19. A Taça

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Ele estava no jardim onde se encontrava com Sammy. Deu uma olhada em volta para ver se achava a ruiva, quando foi atingido por algo vermelho.

- Saudade. – ele escutou a voz da menina abafada contra seu peito.

- Eu não tive longe tanto tempo. – ele tentou se desculpar.

- Isso não é desculpa. – disse ela se afastando um pouco. – Eu fico aqui sem notícia nenhuma de você. Sem saber se está vivo ou o quê?

- Você saberia na hora que eu morri.

- Uma coisa que eu não quero testar. – disse ela.

- Você sabe que isso pode acontecer bem cedo.

- Não fale assim não menino. – ralhou a ruiva. – Nós nem nos encontramos ainda fora dos sonhos.

- Fora daqui? – perguntou ele assustado. – Você é real?

- Claro que sou. – disse ela zangada. – Você pensou que eu era apenas um sonho? Um pedaço de sua imaginação?

- Sim. – assumiu ele com vergonha.

- Não se preocupe. Eu também acreditei nisso no começo. Ainda mais que você é mais poderoso que muitos dos adultos que conheço.

- Mas você não acredita mais nisso. – disse ele.

- Acabei percebendo que você era real. Mas não se culpe por não ter feito também. Você vivia em um mundo diferente.

- Não é muito consolo.

- É o que posso te falar. - disse ela, depois de alguns minutos, voltou a falar. – O que aconteceu para você estar aqui a esta hora?

- Fugi. – disse ele. – Estou descansando na casa da minha namorada.

- Gina está fazendo bem pra você.

- Você sabe? Como você sabe que eu sou eu?

- Mesmo com máscara, eu te reconheceria. Se te visse de perto claro. Vi em Hogsmeade, mas os comensais atrapalharam.

- Sabia que me lembrava alguém. – disse ele.

- Se eu tivesse mais tempo, poderia... – ela parou de falar, pois o jardim parecia estar sumindo.

E uma cena bizarra acontecia. Harry se transformava em algo estranho. E ele estava beijando alguém que não era Gina.

- O que está acontecendo? – perguntou a menina.

 A cena se estabilizou um instante em Harry.

- Voldemort está sem suas barreiras mentais. – disse ele. – Bella tem esse poder sobre ele. Não é uma cena bonita de se ver.

A cena se voltou para o casal, e Sammy viu Bella arranhar as costas de Voldemort, até tirar sangue, que parecia mais esverdeado que vermelho, algo como veneno puro.

- Está na hora de ir. – disse Harry. – Tenho que aproveitar que Bella não está em casa.

- Me procura. – disse Sammy antes de desaparecer.

Harry teve que se concentrar muito para sair da mente de Voldemort. Aquele ‘encontro’ não era sadio de se presenciar.


Harry acordou com um salto, assustando Gina, Mione e Rony.

- Preciso ir. – disse ele. – Uma oportunidade destas não posso perder.

- Onde você vai? – perguntou Mione.

- Atacar Voldemort. Mais precisamente a casa de um de seus comensais mais terríveis. Lestrange. – disse ele deixando suas asas aparecer. – Depois você vai me levar pra conhecer a Sammy.

A Luz Por Trás Das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora