24

20 1 0
                                    

**Caetano**

  Acordei no dia seguinte e ela não estava mais na cama olhei no relógio e já eram oito da manhã pelo que me lembre fomos dormir mais de duas da manhã ou seja ela não tinha dormido direito ainda, quando fui me levantar ouvi alguns passos e fingi estar dormindo novamente e me cobri, ela saiu do banheiro só de toalha resmungando algo como ser lerda a ponto de esquecer a roupa, ela entrou no closet e a porta bateu e eu escutei um grito dela, me levantei correndo e abri a porta do closet e ela estava com um dedo na boca e com a outra mão ainda segurando a toalha, seus olhos encontraram o meu e eu fui até ela. 

  - O que houve? - Perguntei. 

  - A porta foi bater e eu tentei segurar ai que dor. - Disse ela revirando os olhos enquanto eu olhava seu dedo que estava muito vermelho. - Mas não foi nada eu vou me trocar. - Disse ela me olhando sem graça já que a parte de trás da toalha havia se soltado e ela estava apenas cobrindo a parte da frente do corpo. 

  Concordei e sai do closet e falei que ia tomar um banho, passei uma água no corpo e quando voltei ela não estava mais ali então desci as escadas atrás dela, ela estava na cozinha.

  - Já com fome comilona? - Perguntei rindo.

  Ela me olhou e riu. 

  - Então o senhor não está com fome? - Ela perguntou me olhando. 

  - Estou mas como esta esse dedo? - Perguntei olhando pra ela.

  - Está menos dolorido depois que fiquei com ele uns minutos no freezer. - Disse ela olhando a torradeira. 

  Passou alguns minutos e ela me entregou um pratinho com duas torradas.

  - Você quer suco ou leite com toddy? - Perguntou ela. 

  - Nescau é melhor. - Disse Artur aparecendo na cozinha. 

  - Você não sabe o que ta perdendo. - Disse ela rindo.

  - Eu aceito o suco. - Respondi e Artur acabou aceitando também. 

  - Desculpe por não ser nenhum banquete é melhor eu evitar muito contato com a cozinha a essa hora da manhã. - Disse ela rindo. 

  - Vai que aparece uma aranha e você bota fogo na casa não é? - Perguntou Artur segurando o riso.

  - Besta. - Disse ela

  Ele fez duas torradas pro Artur e duas pra ela e se sentou com a gente no balcão o café foi um silêncio embora eu queria continuar nossa conversa de ontem mas com o Artur ali não ia tocar naquele assunto, alguém tocou a campainha e Artur foi atender.

  - Manoela acho que você tem um admirador secreto. - Disse ele voltando com uma caixa em mãos.

  Manoela me olhou assustada e aquilo estava começando a me preocupar, puxei a caixa da mão do Artur que não entendeu nada e Manoela se recusou a abrir.

  - Eu não sei se quero saber o que tem ai. - Disse ela.

  - Calma quer que eu abra? - Perguntei. 

  Ela concordou com a cabeça e Artur ficou nos olhando não entendendo nada, sacudi a caixa perto do ouvido e não parecia ter nada dentro, abri a caixa e dentro tinha uma outra caixinha e um bilhete.

  "Você sempre vai ser minha princesa" - Disse lendo em voz alta o que fez a Manoela ficar pálida na cadeira.

  Ela se levantou e correu pro andar de cima provavelmente para olhar o notebook.

  - Caetano. - Ela gritou e eu larguei tudo e subi atrás dela.

  - O que foi? - Perguntei.

  - É a mesma pessoa, mas como tipo pra isso ta acontecendo essa pessoa tem que morar aqui no condomínio. - Disse ela sem entender. 

  - Pode ser alguém apenas fazendo gracinha com você. - Disse.

  - Alguém muito rico por sinal não é mesmo pra dar presentes tão caros. - Disse Artur na porta com a caixinha em mãos. 

  - O que tem dentro? - Perguntei. 

  -  Um brinco. - Disse Artur.

  - O par ou só um? - Perguntei.

  - Só um mesmo. - Disse Artur. - O que ta acontecendo? - Perguntou ele.

  - A gente não sabe, mas vamos pensar assim seja quem for não vai fazer isso com a presença dos meus pais certo. - Disse ela parecendo querer acreditar naquilo que ela mesmo estava dizendo.

Concordei e a abracei, ela estava completamente assustada, quando estávamos descendo seus pais abriram a porta da casa e ela me soltou e correu pra abraçar seu pai, o mesmo me olhou assustado sem entender o que estava acontecendo, quando ela ia começar a falar o que estava acontecendo eu me intrometi.

  - Manu você não acha que eles precisam tomar um banho primeiro? - Perguntei. - Quer ajuda com o almoço?

  Manoela concordou e eu fui com ela pra cozinha.

  - Eu não sei se tenho pique pra cozinhar. - Disse ela apoiando o cotovelo no balcão e enfiando a cabeça no meio das mãos.

  - Calma eu te ajudo. - Disse lhe dando um beijo na cabeça. 

  - E eu também. - Disse Artur. 

  Manoela sorriu e concordou, ela fez o arroz no micro-ondas, temperou o feijão eu fiquei fritando as batatas na air fryer enquanto o Artur preparava a salada e logo em seguida ela fritou alguns bifes.

  - Nossa mas que cheiro maravilhoso. - Disse Lucia descendo as escadas. 

  - Que bom. - Disse Manoela.

  ...

**Manoela**

Almocei o tempo todo olhando pro meu pai, na verdade eu não queria que a Lucia soubesse não queria ela preocupada então após o almoço pedi pro Artur ajudar ela com a louça por alguns minutos que eu ia falar com meu pai lá fora, Caetano segurou minha mão e fomos para fora. 

- O que houve vocês estão me assustando. - Disse meu pai.

- Senhor Carlos estão a dois dias entregando algumas caixas aqui na sua casa para a Manoela com presentes digamos bem caros. - Disse Caetano.

- Pai tem alguém que poderia me fazer mal que não goste da gente? - Perguntei.

- Não filha. - Disse meu pai me abraçando.

Caetano pegou as caixas no bolso e entregou pro meu pai junto com o bilhete, leu e olhou o que eram os presentes, pediu para eu ficar ali e entrou em casa e logo em seguida o Artur saiu. 

  - O que houve que seu pai parecia tão perturbado dá pra me contar o que houve Manoela? - Perguntou Artur.

  - Essa pessoa que ta me enviando essas coisas está me assustando só isso. - Contei.

Não demorou para o Lucas aparecer com a Gabi e ele entrar em casa enquanto a Gabi vinha na nossa direção.

...

Eu me chamo ManoelaOnde histórias criam vida. Descubra agora