Eu me chamo Manoela

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**Manoela**

Eu abracei meu pai e fui tomar café com eles, Lorena estava com os olhos vermelhos e por eu não estar vendo a Alice ali já imaginava o porque.

- Acredita que aquela vaca não me deixou dar tchau pra Alice? - Perguntou Lorena cortando o bolo com raiva.

- Eita que o bolo não tem nada com isso. - Disse Lucas pegando a faca da mão dela.

- Sacanagem. - Disse.

- Você faz o favor de mudar essa cara por causa daquele pedaço de bosta do meu tio. - Disse ela brava.

- Meu Deus Lorena calma. - Pedi.

- Desculpa, eu só queria me despedir da minha irmã. - Disse ela se levantando.

- Filha eu já te falei que tentei de tudo. - Disse seu pai.

- Eu sei pai a culpa não é sua. - Disse ela se jogando no sofá.

- Agora eu fiquei curioso, o que a Lore quis dizer com o "pedaço de bosta"? - Perguntou Lucas segurando o riso.

- Só eu posso chama-la de Lore. - Disse. - E não interessa.

Tomei meu café com meu pai sempre mexendo no celular e assim que terminamos fui com a Lore escovar o dente e quando voltei meu tio estava na garagem em esperando ao lado da Grazi e da Lucia com o Be.

- Bom nos vemos em dois anos. - Disse pegando o Be no colo. - Por favor não me esqueça.

Lucia me abraçou.

- Eu não vou deixar ele te esquecer. - Disse ela me dando um beijo na testa.

Ela pegou o Be e eu dei um abraço na Grazi.

- Por favor você precisa mudar seu jeito, vocês dois se amam ta mais do que na hora. - Disse.

- Pode deixar e eu só caso depois que você voltar. - Disse ela.

Pela primeira vez na vida eu vi ela com os olhos cheios de lágrimas até me espantei.

- Tio. - Disse abraçando ele.

- Eu vou com seu pai. - Disse ele.

- Eu não quero chorar mais no aeroporto. - Disse.

- Sem desculpas, eu vou e pronto. - Disse ele.

Lucas estava de braços cruzados e não me deixou abraça-lo.

- Sério mesmo que não quer que eu vá? - Perguntou Lucas.

- Já ta indo mais gente do que eu gostaria que fosse. - Respondi.

- Vem cá baixinha, eu vou sentir sua falta. - Disse ele me puxando e me abraçando.

- Nada de roubar meu quarto. - Disse.

- Perdeu já. - Disse ele.

- Negativo. - Sorri.

Ele me deu um beijo na testa.

- Promete que me liga todos os dias? - Perguntou ele.

- Prometo. - Respondi.

- Vamos senão podemos chegar atrasados e não queremos isso. - Disse meu pai.

- Você não avisou pra ninguém que horas ia? - Perguntou Lucas.

- Digamos que eu troquei os horários. - Respondi.

- Entendi, nada de despedidas não é mesmo. - Disse ele.