Capitulo 11.

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O ceu estava de um azul cintilante maravilhoso, sem nenhuma nuvem se quer. No mar haviam pequenas ondas timidas, e a areia quente abraçavam meus pés. Eu estava sozinha Ali, diante daquele paraiso intocado. Me livrei das minhas roupas e me joguei naquela agua, pode Parecer loucura, mas chorei feito criança, ali Me Sentia mais perto de Deus.

Eu nao conseguia encontrar resposta para meu problema. Eu orava desesperada por ajuda, pedia um sinal, quando ele apareceu.

Analisou meu corpo nu de longe, e começou a tirar suas roupas tambem.

- Eu sabia que você viria aqui. - Ele disse com os olhos verdes sintilantes sobre mim assim que chegou mais perto.

- Como?

- Deve ter uma energia forte pra você. Tem pra mim tambem.

- Verdade.

Estavamos com os corpos submersos até os ombros, eu senti suas mãos alisando minha sintura delicadamente.

- Não importa o que aconteça, Eu Não vou deixar ninguém nos separar.

E Ele conseguiu me arrancar um sorriso, talvez aquele fosse um sinal.
Demos as mãos e rezamos juntos. Eu Ja Tinha a minha decisiao.

- Se eu fugisse com voce, voce me Amaria todos os dias da sua vida?

- Eu nao vou deixar voce fazer isso.

- Me responde! - Seus olhos pararam sob os meus, me aninhou, e eu aproveitei pra descansar a cabeça em seu ombro.

- Mas é claro que sim. Tu é a primeira mulher que eu amei, e não sei se vai ter outra.

- Então vamos alugar uma casinha lá em cima do morro, ter nossa família.

- É perigoso Gabriela.

- Eu confio em você, sei que não vai deixar nada de mal acontecer comigo.

- Tu confia tua vida a mim?

- Confio. Você é meu primeiro homem também, e eu sei que não vai ter outro. Eu sou nova, mas eu prometo que vou cuidar de você. Só não vou parar de estudar, mas vou cuidar de você.

- É isso mesmo que tu quer ?

- Sim.

- Então hoje mesmo eu averiguo uma casa pra nois. Tu quer como? Tem que ter dois quartos né, vai que nasce um Pedrinho.

- Ou uma Gabriela. - Respondi sorrindo.

- Verdade. - Ele sorriu de volta.

(...)

PH me apresentou como fiel no baile, que estava lotado. Havia aliados também que vieram de São Paulo, a maioria parentes de Pedro. Todos pareciam felizes com nossa união, menos a legião de recalcadas que ganhei assim que subi no palco de mãos dadas com ele. Todos deram tiros pro ar enquanto a música tocava, eu não me intimidei, achei um ato bonito, e pra cada lado que eu olhava havia um sorriso. PH não soltava minha mão, nem parava de sorrir, e por um momento esqueci que fui deserdada pela minha mãe. A aliança com um pequeno diamante brilhava no meu dedo, era o marco pra uma nova vida.

Transamos naquela mesma prainha, e passamos a noite aquecendo um ao outro sob o teto de estrelas. Acordamos junto com o nascer do sol, e recebi um bom dia junto com aquele sorriso contagiante. Ali tive a certeza que não havia coisa melhor do que amar PH.

Ele me levou pra conhecer nossa nova casa. Era no topo do morro, tinha uma sacada ainda maior do que minha antiga casa. Tinha uma churrasqueira, pscina e até um pequeno ofurô, e a vista era a mais linda que já vi, dava pra ver o mar todo. Por dentro, mesmo sem moveis, a casa era maravilhosa. Tinha uma sala de tamanho médio, iluminada pela luz natural que entrava pelas diversas janelas, a cozinha era integrada, e após o corredor havia uma suíte, um quarto e um banheiro.

- Eai Princesa? O que tu achou? - Ele perguntou depois de me mostrar a casa.

- Maravilhosa. - Meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Então, essa é nossa goma agora. - Ele me abraçou e beijou o topo da minha cabeça, eu fiquei ali em seus braços, imaginando uma miniatura de mim, com aqueles mesmo olhos verdes intensos correndo por aquela casa.

Na subida da Favela. (Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora