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**Manoela**

Eu estava frustada, com o tempo que fiquei afastada de cama por conta do ocorrido eu perdi algumas coisas importantes do curso e agora eu tinha que fazer cinco provas me baseando somente nas coisas que os colegas pudessem me passar pois afinal de contas isso seria um teste pra eles também, se eles explicarem direito eu iria bem e automaticamente significaria que eles teriam aprendidos.

- Esta pronta Manoela? - Perguntou uma das professoras.

- Espero que sim. - Respondi.

- Confiança é tudo querida. - Disse ela fechando a porta da sala.

- Posso ser sincera? - Perguntei enquanto me sentava.

- Claro. - Respondeu ela indo pegar a prova.

- É meio difícil ser confiante com base nos outros, eu estaria confiante se eu realmente soubesse de tudo e tivesse participado de tudo, quem me garante que eles falaram a verdade afinal de contas minha permanência nesse curso depende disso... - Ela me encarou e eu parei de falar.

- Bom Manoela sei que o ocorrido não foi sua culpa. - Disse ela se encostando na mesa a minha frente. - Porém você precisa confiar neles, eles também dependem da sua nota nessa prova, se você não for bem todos sofreram as consequências, não quero que isso pareça que estou jogando tudo para cima de você porque não estou só quero que você confie nos seus colegas como eu confiei a ponto de aplicar uma prova dessa para você.

Ela me entregou a prova que deveria ter umas cinco folhas todas frente e verso e me pediu meu celular e minha bolsa, me disse que eu teria duas horas para responder toda a prova e em breve ela voltaria, ela guardou minhas coisas em um dos armários que não tinham portas e saiu da sala.

Respirei fundo e encarei aquela prova...

...

**Cecilia**

Depois que o Caetano me contou tudo mal nos falamos, uma semana se passou e eu o estava ignorando eu me recusava a namorar a distância.

- Filha sei que você esta chateada com o ocorrido porém você deveria conversar com ele. - Disse minha mãe.

- Achei que você não gostasse dele. - Disse.

- Meu amor eu não gosto da família dele. - Disse ela.

- Vou pensar. - Disse.

- Tenho certeza que vocês merecem esclarecer as coisas. - Ela parou de fazer carinho nos meus pés e se levantou.

Minha mãe saiu do meu quarto e eu fiquei ali encarando o teto e resolvi que responderia o Caetano.

"Eu: Oi.

Amor: Nossa...

Eu: Estou disposta a conversar...

Amor: Cecilia não acho que a gente vá da certo a distancia.

Eu: Eu também acho!

Amor: ...

Eu: Sabe o que é pior

Amor: ?

Eu: Você se sujeitar a isso, você é maior de idade.

Amor: Primeiro eu não vou deixar o Artur sozinho, segundo não vou desrespeitar meus pais e avos, terceiro o que adiantaria eu enfrentar eles? Eu não tenho emprego, você também não, não temos um teto para onde poderíamos ir e mesmo se tivéssemos como pagaríamos as contas ou seja voltamos a estaca zero.

Eu me chamo ManoelaOnde histórias criam vida. Descubra agora