Capítulo 43

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Em pouco tempo depois o celular dele tocou, não quis perguntar quem era, mas ele mesmo me disse era sua mãe dizendo para ele ir jantar em casa.

- Quer ir comigo? Jantar com meus pais? – perguntou assim que parou o carro em frente ao meu prédio.

- Eu? Quer dizer, será que a sua mãe vai gostar?

- É claro que vai Dul, vamos, vai ser legal. Sabes como minha mãe cozinha bem.

Era verdade a mãe que Christopher sempre foi boa na cozinha desde o tempo em que éramos crianças e brincávamos juntos na casa dela. Não teria problema em ir, afinal éramos amigos.

- Ta bom, mas eu preciso tomar banho...

- Tudo bem, te espero. Alias. – se aproximou. – O que acha de trocarmos só um pouquinho de azar? – depositou beijinhos sobre seu ombro.

- Chris...

- Por favor, Dul, só por hoje. Pode ser no banho, bem rapidinho. Você gosta de rapidinhas não gosta?

E consigo dizer não? Gosto de rapidinhas e “demoradinhas”. Depois de invertermos o azar novamente, tomei um banho e vesti qualquer roupa simples, penteei os cabelos e seguimos para a casa dele.

- Você sabe que não me dou muito bem com o azar não é? – disse enquanto saiamos do carro.

- Sei você fica hilária assim. – riu e dei-lhe um tapa.

- Não ri, não é engraçado. Espero que eu não apronte nenhuma.

Entramos sorrindo na casa dele, só conseguia pensar no que poderia fazer com o azar de volta para mim. Com certeza iria pagar algum mico. Mas eles não eram os meus sogros não é? Somos apenas amigos, não preciso ficar apreensiva sobre o que eles iriam pensar sobre mim. Ou deveria? Só pensar isso já comecei a suar, faz tanto tempo que não vou a um jantar com pais que possam ser do meu “namorado” que já nem sei como agir.

Assim que Christopher fechou a porta e eu ensaiava o melhor sorriso para dar a eles, já senti meu azar de novo em ação. Na sala havia três pessoas conversando animadamente. Duas eram os pais de Christopher, mas a terceira...

- Belinda. – disse Christopher tão surpreso quanto eu. Assim que ela nos viu fechou a cara. Ai não! 

- Oi Ucker... Ér... Dulce... – a mãe dele nos olhou confusa. Será que da para ficar invisível? Tudo que queria era sumir.

- Você não disse que a Belinda iria estar aqui mãe.

- Mas eu decidi vir Christopher, afinal sou sua namorada não? – olhou diretamente para mim.

É claro que ela ainda o namorava. Essa historia de tentar nos aproximarmos não vai dar certo, ainda mais com essa daí no nosso pé. Não deveria ter vindo e agora não sabia como ir embora.

- É claro que é. – respondi por ele. – Mas eu tava passando aqui na frente ai o Christopher me chamou para entrar, mas acho que já vou. – tentei ir de costas para a porta.

- Não, de jeito nenhum. – Christopher rebateu. – Você fica. Eu te chamei, você vai ficar.

- Não eu vou, é melhor, minha mãe mora ali no fim da rua. – tentei abrir a porta, mas ele entrou na minha frente. – Deixa eu passar – disse baixinho.

- Você fica, se eu te chamei você vai ficar e jantar comigo.

Christopher não me deixou sair. Olhei de novo para as pessoas na sala, não sabia o que fazer. Com a Belinda aqui tudo ia ficar mais difícil. Tia Ale nos olhava e parecia não entender nada, nem eu estava mais entendo. Tinha que acontecer alguma coisa nesse jantar, era óbvio.

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