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**Manoela**

- Eduardo você esta maluco? - Gritou ela.

- Grazi é só uma brincadeira. - Disse ele.

Os dois já estavam discutindo dentro do quarto fazia uma meia hora, deixei o Lucas tomar banho primeiro e depois a Lorena foi, Lucas ficou no quarto de visita se trocando e eu fiquei na cozinha para não molhar o resto da casa. Meu tio saiu do quarto e veio até a cozinha.

- Desculpa fazer vocês ouvirem isso. - Disse ele.

- Relaxa tio, vou tomar banho e vamos sair. - Disse.

- Não quem vai sair é ela. - Disse ele.

- Tio calma não é assim. - Disse.

Ele me abraçou.

- Manu é assim sim sabe por que, porque não é de hoje que eu venho aguentando muita coisa por causa dela. - Disse ele.

- Mas tio vocês não se gostam? Ou melhor vocês não se amam? - Perguntei.

- E você acha que por que ama alguém tem que aceitar tudo que essa pessoa faz? Ela já distratou até a minha irmã e eu já cansei de pedir pra ela mudar para ela deixar de ser assim, mas não tudo tem que ser do jeito dela e como ela quer. - Explicou ela.

- Isso mesmo que você quer então? - Perguntou Grazi parada no meio da sala com uma mala do lado.

Ouvi a porta do banheiro destrancando.

- Manu já sai. - Disse Lorena.

- Vou tomar banho. - Disse indo pro banheiro.

...

**Lorena**

Manoela entrou no banho feito um furação e fechou a porta sem que eu pudesse dizer qualquer coisa ou perguntar, bati na porta e o Lucas falou que já podia entrar no quarto.

- O que houve? - Perguntou Lucas.

- Manoela com uma cara e vi a Grazi com uma mala na sala. - Disse.

- Pelo que ouvi meu tio deu um basta. - Contou Lucas.

- Que dó. - Disse.

- Lorena se não ta dando mais não tem que empurrar com a barriga, pelo menos eles nem casaram na igreja. - Disse Lucas.

- Você fala isso porque não é seus pais que estão quase se separando. - Disse enquanto secava o cabelo com a toalha.

- Sinto muito, mas você acha justo eles ficarem juntos por aparência e pelo bem dos filhos, no seu caso? - Perguntou ele.

- Com certeza não, ainda mais que o meu pai acha que minha mão traiu ele. - Respondi.

- Então pronto. No caso aqui ela é chata, sempre foi chata e não sei como meu tio conseguiu ficar tanto tempo com ela. - Disse ele.

- Posso te perguntar uma coisa? - Perguntei.

- Sim. - Respondeu ele olhando pro celular.

- E o seu pai? - Perguntei.

- Ele é o tipo de cara que se eu visse na rua teria que pensar se fingiria se não conheço ou bateria nele até a morte. - Disse Lucas.

Eu fiquei o encarando e ele parou de mexer no celular.

- Não me olha assim, ele batia em mim quando era criança e dei graças a Deus o dia que foi embora. - Contou ele.

- Menos mal e sinto muito também. - Disse.

Eu me chamo ManoelaOnde histórias criam vida. Descubra agora