A Gaiola

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Narrado em Terceira Pessoa.

Já faziam-se duas noite em que Felix, um dos garotos perdidos, aparentemente, permanecia sumido da ilha.
Nesses dias Ellie encontrava-se isolando-se de Pan. Pelas manhãs um dos meninos do mesmo levava comida e água para a garota, porém ela continuava a se recusar olhar para Peter novamente depois do ocorrido violento.
Ao anoitecer, a ruiva a caminhar por seu quarto na Casa da Árvore, encontrou um pequeno pedaço de vidro, lembrando de seus poderes. Não exitou, obteve em sua memória a forma como Pan a ensinou concentrar-se, colocando-a em prática até descobrir o que desejava.
- Vidro... revele-me onde encontra-se Felix. - Ela sussurrava mantendo a imagem do garoto em sua mente. Assustada com a revelação, Ellie colocou sua mão esquerda na boca, impedindo um grito, deixando o pequeno pedaço de vidro a se estilhaçar com a queda ao assoalho do quarto.
A mesma caminhou e retirou do chão a capa de Felix, a vestiu e saiu calmamente, descendendo as escadas no maior silêncio, tentando não chamar a atenção de Peter.
Ela vagava pela mata em busca da Carvena Do Eco, o qual foi revelada no vidro, porém sempre que acreditava ser o caminho certo, estava enganada. Pensando assim parecia até uma pegadinha de Pan. Desfez o laço retirando então a capa de Felix, mentalizando para encontrá-lo. A capa levitou num brilho rosado, e Ellie passou a caminhar acompanhando aquela capa.
Tenho a sensação que há alguém me seguindo. — Pensamento.
A ruiva virou-se para trás em torno de três à quatro vezes por conta daquela sensação de perseguição. Soo um barulho de galho quabrando-se à suas costas.
Vou continuar. Não terei medo, é isso que Pan quer... — Continuava a pensar.
Apertou seus passos na trilha e logo chegara onde desejava. Ellie tomou novamente em suas mãos a capa e adentrou na caverna. Ao ver o garoto dentro da gaiola, a garota pôs-se a questionar em tom de voz alto.
- Felix, é você? - Sua voz ecoava apenas lá dentro.
- Ellie? O que faz aqui? - Respondeu o loiro um tanto preocupado e espantando por sua atitude de procurá-lo.
- Pan pode te pegar! Saia! - Ela cruzou seus braços e negou com a cabeça.
- Eu não me importo! Aliás, como faço para tirá-lo daqui? - A garota se encontrava a beira de um precipício, com apenas uma rocha distante a manter a gaiola onde se econtrava Felix.
- Pan não te contou? Você tem que dizer seus segredos.
- Mas, Felix... eu não tenho segredos. - Respondeu pensativa e um tanto chateada.
- Talvez seja esse o fato dele ter me colocado aqui, pois sabia que embora você viesse tentar libertar-me, não conseguiria.
- Eu ao menos vou tentar! Ele não vai me fazer desistir tão fácil.
- Está bem, Ellie. A escolha é tua.
A garota passou a caminhar de um lado para o outro pensativa, à procura de um segredo.
- Eu matei meus pais! Não foi intencional, foi um acidente.
- O quê? - Respondeu Felix assustado quando uma parte de pedra passou a surgir, lembrando um pedaço quebrado de ponte. A caverna tremia.
- Diga outro, Ellie! Está funcionando!
- Eu sou apaixonada pelo panaca do Pan!
A reação da caverna tornou a se repetir, faltava apenas um pouco para assim terminar a ponte.
- Pan já me agrediu duas vezes. - Os olhos de Ellie enchiam se lágrimas porém apertou seus passos à caminhar sobre a ponte que acabara de se completar. Ajoelhando-se em frente a gaiola onde encontrava-se Felix, ela o questionou:
- E agora? Como abro isso?
- Apenas mais um segredo, ruiva. - Ela suspirou, fechou seus olhos e pôs para fora, sem medo, o que sentia nesse momento ao ver o rosto do loiro pelos quadrados da gaiola.
- Foi algo sem sentido, eu sei. Nem eu mesma entendi o por que daquilo, talvez para você não tenha significado nada. Porém, para mim, aquele beijo que você me deu, significou muito. Além de ser o primeiro que eu havia recebido em toda minha vida, foi ótimo. - Felix arregalava seus olhos espantado, enquanto Ellie fitava a gaiola se desfazer em poeiras brilhantes.
- Venha! - Ela segurou a mão do garoto o puxando para fora da caverna. Correram em direção à Casa da Árvore, tomados pelo medo de serem encontrados por Pan, tremiam ao fechar a porta.

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