Capítulo 12

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No dia seguinte começava minha caça definitiva a Christopher, dessa vez o teria e me livraria desse azar e seguiria meu caminho. Tudo que senti por ele ficou no passado e agora só preciso de um favor, nada, além disso. Sua namorada já não havia ido com a minha cara, então uma coisa a menos ou a mais não iria mudar nossa relação que já estava chegando ao fim.

Não via a hora de começar, mas havia um problema. Não sabia onde ele estava hospedado.

- Annie liga, por favor, é só fazer uma perguntinha. – o único jeito seria perguntar a Alfonso, mas somente Anahí poderia fazer isso.

- Dulce o que ele vai pensar de mim quando perguntar onde esta morando? Nem o conheço direito...

- Pergunta, por favor. Você não me ama? Não faria um favor a uma de suas melhores amigas? Não poderia me ajudar? Eu sou toda ferrada por natureza e quando tenho uma oportunidade você ainda não quer ajudar. É isso que ganho te dando atenção, ajudando com os seus problemas desde o ensino médio e quando preciso de uma única vez você não ajuda. – fiz o maior drama.

- Ah Dulce ta bom, como você é exagerada. Vou ligar. – vibrei com sua reposta e entreguei o telefone a ela, discou o numero e em poucos segundos ouvi alguém atender. – Alô? Poncho? É a Annie, tudo bem? – tentei ouvir o que ele dizia, mas Anahí não deixou. – Então estou ligando para saber onde você mora. – disse de sopetão. Anahí não consegue ser discreta nunca.

- Annie... – a repreendei baixinho.

- Ah sei onde fica essa rua. Por quê? Ah por que... Queria adicionar seu endereço aos meus contatos, vai que um dia precise não é. É muito útil isso. – deu um sorrisinho amarelo. – E Christopher também esta ai? Estou perguntando só por curiosidade mesmo, é que somos tão amigos que... Iria levar um presente para ele... – em pouco tempo depois desligou o celular e me encarou. – ele desconfiou.

- Claro você não sabe disfarçar. Mas e então descobriu?

- Sim. É bem próximo a praia. Terá que pegar um taxi para chegar lá.

- Não tem problema, passe o endereço certo e hoje mesmo sairemos para comemorar o fim do meu azar. – sorri animada.

Annie passou o endereço para mim e chamei um taxi, uma hora depois já estava na frente da casa onde Christopher estava hospedado. Era a casa dos avos de Belinda e era linda, estilo mansão com um enorme jardim na frente e dois andares. Havia algumas pessoas saindo de lá então me escondi atrás de um carro na rua. Não conhecia nenhuma delas, mas com certeza eram amigas de Belinda. Estavam quase entrando no carro, quando o carro em que eu estava escondida disparou o alarme. Mas que droga! Sempre as cosias dão errado para mim.

Levei um susto e me levantei, todos que estavam parados perto de mim me encararam.

- Perdi a chaves do carro, sou uma pessoa de muita sorte – comentei irônica. E como se a sorte quisesse dizer que ouviu alguém apareceu e desligou o alarme do carro entrou nele. Ah ótimo, ainda passo por mentirosa na frente de desconhecidos.

Dei um sorriso sem graça às pessoas e elas seguiram seu rumo. Continuei na frente da casa por quase meia hora, mas ninguém saia. Como iria saber se Christopher estava lá? Precisava entrar, não havia jeito. A frente da casa era cheias de grade, não seria tão difícil pular, quando estava me decidindo entre pular ou não uma senhora saiu da casa.

- Algum problema minha filha? – perguntou.

- Problema? Não, imagine, problema é o que eu não tenho... Se contar meus problemas a senhora, sairia daqui chorando. – só tenho problemas.

Procura-se o amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora