Seis: Futuro Marido

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As minhas irmãs, finalmente, terminam de se arrumar e se juntam a mim para serem anunciadas na entrada do grande baile. Este seria nosso primeiro baile aberto para o país, aqui estão nobres e alguns burgueses entre reis e rainhas do mundo. Ficamos atrás de uma porta, enquanto minha mãe é anunciada e recebida por aplausos vindo de seus súditos.

— Estão prontas, Alteza? — o criado pergunta antes de divulgar nossas presenças. Olho para minhas irmãs, que estão atrás de mim, e elas assentem com seus melhores sorrisos.

— Estamos — respondo ajeitando minha postura e dando o meu melhor sorriso.

— Senhoras e senhores, as princesas: Anabela, Dulce e Jade, da Inglaterra. — A música cessa e a porta é aberta, revelando o público que nos aguardava com expectativas. Dou o primeiro passo sentindo meu estômago embrulhar, éramos o centro das atenções. Todos fazem referência antes que eu desça o primeiro degrau da escada principal. Quando descemos e nos juntamos ao resto da nossa família, o público explode em aplausos.

— É com enorme prazer que apresento-lhes minhas queridas filhas e dou início ao baile anual de primavera — meu pai discursa em alto e bom tom, logo após mais aplausos dominam o lugar. A música volta a ser tocada e as pessoas se distribuem pelo local. Noto que os criados fizeram um ótimo trabalho com a decoração sob os cuidados de minha mãe, pois o salão está divino com coluna de flores e tecidos coloridos. Falando em criados, estão todos muito bem arrumados e correm para satisfazer as vontades dos poderosos. Tolice.

— Vossa Alteza, peço-lhe permissão para ter a honra de dançar esta música com uma de suas filhas — um duque barbudo e pequeno, se dirige ao meu pai fazendo referência.

— Jade, mostre seu talento para o Senhor Leôncio — meu pai pede e ela o olha incrédula. Dulce suspira aliviada ao meu lado por não ter sido a escolhida para tal tarefa.

— Será um prazer — ela cumprimenta no seu melhor tom enquanto nos lança um pedido de socorro com os olhos. Mordo meu lábio inferior para não gargalhar.

— Vossa graça, eles chegaram — um criado diz ao lado de meu pai, o olho confusa e ele mostra seu melhor sorriso.

— O seu futuro marido chegou — minha mãe interpreta animada e eu falho miseravelmente quando tento mostrar empolgação. Pedir aos céus que um buraco se formasse no chão, seria muito drama de minha parte?

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