algum tempo.
- Ivo, és tu? – ainda perguntei na duvida.
Ivo – vieste ver onde puseste.
-eu não te pus em lugar nenhum.
Ivo – és uma merda. Por tu culpa, eu estou a comer o pão que diabo amassou.
- eu não fiz nada. Eu apenas não quero que nosso filho nasça numa prisão.
Ivo – teu filho. Eu só espero que o teu pai dê-te uma tareia tao grande que morram os dois. – encarei os olhos verdes de raiva do Ivo. As palavras magoava-me.
Acordei enjoada, levantei-me e percebi que era apenas um sonho. Que sonho estupido. Respirei fundo, na esperança que o enjoo passa-se, mas piorou. Corri para a casa de banho e ao chegar a sanita vomitei.
Sentei-me encostada a sanita, sinto-me zonza e embora um pouco mais aliviada ainda continuo enjoada. O meu rosto escorria soror.
As imagens do sonho voltaram a aparecer na minha cabeça e vontade de vomitar voltou. Virei-me para a sanita e vomito um pouco mais.
Miguel – então, bailarina. O que é que se passa?
- estou mal disposta.
Eu levantei-me do chão e cabalei para o lava-loiça.
Miguel – a sério? Seria da cerveja que bebeste.
Eu lavei a cara no lavatório. O Miguel entrou para dentro da casa de banho.
- não, eu bebi pouco. Bebi meio copo se tanto.
Miguel – se soube não tinha dado. Nem tinha bebido.
- não te preocupas daqui na já estou.
Miguel – anda para a cozinha que eu faço-te um chá.
- não é preciso.
Miguel – anda, antes que eu me chateei. - eu ordena-me meio na brincadeira.
Ele puxou-me pelo braço e de seguida pôs o braço em cima dos meus ombros e deu-me um beijo na bochecha.
Miguel – senta-te. – ele ordenou-me mal entramos na cozinha. – se não ficares melhor com o chá vamos ao hospital.
- Miguel, é só má disposição não vou ao hospital por causa disso.
Miguel – estás gravida, pode ser algo mais sério.
- é normal uma gravida enjoar.
Miguel – é? - ele procura o chá nos armários.
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O Diário de Sara
أدب المراهقينAVISO: leiam o primeiro livro antes de começar a ler este, entenderam melhor a história. O meu nome é Sara Santos e tenho quinze anos. A minha vida dava uma boa novela trágica. Viver com os meus tios, acho que foi o melhor que me aconteceu, embora...