Capítulo 06

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O sol já estava alto no céu quando Lauren acordou, ainda de olhos fechados sorriu e tateou com a mão pela cama na tentativa de encontrar aquele corpo gostoso e cheiroso de Camila que agora era todo seu. Em vão, Lauren nada encontrou, abriu os olhos. Nada. Levantou-se num salto, andou pela embarcação e nada. No convés encontrou um homem da tripulação e perguntou sobre sua baixinha:

- Ei, você! Sabe onde está a minha noiva?

- Sua noiva saiu bem cedo, Senhora. A Senhorita não se lembra? Ela veio aqui e disse que tinha um compromisso urgente na cidade e que precisava que a levassem embora. 

- Ela o que? - irritou-se Lauren já partindo com os punhos fechados pra cima do homem que se apressou em defender-se:

- Ela disse que era uma ordem sua que a levassem Senhora!

Transtornada, Lauren esmurrou o homem mesmo assim. Pegou seu dispositivo de pulso e checou a localização do dispositivo de Camila. Desligado. Correu então para o quarto, pegou sua bolsa de mão e com ajuda de um pequeno aparelhinho descobriu onde Camila se encontrava nesse exato momento, graças ao chip que mandara por nela quando ainda estava em coma. O visor do aparelhinho piscava em verde um mapa e em vermelho primeiro o nome do bairro, depois rua, depois prédio, andar, apartamento e por último o nome do proprietário. Lauren estava atônita, não podia acreditar.

A porta do apartamento foi aberta:

- Camila! Que bela surpresa. Sua noiva não está aqui com você, não é? - indagou Austin olhando para os dois lados do corredor

- Claro que não! Não vai me convidar pra entrar?

- Cla-claro! - gaguejou o rapaz - Então, o que faz aqui?

- Uma vez você me disse que seus pais trabalhavam muito, não te davam à atenção necessária, portanto conclui que você deveria estar sozinho nesse apartamento.

- Sim, concluiu certo. Sua noiva sabe que está aqui?

- Não. - respondeu calmamente

- Seu dispositivo de pulso...

- Desligado. 

- Então presumo que...

- Presumiu certo. - dizendo isso Camila o agarrou e começou a beijá-lo com fúria - Quero que você me tenha Austin! Quero seu pênis dentro de mim...

O rapaz não perdeu tempo, levou Camila até seu quarto e se despiu, seu membro já se encontrava ereto, quando a olhou Camila já se encontrava nua, deitada na cama. Ele não resistiu àquela visão. Começou a beijá-la, desceu para os seios e se pôs dentro dela com um gemido alto. Camila não acreditava no que acontecia, além de não estar sentindo prazer, sentia dor. Ele a beijava, sugava seus seios e os apertava como se fosse uma buzina. Pouco tempo depois ele grunhiu mais alto ainda e caiu de lado com a respiração difícil.

O sexo de Camila estava ardendo, doendo, sentia arranhado. Ao menos não precisaria se preocupar com uma possível gravidez, pois já sabia que no ano de 4047 não era assim que nasciam os bebês. Os homens já nasciam estéreis por manipulação genética e quem queria engravidar deveria ir até uma clínica especializada, onde gratuitamente o óvulo era fecundado com o espermatozóide já tratado e curado do homem que seria o pai. Para casais homossexuais o mesmo. Embora o espermatozóide fosse de alguém desconhecido em casos de lésbicas serem as mães, além da maravilhosa possibilidade de combinar dois tipos de espermatozóides em um óvulo e um tipo de espermatozóide em dois óvulos, assim o bebê seria parecido com os dois, sendo um casal de homens ou de mulheres.

O que realmente preocupava a cabeça de Camila era o ato que acabara de fazer. Sexo apenas, puro e simples. Acabou de pertencer a um homem e nada tinha sentindo além de dor. E agora? Como explicar isso? Será que estava sugestionada por Lauren?

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