5 - PRINCESA CERES

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A princesa havia desmontado de sua égua branca ao pátio imaginando a quão boa ela trotava pelos vales que enfeitava Palássious. Havia tirado o chapéu de caça e entregado a um soldado na entrada do castelo. O pátio estava com o cheiro de rosas e tulipas, o pôr do sol radiante se entregava as arvores ao redor do castelo tornando-o dourado. A princesa ergueu os olhos castanhos claros para cima, o castelo era realmente enorme, ela encarou a janela no alto, onde era o quarto de sua mãe e de seu pai, a rainha e o rei. A janela estava descoberta sem as cortinas vermelhas. A princesa suspirou e logo acariciou seu lindo cavalo branco ao lado dele. Tentando ignorar as normas de sua mãe na mente.

Sabia que sua mãe era um pouco rigorosa com ela e estranhou que a mesma não tivesse saído do quarto hoje para discutir com ela. Sua mãe odiava quando cavalgava, odiava quando se curvava, odiava quando agia de sua própria maneira. E Ceres não era o tipo de filha que queria agradar a mãe, nem ao pai, mas a diferença entre eles, era que seu pai a amava do jeito que ela era. Selvagem.

- Seja bem-vinda princesa Ceres. - Disse um senhor saindo do corredor do castelo. - Já terminou as cavalgadas?

A princesa Ceres sorriu e em seguida ergueu o queixo.

- Lorde Fiver. - Ela disse com o tom sério. Na evitou olhar para onde não devia. - Não devia estar de olho nos guardas?

O lorde usava uma espécie de armadura e um elmo de ferro na cabeça. Ceres fitava o braço direito dele, onde não continha mão. Quando o conheceu ele continha a mão direta, talvez ele tenha perdido em uma de suas aventuras, pensou ela. E nem se atreveu perguntar, Lorde Fiver aparentemente parecia nobre, mas ela sabia que ele não era uma pessoa para se render conversa. Ele sorriu, o bigode dele provocava ranço a princesa de algum modo.

- Seu pai está preocupado com a nova família a caminho desse reino, recebi as cartas e elas diziam claramente que provavelmente chegariam amanhã, caso não houver alguma interferência. - Disse o lorde Fiver passando a única mão delicadamente no cavalo branco da princesa.

O que a surpreendeu bastante, o lorde Fiver cumpria as sentenças e matava quase todos os traidores as ordens do rei, mas nesse instante a mão do lorde pareciam tão inocente e delicadas ao invés de sangrenta e perigosas.

- Se meu pai está preocupado, por que aceitou aquele rei real vim aqui? Tenho certeza de que não é cortesia. - Disse a princesa olhando penetrante nos olhos do lorde Fiver que não pode deixar de ri.

O lorde Fiver retirou as mãos do cavalo em seguida olhou de volta a princesa.

- Ele disse na reunião que é um ato de ceder as armas e tentar uma paz entre essa facção rival. - Disse ele. - Você sabe que o reino Windoord arruinou esse reino, é por isso que o rei guerreou contra eles.

- Meu pai é um homem muito bom. - Disse a princesa.

O lorde sorriu para ela e em seguida passou a mão nos cabelos longos e louros escuros acariciando os fios leves e delicados. A princesa imediatamente se afastou da mão corajosas dele e a empurrou para longe de si. Antes de Fiver ser um lorde era apenas um bêbado que praguejava todos os segundos possíveis. Seu pai havia o nomeado lorde e o feito o líder dos guardas que faziam a ronda toda a noite em volta da floresta sombria de Palássious. Mas ela mesmo nunca simpatizou com ele, o achava nojento e porto, ele simplesmente a enojava.

- Leve a Charlot para o estabulo e dê água para ela beber. Acho que ela está com sede - Disse a princesa olhando feio para ele em seguida tirando os olhos cerrados e fitando o seu cavalo.

AS CRÔNICAS DOS HERDEIROS DE HARTERF - A espada de geloOnde histórias criam vida. Descubra agora