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**Manoela**

Várias coisas passaram na minha cabeça quanto ao pedido que ela me fez ela só queria um abraço que mal tinha nisto.

- Manoela? - Perguntou ela me olhando

Sai dos meus pensamentos e me levantei e fui até ela. Esmeralda se levantou e abriu os braços eu a abracei com receio e via meu pai nervoso me olhando, ela me abraçou com força.

- Sonhei tanto com esse abraço. - Disse ela me apertando e mexendo no meu cabelo.

- Você já pode me soltar por favor. - Pedi.

Ela me largou depois de me dar um beijo na cabeça e eu vi ela secando algumas lágrimas enquanto me afastava voltei para a cadeira onde eu estava e meu pai me abraçou.

- Acho que vocês já conversaram o suficiente. - Disse meu pai.

Esmeralda assentiu.

- Tudo bem, você sabe onde eu moro é só ir até lá quando quiser. - Disse ela.

- Melhor não, não podemos esquecer que a Cecília não gosta de mim. - Disse.

- Cecília esta na Argentina mas com o tempo ela vai aceitar você. - Disse ela saindo.

Ela saiu e logo Mateo parou de me encarar quando eu percebi o porque era a forma como o Fernando estava bravo olhando pra ele, Fernando percebeu que eu estranhei e saiu da sala e meu pai foi atrás dele.

- Não foi tão ruim foi? - Perguntou Mateo.

- Não sei nem o que você estava fazendo aqui. - Disse.

- Ela é minha cliente antes de tudo. - Respondeu ele.

- Não sabia que eu era uma ameaça para a sua cliente. - Disse.

- E você não é. A questão é que eu estava aqui pois ela pediu assim como o seu pai pediu pelo Fernando. - Disse ele se levantando e vindo em direção a mesa.

- Era uma conversa que só dizia respeito a nós três. - Disse.

- Manoela por que você ainda esta brava comigo? - Perguntou ele.

- Não estou brava. - Disse me levantando e pegando minha blusa que caiu da cadeira.

- Olha pra mim. - Disse ele segurando meu braço. - Diz que não sente nada quando eu te toco.

Ele colocou a mão no meu rosto, coloquei minha mão direita sobre a sua e a esquerda no seu peito tentando impedir que ele se aproximasse.

- Não sinto Mateo já senti e senti muito mesmo, mas cada vez que você me magoava diminuía um pouco até acabar e não sobrou mais nada. - Disse.

- Estou atrapalhando? - Perguntou Fernando na porta.

- Não eu já estava de saída. - Disse.

Passei ao lado do Fernando e ele somente me olhou.

...

**Fernando**

Sai da sala pois percebi que o jeito que o Mateo olhava pra ela, ele queria conversar com ela, mas aquilo me deixava irritado saber que era certeza que ele tentaria alguma coisa.

- Fernando. - Disse Carlos vindo atrás de mim no corredor.

- Sim. - Respondi.

- Vai deixar o caminho livre pros dois? - Perguntou Carlos.

- Ta doido Carlos eu não entendi. - Disse.

- Além de ser seu amigo e sócio eu sou o pai dela ta e da forma como você olha ela só cego não vê. - Disse ele.

- Acho que você esta confundindo o que eu sinto pela sua filha é carinho nada além disso. - Respondi.

- Ok se engane o quanto quiser só cuidado para perceber que é tarde demais. - Disse ele batendo no meu ombro.

- Como se adiantasse, se eu realmente sentisse e quisesse algo ela esta com outro e ainda por cima ela vai embora no próximo mês que já começa segunda feira. - Disse

- Você tem razão não vou me meter na sua vida. - Disse ele. - Você com certeza esta fazendo o que é melhor para você, enfim eu vou chamar ela pra ir embora.

- Eu chamo. - Disse.

Ele deu uma risadinha e foi até o Martin.

- Estou atrapalhando? - Perguntei

- Não eu já estava de saída. - Respondeu Manoela.

Ela passou do meu lado e saiu, Mateo cruzou os braços e ficou me encarando.

- Mais tarde nós dois conversamos. - Disse ele.

- O que temos para conversar? - Perguntei.

- Você ta afim dela e fica assim. - Disse ele rindo.

- Qual o problema de vocês em acharem que eu quero algo com ela, eu gosto dela sim mas como amigo não pode? - Perguntei.

- Calma irmão. - Disse ele rindo e vindo na minha direção. - Vou te ensinar como chegar nela ta.

Mateo passou do meu lado e saiu pelo corredor e eu fui atrás sabia que ele ia fazer alguma coisa com ela então tentei acompanha-lo.

- Manoela. - Disse Mateo bem alto.

Ela parou entrada do espaço onde ficam as salas e olhou pra trás.

- O que? - Perguntou ela seca.

Ele caminhou até ela e eu fiquei olhando, falou algo que eu não pude ouvir e ela deu risada e foi dando as costas pra ele aquilo me fez rir afinal de contas ele estava sendo quase que ignorado por ela mas, ele a puxou e a beijou percebi que ela retribuiu no começo mas logo o empurrou e lhe deu um tapa na cara.

- Eu já falei pra você não fazer isso. - Disse ela brava.

Nossos olhares se cruzaram e ela abaixou a cabeça e foi para o carro, cruzei os braços para eu não perder a cabeça e dar um soco na cara do Mateo.

- Mão pesada a sua filha tem em Carlos. - Disse Mateo.

- Por sorte sua que não é a minha. - Respondeu Carlos.

- Aprendeu maninho. - Disse ele batendo no meu ombro.

- Se eu quisesse ela eu já teria entendam. - Disse bravo passando pelos dois e voltando a minha sala.

- Minha filha não é um brinquedo para os dois ficarem disputando façam o favor. - Disse Carlos bravo.

- Não vai se repetir. - Disse Mateo.

...

Eu me chamo ManoelaOnde histórias criam vida. Descubra agora