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**Manoela**

Tirei tudo de cima da minha cama e me deitei mas eu estava com fome e sabia que se tentasse dormir iria acordar de madrugada querendo comer até o travesseiro, peguei meu celular e comecei a olhar o insta, depois o face, depois fui jogar e me irritei, me levantei e coloquei um biquini e fui entrar na piscina.

- Ai que arrependimento. - Disse entrando.

A água estava gelada e meu pai não tinha ligado o aquecedor mas eu já estava ali e decidi aproveitar.

- Vai congelar ai mocinha, vem jantar. - Disse meu pai na borda com uma toalha.

Sai da piscina e ele colocou a toalha em volta de mim, eu o abracei ele odiava que eu fizesse isso mas dessa vez ele não fez nada, eu ia sentir falta dele por esses próximos dois anos.

- Troca de roupa estamos te esperando. - Disse ele.

Fui para o meu quarto e me troquei, coloquei uma lingerie preta e uma camisa masculina imensa que eu não fazia ideia de quem era mas em mim parecia um vestido então estava tudo certo.

- Que cheiro bom. - Disse me sentando.

Lucia havia feito lasanha e embora isso não era a melhor coisa para se comer de janta era o que eu mais amava.

- Fiquei sabendo que esse final de semana vocês vão numa festa então no outro faremos a sua festa de despedida. - Disse meu pai.

- Sério? - Perguntou Lucas.

Meu pai apenas o olhou.

- Se precisar de ajuda é só falar. - Completou Lucas.

- E vou precisar mesmo. Ia fazer surpresa mas não acho necessário. - Disse meu pai.

- De quem é essa camiseta? - Perguntou Lucia.

- Eu não faço ideia, é sua Lucas? - Perguntei.

- Não. - Respondeu ele.

- Bom alguém perdeu uma camiseta muito boa. - Disse dando de ombros.

Terminamos de jantar e a Lucia alimentou o Be que resolveu acordar, meu pai lavou a louça e sentamos todos na sala.

- Comprei uma coisa pra você levar. - Disse Lucia me entregando uma sacola.

Era um sueter feito a mão todo cheio de detalhes.

- Assim sempre que usar vai lembrar de mim. - Disse ela.

- Como se eu pudesse esquecer você ou qualquer um de vocês. - Disse.

- Fiz isso também. - Disse ela me dando uma almofada.

Tinha a foto de todos nós e uma foto minha com o Bê e outra com o Pluto.

- Gente mas eu só vou daqui a duas semanas. - Disse secando uma lágrima.

Lucas me abraçou e me apertou.

- Ai. - Resmunguei.

Pluto deu um latido forte e meu pai se levantou para olhar pela janela.

- Não sei se é o Fernando ou o Mateo. - Disse meu pai abrindo a porta.

Meu pai saiu e logo voltou novamente acompanhado dos dois.

- Lucas é pra você. - Disse meu pai.

Lucas me soltou e foi até a porta.

- Eu vou pro meu quarto guardar minhas coisas e dormir. - Disse me levantando.

Dei um beijo de boa noite no meu pai, no Bê e na Lucia e fui em direção a porta da cozinha para os fundos, sai na garagem e abracei o Lucas.

- Boa noite. - Disse.

- Conheço essa camiseta. - Disse Mateo.

- Achei o dono. - Disse colocando as coisas no chão e puxando a camiseta.

- Não precisa devolver, pode ficar de lembrança. Se bem... - Disse Mateo.

- Ok então, obrigada. - Disse deixando a camiseta descer pelo meu corpo novamente.

- Você me mata de vergonha. - Resmungou Lucas.

Eu apenas ri e entrei no meu quarto acompanhada do Pluto, me olhei no espelho e tirei uma foto, tirei a camiseta e ia joga-la no guarda-roupa mas a cheirei primeiro, realmente tinha o cheiro do Mateo.

- Sabia. - Disse Mateo na minha janela.

Me assustei e me cobri com a camiseta.

- Não se preocupe eu já vi tudo isso ai e gosto de ver novamente. - Disse ele.

- O que você quer? - Perguntei.

- Conversar. - Disse ele sentando na minha janela.

Coloquei a camiseta novamente.

- Eu vi você cheirando ela, se quiser posso deixar ela com meu cheiro novamente. - Disse ele.

- Já tem o seu cheiro o suficiente para eu ficar enjoada por um bom tempo. - Disse.

Tentei esconder que eu queria rir.

- Sei você vai sentir falta e eu vou ter mandar uma camiseta minha por mês pra você. - Disse ele.

- A ta bom, você que vai implorar por algo com meu cheiro. - Sorri.

- Eu tenho umas duas camisetas suas. - Disse ele.

- Pode me devolver. - Disse.

- Não, eu preciso delas. - Disse ele rindo.

- E eu também. - Disse enquanto guardava meu material na mochila.

Ele pulou para dentro do meu quarto e me pegou no colo e me jogou na cama, começou a me fazer cocegas.

- Não isso é covardia. - Disse tentando segurar as mãos dele.

- Covardia é você judiar de mim com um sorriso desses, uma boca convidativa, um corpo maravilhoso. - Disse ele se aproximando.

...

Eu me chamo ManoelaOnde histórias criam vida. Descubra agora